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      Volume 01 
        
      Pe. 
      Divino Antônio Lopes FP. 
              
            
            Trechos extraídos das meditações feitas 
            pelo Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes FP., Fundador e Diretor do 
            Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor 
            Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima e do Movimento 
            Missionário Lanceiros de Lanciano. 
  
            
            Anápolis - Go, 20 de maio de 2006 
            
            São Bernardino de Sena, Presbítero 
  
              
            
            Capa: Ir. Gabriel do Santíssimo Crucifixo FP. 
              
             
              
            
            Apresentação 
              
            
            Nessas meditações bíblicas feitas pelo 
            Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes, você católico, encontrará uma ótima 
            e segura orientação para conviver com segurança neste mundo tão 
            cheio de falsidade, calúnia, fofoca e inveja. 
            
            Lembre-se continuamente, de que o mundo 
            está cheio de “Sauls”, de “anciãos” caluniadores que abusam de suas 
            autoridades, de “bocas-de-matraca”, que fofocam dia e noite, etc. 
            Cuidado! Não se distraia, viva prudentemente e peça com fé a 
            proteção de Deus e o amparo da Virgem Santíssima. 
            
            Leia-as atenciosamente e saberás 
            preservar a verdadeira amizade e “cortar” a falsa. 
              
            
            Me. Mariana de Nossa Senhora das Dores, 
            FP. 
              
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            01 - Invejoso: Pior que Satanás 
              
