Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

 

Circular 24

 

CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO

 

Circular n° 24 – 15-09-2009

 

Caríssimos religiosos do Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima, celebramos hoje a Memória de Nossa Senhora das Dores; que o exemplo da Virgem Maria ao pé da cruz ajude-nos a sermos fiéis a Deus: “Junto à cruz estava a Mãe, muda de dor; vivia morrendo, sem poder morrer” (Vulgato Bernardo).

Nossa Senhora se entregou totalmente a Deus, foi fiel ao Senhor em tudo... de seus lábios nunca se ouviu uma murmuração, rebeldia ou uma negativa ao Criador... mas somente “sim”: “Há uma criatura que conheceu este dom de Deus, e dele não perdeu a mínima parcela... É a Virgem fiel: ‘Aquela que guardava todas as coisas em seu coração’... Inclinando-se o Pai sobre esta Virgem tão bela e tão alheia à sua própria beleza, quis que fosse no tempo a Mãe daquele de quem é ele o Pai na eternidade. Interveio então o Espírito de Amor, que preside a todas as operações de Deus, e disse ela o seu ‘sim’: ‘Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra’. Operou-se então o maior dos milagres e, pela encarnação do Verbo, foi Maria para sempre a ‘presa’ de Deus” (Bem-aventurada Elisabete da Trindade).

A Virgem Fiel nunca perdeu a união com o Criador, nada do que é terreno ocupou lugar em seu Puríssimo Coração... ela não o dividiu com ninguém, porque era templo do Deus Eterno: “Ó Maria, templo da Santíssima Trindade! Ó Maria, portadora do fogo e da misericórdia” (Santa Catarina de Sena). Ela, a Mãe Fiel, mesmo durante os sofrimentos e ocupações diárias não deixou de lado o Senhor... jamais foi infiel ao Deus Infinito: “Enquanto adora em silêncio o mistério que nela se realiza, não descuida Maria os humildes deveres da vida. Seu viver com Deus vivo nela não a abstrai da concreta existência cotidiana. Seu modo de agir, porém, é sempre o da adoradora do Altíssimo” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena).

Nossa Senhora sempre foi fiel a Deus. Com três anos de idade já estava no templo: “Aos três anos de idade foi esta apresentada no Templo, para que, juntamente com as outras virgens, no exercício da piedade e do trabalho se preparasse desde então para ser digna mãe do Salvador do mundo” (São João Damasceno), na Anunciação disse “sim” ao Senhor: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1, 38), disse “sim” durante as perseguições: “Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe, durante a noite, e partiu para o Egito” (Mt 2, 14), nas dificuldades: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos” (Lc 2, 48) e no Calvário: “Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe...” (Jo 19, 25).

Sejamos fiéis ao Senhor a exemplo da Virgem Santíssima.

Nada nesse mundo deve nos afastar de Nosso Senhor: nem ameaças, perseguições, zombarias, enfermidades, obstáculos... tudo isso deve nos ajudar a permanecermos fiéis a Deus.

Milhares de pessoas são fiéis a Deus enquanto tudo vai bem; mas traem o Criador assim que surgem as dificuldades: “Jesus Cristo tem agora muitos que amam o seu reino celestial, mas poucos que levam a sua cruz. Muitos   desejam sua consolação e poucos desejam a tribulação. Encontra, muitos companheiros para a sua mesa, mas poucos para a sua abstinência. Todos querem gozar de sua alegria, poucos, porém, querem sofrer alguma coisa por Ele. Muitos seguem a Jesus até ao partir do pão, poucos, porém, até ao beber do Cálice da sua paixão. Muitos admiram seus milagres, mas poucos abraçam a ignomínia da cruz. Muitos amam a Jesus, quando não há adversidade” (Tomás de Kempis).

A fidelidade de Nossa Senhora a Deus foi verdadeira porque o seu amor também era verdadeiro.

Quem ama é fiel... fiel até o fim... fiel até ser queimado vivo (São Carlos de Lwanga), de ser crucificado (Santa Júlia), de ser estraçalhado pelas feras (Santo Inácio de Antioquia), de ser decapitado (São Paulo Apóstolo), de ser colocado sobre cacos de vidro (São Luciano), de ser chifrado por uma vaca brava (Santa Perpétua), de ser apunhalado (Santa Maria Goretti)... Esses são os “atletas” de Deus... os que combateram o bom combate... que foram fiéis ao Senhor até o fim... por isso estão no céu para sempre: “... quem perde a sua vida por causa de mim, vai achá-la” (Mt 10, 39).

Não olhemos a preguiça de muitos do clero nem o comodismo de milhões de católicos; mas a exemplo da Virgem Maria, sejamos fiéis ao Senhor até o fim.

Eu vos abençoe e vos guardo no Imaculado Coração de Nossa Senhora.

 

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

                      

                                                                          

 

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Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº 24 - 15/09/2009”.

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