CIDADE
MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular n° 23 –
03-05-2009
Caríssimos
religiosos do Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de
Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima, sejam
amantes da meditação; meditação diária e bem
feita: “Quem não medita as
verdades eternas não pode, a não ser por milagre, viver como
cristão” (João
Gerson, Tractatulus consolatorius de meditatione, Consideratio 7,
Opera, t. 3, Antwerpiae, 1706, col. 451).
Fico feliz em
saber que os religiosos do Instituto são devotos e amantes da
meditação; e ai daquele que não amar a meditação, com certeza
caminhará na escuridão e a sua ruína será total:
“... sem meditação não há luz e se caminha
na escuridão. As verdades da fé não se enxergam com os olhos do
corpo, mas com os olhos da alma, quando nosso espírito as medita.
Quem não faz meditação sobre as verdades eternas, não pode vê-las e
por isso anda no escuro, facilmente se apega às coisas sensíveis e
por causa delas despreza os bens eternos”
(Santo Afonso Maria de Ligório, A
Prática do amor a Jesus Cristo, Capítulo VIII).
É fácil descobrir
se um religioso não medita; o mesmo deixa transparecer
o seu vazio até no modo de andar... é um
verdadeiro ídolo de tristeza... é a
famosa lata vazia.
O religioso que
deixa a meditação virará “lobisomem” em pouco tempo; ou
melhor, será pior que “lobisomem”:
“Quem não medita, em pouco tempo se torna um
animal ou um demônio”
(Santa Teresa de Jesus, Moradas
primeiras, c. I, Obras, IV, p. 10).
O demônio
gloria-se quando percebe que alguém deixou a meditação... esse é um
de seus maiores triunfos.
A Venerável Irmã
Maria Crucifixa quando rezava, como que ouviu um demônio gloriar-se
de ter feito uma religiosa deixar a meditação. Em espírito viu que,
após essa falta, o demônio tentava a religiosa a cometer uma falta
grave e ela já estava para consentir. Correndo depressa, chamou-lhe
atenção e livrou-a da queda
(G. Turano, Vita della Vem. Suor Maria Crocifissa della Concezione,
O.S.B., 1. 2, c. 18).
Sejamos dóceis às
recomendações da Santa Igreja, e meditemos com devoção e fé todos os
dias: “De grande importância é reservar
cada dia um tempo determinado para a meditação das verdades eternas.
Nenhum padre poderá se dispensar disto sem incorrer na grave censura
de negligente e sem prejuízo para sua alma”
(São Pio X, Encíclica “Haerent
Animo”, 18), e:
“Meditai atentamente, portanto, aquelas
verdades fecundas que o Espírito Santo generosamente nos deu na
Sagrada Escritura e que os escritos dos Padres e Doutores comentam”
(Pio XII, Exortação “Menti
Nostrae”, 43).
É melhor o membro
do Instituto ficar sem se alimentar, sem beber, sem dormir...
do que deixar a meditação: “Quem abandona
a meditação, portanto, deixará de amar a Jesus Cristo. A meditação é
a fornalha onde se acende e se conserva o fogo do amor de Deus”
(Santo Afonso Maria de Ligório, A Prática do amor a Jesus Cristo,
Capítulo VIII), e:
“Quem não medita muito, fica sem o laço de
união com Deus. Nessa situação não será difícil para o demônio,
encontrando a pessoa fria no amor de Deus, levá-la a se alimentar
com uma fruta envenenada”
(Santa Catarina de Bolonha, G.
Grassetti, S. I., Vita, 1. 3, c. 2),
e também: “Quem persevera na meditação,
mesmo que o demônio a tente de muitas maneiras, tenho certeza que o
Senhor a levará ao porto da salvação... Quem não para no caminho da
meditação, chegará ainda que tarde”
(Santa Teresa de Jesus, Libro de la
Vida, c. 8, Obras, I, p. 56; c. 19, I, p. 143).
O demônio se
esforça muito em afastar a pessoa da meditação, porque
“ele sabe que as pessoas perseverantes na
oração estão perdidas para ele”
(Idem., Libro de la Vida, c. 19,
Obras, I, p. 139).
Caríssimos, a
meditação é mais rica que uma mina de ouro... que toda a prata do
mundo: “Dela nascem os bons pensamentos,
manifestam-se nossos piedosos afetos, desenvolvem-se os grandes
desejos, tomam-se as resoluções firmes de se dar inteiramente a
Deus. Dessa maneira, a pessoa lhe sacrifica os prazeres terrenos e
todos os desejos desordenados”
(Santo Afonso Maria de Ligório, A Prática do amor a Jesus Cristo,
Capítulo VIII), e:
“Não existirá muita perfeição, se não
existir muita meditação”
(São Luís Gonzaga, Cepari, Vita, 1.
2, c. 7).
Peço aos
religiosos do Instituto que fujam e não tenham contato com
religiosos que não meditam; esse tipo de gente que perambula pelas
ruas como papeluchos “voadores” são satélites do
maligno: “Temos de evitar a companhia de
falsos religiosos e de procurar os verdadeiros servidores de Deus”
(Santa Catarina de Sena,
Carta 217, 4).
Eu vos abençôo e
vos guardo no Coração Santíssimo de Nosso Senhor.
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio
Lopes FP.
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