            “Desse 
            dia em diante, Saul sentiu inveja de Davi” 
            (1 Sm 18, 9).   
            Saul não era um simples homem, e 
            sim, rei de Israel (Cfr. 1 Sm 11, 12-15), 
            ele marchava à frente do povo de Israel (Cfr. 
            1 Sm 12, 1-2). Saul era um rei corajoso e 
            valente, derrotava com freqüência os inimigos 
            (Cfr. 1 Sm 14, 47-48). 
            Eis que um dia aparece um guerreiro 
            gigante e forte, chamava-se Golias, de Gat, terrível inimigo de 
            Israel; Saul e o exército de Israel tremiam diante de suas palavras: 
            “Quando Saul e todo o Israel ouviram estas palavras do filisteu, 
            encheram-se de espanto e de temor” 
            (1 Sm 17, 11). 
            Golias era tão forte e valente, que os homens de Israel fugiram ao 
            vê-lo (Cfr. 1 Sm 17, 24). 
            Para enfrentar o tal gigante, eis que 
            aparece o adolescente Davi, de aparência delicada e fraco 
            fisicamente (Cfr. 1 Sm 17, 32-33. 
            42). 
            Davi enfrentou o gigante Golias e o 
            matou (Cfr. 1 Sm 17, 48-51). 
            Diante da vitória de Davi contra Golias, 
            o rei Saul o admirou, e quis saber de quem era filho e o reteve 
            naquele dia em sua casa e também o colocou como chefe de seus 
            guerreiros (Cfr. 1 Sm 17, 55-58; 
            18, 1-5). 
            A admiração de Saul por Davi não durou 
            muito, a mesma começou a se desmoronar quando Saul ouviu que 
            mulheres vindas de todas as cidades de Israel cantavam: “Saul 
            matou mil, mas Davi matou dez mil” 
            (1 Sm 18, 7), 
            referindo à vitória de Davi contra Golias. 
            Ao invés do rei Saul se alegrar com a 
            festa e com os elogios feitos a Davi, por ter vencido um grande 
            inimigo de Israel, fez totalmente o contrário, se entristeceu e 
            ficou irritado: “Então Saul se indignou e ficou muito irritado”
            (1 Sm 18, 8). 
            Nasce aqui a inveja de Saul contra Davi, do poderoso rei contra o 
            seu servo. 
            O invejoso não consegue ficar 
            indiferente diante do elogio dado ao invejado: “Manifesta-se este 
            defeito pela mágoa que um sente ao ouvir louvar os outros; e então 
            procura-se atenuar esses elogios, criticando os que são louvados”
            (Ad. Tanquerey, Compêndio de 
            Teologia Ascética e Mística, 846). 
            O rei Saul não conseguiu esconder a sua 
            inveja contra Davi, deixou a mesma transparecer em suas palavras: “A 
            Davi deram dez mil, mas a mim só mil: que mais lhe falta senão a 
            realeza?” (1 Sm 18, 8), 
            e no versículo 9 diz: “Desse dia em diante, Saul sentiu inveja de 
            Davi”. 
            O invejoso é um monstro, é pior que 
            Satanás: “Os invejosos são piores que o diabo, pois o diabo não 
            inveja os outros diabos, ao passo que os homens não respeitam sequer 
            os participantes da sua própria natureza” 
            (São João Crisóstomo), 
            e o Frei Pedro Sínzig diz: “A inveja assemelha o homem a Satanás”. 
            Você que possui boas qualidades e que se 
            esforça para viver santamente, fique atento e observe cuidadosamente 
            a atitude daqueles que te cercam, porque aparecerão inúmeros “Sauls” 
            desejosos de te destruir; os mesmos são “borboletas loucas” 
            que com suas “asas assassinas”, tentarão apagar a chama do 
            seu sucesso, rodopiando e batendo-as furiosamente sobre você. 
            Não olhe para o invejoso como se ele 
            fosse um cordeiro ou um inofensivo, ele é uma serpente venenosa e 
            traz em sua língua um veneno mortífero: “A inveja quando não 
            destrói o invejado, tira a paz do invejoso!” 
            (Pe. Orlando Gambi). 
            A inveja de Saul contra Davi era tão 
            grande, que o mesmo tentou matá-lo com a lança várias vezes: “Saul 
            atirou a lança e disse: 'Encravarei Davi na parede!', mas Davi lhe 
            escapou duas vezes” (1 Sm 18, 
            11). Saul temia a Davi e o 
            invejava, porque Davi saía-se muito bem em tudo o que fazia: “Saul 
            tinha medo de Davi porque Deus estava com ele… Em todas as suas 
            expedições, Davi se saía muito bem e Deus estava com ele. Vendo que 
            ele era sempre bem sucedido, Saul o temia…” 
            (1 Sm 18, 12. 14-15). 
            Davi era bom e estava fazendo o bem, 
            tentando agradar o rei: “…Davi tangia a lira como nos outros 
            dias…” (1 Sm 18, 10). 
            Às vezes você é um desses “Davis” 
            de hoje, que se esforça e faz tudo para agradar e ser fiel ao 
            patrão, diretor do colégio, professor, amigo, etc., e em resposta, 
            ao invés de ser respeitado e valorizado, é atacado continuamente, 
            não por uma lança de metal, arma usada por Saul, e sim, pela “lança” 
            da língua, que é mais venenosa e mortífera que a lança de Saul: “A 
            inveja pode levar às piores ações” 
            (Catecismo da Igreja Católica, 2538). 
            O invejoso não respeita o próximo e não 
            se dá por vencido, mas com “voz de anjo” e com o “semblante 
            de imaculado”, mexe os pauzinhos tentando loucamente destruir o 
            invejado: “Da inveja nascem o ódio, a maledicência e a calúnia”
            (São Gregório Magno). 
            O rei Saul não conseguiu matar Davi com 
            a lança, e agora, mexe os pauzinhos para tentar destruí-lo de outra 
            forma: “Apresento-te minha filha mais velha, Merob, que te quero 
            dar por mulher; apenas serve-me como um guerreiro e trava as guerras 
            de Deus'. Saul raciocinava: ' Não morra ele por minha mão, mas pela 
            dos filisteus” (1 Sm 18, 17). 
            Davi não aceitou tal “presente” 
            (Cfr. 1 Sm 18, 18). 
            Cuidado com os “presentes” do 
            invejoso, ele costuma ser “generoso” e “caridoso”, mas 
            somente por interesse; é aquele tipo de gente que mata e depois vai 
            no velório e chora “piedosamente”; é um macaco enlouquecido. 
            A outra filha de Saul, chamada Micol, se 
            apaixona por Davi, e Saul, monstro de coroa, aproveita de tal 
            situação e diz consigo: “Eu a darei a ele para que lhe seja uma 
            armadilha, e a mão dos filisteus estará sobre ele” 
            (1 Sm 18, 21), 
            e no mesmo versículo diz que Saul disse a Davi duas vezes: “Hoje 
            te tornarás meu genro”. É importante lembrar de que o “fervor” 
            do invejoso não é alimentado pelo amor, e sim, pelo ódio. 
             
