CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO CRUCIFIXO - ANÁPOLIS
- GO
Circular n° 15 - 28/01/2001
Caríssimos religiosos, como é importante manter a
santa prudência, principalmente quando falamos e estamos em contato
com os leigos.
O religioso do Instituto deve evitar qualquer
familiaridade com os leigos e conversar o menos possível com eles, e
quando por necessidade e para cumprir o seu dever de missionário,
deve falar somente aquilo que edifica.
Cristo Jesus nos ensina com seu exemplo a amar o
silêncio, o recolhimento e a solidão. Em nenhum trecho do Santo
Evangelho encontramos o Filho de Deus falando com excesso, e jamais
saiu de seus lábios uma palavra ociosa; que o exemplo do Salvador
sirva para controlar a língua do religioso falador.
O religioso que não mortifica a língua e que anda
sempre a tagarelar, não possui vida interior, e acaba sendo uma
desgraça para a comunidade onde vive.
O povo costuma dizer que o religioso que fala muito
não tem o que fazer, por isso, o religioso deve guardar rigoroso
silêncio nas horas determinadas pelo horário e também quando
estiver próximo de algum leigo.
Devemos fugir daquele religioso que deseja ser
popular; esse tipo de gente é um câncer para a comunidade.
São João da Cruz diz: "Quando trato com as pedras,
tenho menos matéria de confissão do que quando trato com os homens",
e "Entre as pedras, sinto-me melhor do que com os homens".
Alguém perguntou a Pitágoras como poderia chegar a
ser seu discípulo. O filósofo respondeu: "guardando silêncio até
que seja necessário falar; não dizendo senão o que sabeis bem;
fazendo o maior bem possível e falando pouco, porque o silêncio é
sinal de prudência e a tagarelice é sinal de tolice…"
Que Maria Santíssima, a Virgem do silêncio, coloque
no coração de cada religioso o amor pelo silêncio e o desejo ardente
de falar muito com Deus e pouco com os homens.
Eu vos abençôo e vos guardo no Sacratíssimo Coração
de Jesus, nosso Amado Senhor.
Pe. Divino Antônio Lopes, FP.
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