            Saul com a intenção de destruir Davi, 
            mente e finge gostar dele, e manda os servos também mentirem 
            (Cfr. 1 Sm 18, 22-23). 
            O rei Saul, por inveja, maquinava 
            destruir Davi: “Saul planejava fazer Davi morrer pela mão dos 
            filisteus” (1 Sm 18, 25), 
            e no versículo 29 diz: “Então Saul teve mais medo ainda de Davi, 
            e todos os dias alimentava a hostilidade que tinha contra ele”. 
            Quando você descobrir que alguém lhe 
            inveja, não ande distraído pela sua “rodovia”, isto é, na sua 
            amizade, mas ande pela “calçada”, isto é, aja com prudência e 
            atenção com tal pessoa, porque senão, ela acabará te atropelando com 
            o “caminhão” da inveja, e o ferimento será quase incurável. 
            O rei Saul já não consegue mais se 
            controlar, a inveja está roendo o seu interior: “A inveja é cárie 
            para os ossos” (Pr 14, 30). 
            Antes ele mexia os pauzinhos, preparava armadilhas, falava sozinho, 
            etc., mas agora já não guarda mais segredo; a inveja o corrói como 
            um verme faminto, então fala do seu plano de destruir Davi: “Saul 
            comunicou com o seu filho Jônatas e a todos os seus oficiais a 
            intenção de levar Davi à morte” 
            (1 Sm 19, 1). 
            Jônatas era amigo íntimo de Davi, e pediu ao pai que não fizesse 
            isso com o amigo Davi, porque o mesmo havia arriscado a vida 
            (Cfr. 1 Sm 11, 4-5). 
            Saul ouviu e atendeu o pedido do filho e prometeu não mais atentar 
            contra Davi. 
            Será que você possui amigos fiéis à 
            semelhança de Jônatas, que te avisa quando alguém promete 
            abertamente te destruir? Dê uma olhada em sua volta e averigue, 
            porque, são nessas ocasiões que se conhece o verdadeiro amigo. 
            A inveja é como pimenta nos olhos do 
            invejoso, deixa-o cego. 
            Saul prometera ao seu filho Jônatas não 
            mais tramar contra a vida de Davi, mas diante do sucesso de Davi na 
            batalha contra os filesteus, então o rei enfureceu-se e “esqueceu” 
            o que havia prometido e voltou a atacar Davi: “Saul procurou 
            transpassar Davi contra a parede, mas o mesmo se desviou e a lança 
            se encravou na parede. Então Davi fugiu e escapou” 
            (1 Sm 19, 10). 
            A inveja de Saul contra Davi ferve em 
            seu coração; o rei torna-se perseguidor implacável de Davi, nada o 
            consegue acalmar. 
            Em 1 Sm 19, 10 diz que Davi escapou da 
            lança e fugiu, mas o rei não desiste, o seu ódio está transbordando, 
            ele quer que Davi seja destruído: “Naquela mesma noite, Saul 
            despachou emissários para vigiar a casa de Davi para que o matassem 
            pela manhã” (1 Sm 19, 10-11). 
            Cuidado com o invejoso! Quando o mesmo 
            não consegue por própria conta destruir o invejado, une-se aos 
            outros invejosos e formam um exército satânico, e trabalham 
            continuamente e com empenho contra o invejado. 
            Saul é um invejoso insistente, não se dá 
            por vencido, passa por cima de tudo e de todos com a intenção de 
            destruir aquele que o ajudara tanto, é realmente um homem cego. 
            Saul não desistia de perseguir Davi, e 
            Davi não se cansava de fugir desse monstro de coroa. Imite o exemplo 
            de Davi, não se entregue ao invejoso, mas aja com prudência e 
            sabedoria, e assim conseguirá se livrar de suas “lanças 
            mortíferas”.   
            Oração: 
            Ó Deus Onipotente, dai-nos sabedoria para enxergarmos aqueles que 
            tramam contra a nossa vida. Dai-nos força para desviarmos das “lanças 
            mortíferas” que são suas línguas. 
            Amado Senhor, que a prudência esteja 
            sempre em nosso coração, para cortarmos a amizade com aqueles que 
            possuem o veneno da inveja no coração. 
            Bondoso Senhor, arrancai do coração dos 
            invejosos a erva venenosa da inveja, e colocai nos mesmos a 
            verdadeira caridade, para que possam logo após a morte, entrarem 
            alegremente na Pátria Celeste. Amém!    | 
           
         
        
       
      
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            02 - Cuidado com as palavras ociosas 
              
            “Eu 
            vos digo que de toda palavra inútil que os homens disserem darão 
            contas no Dia do Julgamento” 
            (Mt 12, 36).   
            A boca da maioria das pessoas é uma “porteira 
            aberta”, as mesmas não conseguem controlá-la e falam o tempo 
            todo e de assuntos que não edificam o próximo, pelo contrário, o 
            escandaliza. 
            Feliz daquele que sabe controlar-se e 
            dizer somente o necessário; que pede ajuda a Deus para falar com 
            prudência: “Senhor, coloca uma guarda em minha boca, uma 
            sentinela à porta dos meus lábios” 
            (Sl 140, 3). 
            É preciso buscar a perfeição também no 
            falar, isto é, saber usar bem a língua, e aquele que já conseguiu 
            dominá-la está bem adiantado no caminho da santidade: “Aquele que 
            não peca no falar é realmente um homem perfeito, capaz de refrear 
            todo o seu corpo” (Tg 3, 2). 
            Quais são as palavras “inúteis”, 
            “vãs” e “ociosas” que o Senhor pedirá contas no Dia do 
            Julgamento? 
            Será que são as palavras amigas que são 
            ditas durante o jantar ou em uma viagem? Será que são aquelas que 
            são ditas entre os amigos com a intenção de manter um ambiente 
            cristamente alegres? Não; certamente que não; se fosse assim, o 
            mundo seria um velório gigante. 
            O Amado Jesus não viveu trinta anos em 
            Nazaré em completo silêncio, com certeza Ele conversava, como Bom 
            Filho, com Maria Santíssima e São José. 
            O Amigo Jesus conversava também com os 
            seus discípulos, com Marta, Maria e Lázaro. 
            O Pe. Francisco Faus diz o seguinte 
            sobre o diálogo de Jesus: “… esse diálogo não é palavra inútil, é 
            palavra humana, palavra cordial, palavra afetuosa, palavra que 
            alegra e que, deste modo, traz consigo a carga positiva do amor”. 
            Quais são então as palavras ociosas que 
            teremos de prestar contas no Dia do Julgamento? O Pe. Francisco Faus 
            diz: “Palavra ociosa é outra coisa. É aquela que não carrega 
            consigo nada de bom, porque está vazia de idéias e sentimentos e, 
            portanto, é inútil para o amor… palavras sem substância alguma, sem 
            interesse, afeto, ajuda, alegria ou verdade, que ocupam com a sua 
            estéril presença o lugar que deveriam ter ocupado palavras 
            construtivas. São palavras ociosas, sobretudo, as palavras gastas, 
            formais e sem vida, que se dizem gélida e cansadamente na vida 
            familiar, no relacionamento profissional, na conversa de amigos, 
            quando o amor ou a amizade já se tornaram uma ruína decadente. Tais 
            palavras rotineiras, sem calor nem cadência de afeto, sem vibração 
            de pensamento, sem entusiasmo nem sonhos escondidos em seu bojo, são 
            uma monótona e persistente chuva de cinzas, que vai sepultando o 
            amor”. 
            Está claro que Jesus Cristo não exige de 
            nós o mutismo, mas sim, que falemos para edificar, quer que 
            reflitamos antes de falarmos, que coloquemos um “freio” em 
            nossa língua. 
            Santo Ambrósio se pergunta: “É 
            conveniente ficarmos sempre calados?” Ele mesmo responde: “Não”
            (De officiis, 1. I. c.3). 
            Depois ele mostra como devemos falar: “Ou cala, ou dize coisas 
            que sejam melhores que o silêncio”. São Francisco de Sales 
            declara: “As nossas palavras sejam poucas e boas, poucas e 
            suaves, poucas e simples, poucas e repassadas de caridade, poucas e 
            amáveis”, e o Bem-aventurado José Allamano diz: “… é preciso 
            falar com moderação, com prudência, com caridade, com piedade”.   
            Oração: 
            Ó Deus de misericórdia, coloque a prudência em nossos lábios, para 
            que saiam deles somente palavras que edifiquem o próximo, isto é, 
            cheias de caridade e que sirvam para ajudá-lo a crescer 
            espiritualmente. 
            Ó Senhor, ajude-nos a compreender que a 
            palavra que não serve para edificar não deve ser proferida, e que o 
            juízo será mais rigoroso para aquele que não soube mortificar a 
            língua. 
            Jesus Boníssimo, que o nosso interior 
            esteja sempre em paz, que andemos sempre na Vossa Presença, e assim, 
            saberemos dizer somente aquilo que Lhe agrada. Amém!    | 
           
         
        
       
      
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            03 - Caluniador: Amigo íntimo de Satanás 
              
            “Falaram 
            então os anciãos: 'Enquanto passeávamos sozinhos no jardim, esta 
            mulher entrou com duas servas. Depois, fechou as portas do jardim e 
            despediu as servas. Nesse momento aproximou-se dela um jovem, que 
            estava oculto, o qual deitou-se com ela” 
            (Dn 13, 36-37). 
  
            Quão triste e pesada é a calúnia, a 
            mesma fere mais que o punhal. Não só Satanás aplaude o caluniador, 
            mas todo o inferno. 
            Pobre Susana, como sofreu com a calúnia. 
            A calúnia é um pecado contra o oitavo 
            mandamento. Caluniar é prejudicar a reputação do próximo mentindo 
            sobre ele. 
            Quem era Susana? Uma prostituta? Não. 
            Mulher má? Não. Uma revoltada contra Deus? Também não. 
            Susana tinha um marido, era bela e 
            temente a Deus (Cfr. Dn 13, 2), 
            recebera uma ótima educação dos pais 
            (Cfr. Dn 13, 3), 
            e possuía boa fama diante das pessoas 
            (Cfr. Dn 13, 27). 
            Mesmo vivendo corretamente, não escapou 
            da língua dos caluniadores. 
            Freqüentavam a casa de Joaquim, esposo 
            de Susana dois idosos, eram juizes 
            (Cfr. Dn 13, 5), 
            e todos os que tinham alguma questão a julgar vinham a eles 
            (Cfr. Dn 13, 6). 
            Esses dois, por serem idosos e juizes, 
            deveriam dar bom exemplo para o povo, mas não; com suas línguas eram 
            os piores: “A iniqüidade saiu de Babilônia, dos anciãos, que só 
            aparentemente guiavam o povo” 
            (Dn 13, 5). 
            Hoje, também, existem milhares de idosos 
            que são pedras de tropeço no caminho de crianças, adolescentes, 
            jovens e adultos; os mesmos, com suas línguas malignas e coração 
            podre, destroem a inocência de muitos e coloca-os no caminho da 
            perdição. 
            A honesta Susana, por causa do calor
            (Cfr. Dn 13, 15), 
            resolveu banhar-se no jardim de seu esposo 
            (Cfr. Dn 13, 7), 
            a mesma esperou que todos saíssem e mandou depois também as servas 
            saírem e fecharem o portão (Cfr. 
            Dn 13, 18). 
            Como seria agradável a Deus e quantos 
            pecados seriam evitados se as mulheres imitassem o exemplo de 
            Susana, isto é, se não exibissem o corpo de forma tão despudorada 
            como fazem nas ruas e nas praias. Lembrem-se mulheres, de que o 
            corpo é templo do Espírito Santo, e não bacalhau para ficar exposto. 
            A impureza é uma rede que apanha muitas 
            almas para o inferno, e ai das “pescadoras” de Satanás, essas 
            arderão eternamente no inferno. 
            Algo estranho está acontecendo nesse 
            mundo moderno e podre; as mulheres quanto mais feias, mais 
            despudoradas são; as mesmas querem compensar usando roupas imorais, 
            aquilo que não conseguem com a beleza, e assim, tornam-se bruacas. 
            Susana achava que estava sozinha no 
            jardim; mas não, os dois velhos juizes estavam escondidos dentro do 
            mesmo, os dois ardiam de desejo pela pobre Susana: “Os dois 
            anciãos, que a observavam diariamente enquanto ela entrava e 
            passeava, puseram-se a desejá-la” 
            (Dn 13, 8). 
            Susana era bela, e os dois anciãos 
            queriam possuí-la, mas a mesma não aceitou a “proposta” dos 
            velhos perversos; então eles tomaram a decisão de caluniá-la perante 
            o povo, mesmo assim, ela não se entregou aos juizes impuros: “Mas 
            é melhor para mim, não o tendo feito, cair em vossas mãos, do que 
            pecar diante do Senhor” (Dn 
            13, 23). 
            Muitas pessoas, para conseguirem seduzir 
            alguém, usam de ameaças a exemplo desses anciãos, e lutam com 
            energia até conseguirem. Feliz daquela pessoa que imita o exemplo de 
            Susana, isto é, que se mantém firme e fiel a Deus, e que prefere 
            sofrer e morrer do que ofendê-lO. Se no mundo existissem milhões de 
            “Susanas”, com certeza absoluta, a máscara de milhões de “anciãos” 
            já teriam caído por terra. 
            Como é importante ser uma pessoa 
            convicta e de caráter no meio desse mundo perverso, ser uma bigorna 
            que é malhada pela marreta da calúnia, mas não se quebra. 
            É preciso imitar Susana, não se pode 
            entregar aos perversos; você não é objeto e muito menos mercadoria. 
            Susana gritou, mas os juizes impuros 
            gritaram também contra ela (Cfr. 
            Dn 13, 24). Às vezes acontece de 
            você “gritar” contra os caluniadores, isto é, de tomar uma 
            atitude de se defender, de provar a sua inocência, mas eles 
            continuam a te caluniar, isto é, “gritam” juntos e querem que 
            o mal prevaleça, querem te sufocar moralmente, trabalham 
            continuamente para lançar a sua honra na lama. Diante da resistência 
            maligna do caluniador, é preciso continuar se defendendo: “Todos 
            gozam de um direito natural à honra do próprio nome, à sua reputação 
            e ao seu respeito” (Catecismo 
            da Igreja Católica, 2479). 
            Ninguém dos seus a defendeu. Em Daniel 
            13, 27-40 diz que os empregados sentiram-se profundamente 
            envergonhados; reuniram na casa de Joaquim, seu esposo, chamaram os 
            pais de Susana, filhos e parentes, e todos permaneceram em silêncio. 
            Os anciãos ainda tiveram a coragem de 
            mandar retirar o véu que cobria o rosto de Susana para poderem 
            fartar-se de sua beleza, e ninguém se opôs. 
            Diante do povo, os dois juizes malignos 
            e caluniadores, contaram que haviam pego Susana com um rapaz no 
            jardim , e no versículo 41 diz que o povo acreditou neles: “A 
            assembléia creu neles, pois eram anciãos do povo e juizes. E 
            julgaram-na ré de morte”. 
            Pobre Susana, quanto sofrimento, quanta 
            decepção com as pessoas, principalmente com os conhecidos, ninguém a 
            defende. Ela, a bela, delicada e temente a Deus está só. 
            Às vezes já aconteceu contigo ou poderá 
            acontecer, de precisar da ajuda de algum parente ou amigo para te 
            defender diante de caluniadores, e encontrar todos com as costas 
            viradas. Caso aconteça isso contigo, não se desespere e não se 
            entregue, mas olhe para o alto e peça com confiança a ajuda do Deus 
            Altíssimo, a exemplo de Susana: “Ó Deus Eterno, que conheces as 
            coisas ocultas, que sabes todas as coisas antes de sua origem, Tu 
            sabes que é falso o testemunho que levantaram contra mim. Eis, pois, 
            que vou morrer; não tendo feito nada do que estes maldosamente 
            inventaram a meu respeito” (Dn 
            13, 42-44). Ela não recebeu o 
            apoio dos familiares e amigos, mas recorreu a Deus e foi atendida: “E 
            o Senhor escutou a sua voz” (Dn 
            13, 44). 
            Enquanto Susana era conduzida à 
            lapidação, Deus suscitou o profeta Daniel para salvá-la 
            (Cfr. Dn 13, 45). 
            Daniel: homem justo, caridoso, prudente 
            e sincero, chamou os filhos de Israel de insensatos, porque 
            condenaram Susana sem julgamento e sem conhecimento claro, e o mesmo 
            disse que era falso o testemunho que os anciãos levantaram contra 
            ela (Cfr. Dn 13, 49). 
            Hoje, são milhares aqueles que são 
            condenados injustamente, que são obrigados a carregarem o peso da 
            calúnia sobre os ombros por anos e anos, raramente aparece um “Daniel” 
            para ajudar-lhes. 
            Daniel pediu que separassem os anciãos 
            um do outro para serem julgados. Ele perguntou ao primeiro: “… 
            dize-nos debaixo de que árvore os viste entretendo-se juntos”
            (Dn 13, 54), 
            e o velho mentiroso e caluniador lhe respondeu: “Debaixo de um 
            lentisco” (Dn 13, 54). 
            E Daniel, indignado diante de tal resposta lhe disse: “Mentiste 
            perfeitamente, contra a tua própria cabeça! Pois o anjo de Deus, já 
            tendo recebido a sentença da parte de Deus, te rachará pelo meio”
            (Dn 13, 55). 
            Daniel mandou chamar o segundo velho 
            mentiroso e lhe fez a mesma pergunta: “… dize-me debaixo de que 
            árvore os surpreendeste entretendo-se juntos” 
            (Dn 13, 58), 
            e o velho caluniador respondeu: “Debaixo de um carvalho”
            (Dn 13, 58). 
            E Daniel lhe disse: “Mentistes perfeitamente, tu também, contra a 
            tua própria cabeça. Pois o anjo de Deus está esperando, com a espada 
            na mão, para te cortar pelo meio, a fim de acabar convosco”
            (Dn 13, 59). 
            Diante da atitude justa de Daniel, a 
            assembléia acordou e clamou em alta voz: “… bendizendo ao Deus 
            que salva os que nele esperam” 
            (Dn 13, 60). 
            Realmente! Feliz daquele que confia em Deus, porque o homem é sempre 
            volúvel e misterioso. 
            Se os caluniadores fossem julgados com 
            rigor e justiça, como o fez Daniel, com certeza o mundo seria melhor 
            e não existiria tanta injustiça e crime entre as pessoas. 
            Os anciãos foram condenados à morte: “Mataram-nos, 
            portanto, e assim foi poupado o sangue inocente, naquele dia”
            (Dn 13, 62). 
            Aqueles que não tiveram boca e coragem 
            para defendê-la, agora louvam a Deus pela inocência da mesma: “Então 
            Helcias e sua mulher elevaram um hino a Deus por causa de sua filha 
            Susana, com Joaquim seu marido, e todos os seus parentes, porque 
            nada de torpe havia sido encontrado nela” 
            (Dn 13, 63). 
            Se a boca do fofoqueiro merece ser 
            chamada de boca de lixo, que nome dar então para a boca do 
            caluniador? 
            Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “O 
            caluniador torna-se responsável por todo o prejuízo desonesto de sua 
            difamação”. 
            Lembre-se caluniador de que a calúnia é 
            pecado mortal: “A calúnia é um pecado grave por sua própria 
            natureza, pois lesa a justiça e a caridade” 
            (Bernhard Haring). 
            Se você caluniador não mudar de vida, 
            não será rachado pelo meio como aconteceu com o primeiro ancião 
            mentiroso, nem cortado pelo meio como aconteceu com o segundo, mas 
            será “assado” nas chamas do inferno eterno.   
            Oração: 
            Ó Pai de Amor e rico em Misericórdia, assim como ouvistes as preces 
            de Susana e a livrastes das garras dos anciãos mentirosos e 
            caluniadores; livrai-nos daquelas pessoas que maquinam dia e noite 
            contra a nossa vida, tentando lançar a nossa honra pelo chão. 
            Senhor, enchei o nosso coração de 
            paciência e caridade para suportarmos as calúnias e termos força e 
            ânimo de rezar pelos caluniadores. 
            Ó Amado Deus, não deixe que o caluniador 
            se perca, purifique o seu coração e dai-lhe o verdadeiro 
            arrependimento. Lace-o com o Vosso Amor e ilumine-o para que caminhe 
            somente pela estrada da caridade. Amém!    | 
           
         
        
       
      
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            04 - O comodismo na vida espiritual 
              
            “Passei 
            junto ao campo do preguiçoso, pela vinha de um homem sem juízo: Eis 
            que tudo estava cheio de urtigas, sua superfície coberta de espinhos 
            e seu muro de pedras em ruínas” 
            (Pr 24, 30-31).   
            Olha o campo do preguiçoso; que estrago, 
            que vazio! Ele não se preocupa com o seu “campo”, isto é, com 
            a sua alma, deixa a mesma ser invadida por “ervas daninhas” e 
            por “insetos”. O ócio espiritual tomou conta de seu coração, 
            e ele vive adormecido em sua poltrona. 
            Ó preguiçoso! Acorda enquanto é tempo; 
            cuida do seu “campo”, isto é, da sua alma imortal, porque o 
            tempo passa e a vida é breve. 
            Existem milhões de pessoas que vivem 
            como se não possuíssem uma alma imortal; cuidam somente do corpo, 
            até parece que o imortal é ele, e não a alma: “Riquezas, 
            dignidades, prazeres deste mundo, deixam após si pesos e remorsos”
            (São Pedro Julião Eymard, A 
            Divina Eucaristia, Vol. 3). 
            O homem ocioso não se preocupa com o “campo” 
            que é a sua alma, como se fosse um porco de engorda, olha somente 
            para baixo, para a lama que o mundo oferece; e por agir dessa forma, 
            Cristo não habita em sua alma e o prejuízo para o seu “campo” 
            é irreparável: “Se uma casa não for habitada pelo dono, ficará 
            sepultada na escuridão, desonra e desprezo, repleta de toda espécie 
            de imundícia. Também a alma, sem a presença de seu Deus e dos anjos 
            que nela jubilavam, cobre-se com as trevas do pecado, de sentimentos 
            vergonhosos e de completa ignomínia” 
            (Das Homilias atribuídas ao bispo São 
            Macário. Hom, 28: PG 34, 710-711). 
            Infeliz do preguiçoso, daquele que não 
            se preocupa em cultivar o seu “campo”, isto é, a sua alma, 
            que vive de braços cruzados e que não se esforça para crescer 
            espiritualmente; esse jamais gozará da felicidade eterna, justamente 
            porque não lutou para salvar a alma: “A obra de minha salvação é, 
            por conseguinte, o meu primeiro dever, enquanto tudo o mais não 
            passa de bagatela” (São Pedro 
            Julião Eymard, A Divina Eucaristia, Vol. 3). 
            A alma daquele que não se esforça para 
            crescer na santidade é invadida pelas urtigas das paixões e pelos 
            espinhos das más relações; e o muro da fortaleza já não existe mais, 
            porque, devido a sua ociosidade, o mesmo caiu por terra, não ficando 
            “pedra” sobre “pedra”. 
            Infeliz daquele que vive ociosamente na 
            vida espiritual, que empurra a vida ao invés de vivê-la santamente e 
            com fervor, esse merece ser chamado de louco: “Aquele que não se 
            preocupa com a salvação da alma é louco” 
            (São Filipe Néri). 
            É preciso acordar o preguiçoso, é 
            preciso aconselhá-lo a cuidar melhor do seu “campo”, isto é, 
            de sua alma imortal, lembrando-o de que alma ele só possui uma, e 
            perdido essa, tudo está perdido. 
            Não se pode deixar o preguiçoso viver 
            acomodado em sua poltrona, é preciso sacudi-lo enquanto é tempo, 
            porque os minutos que ele perde com as coisas da terra não voltarão 
            mais: “De poucos palmos vós fizestes os meus dias…” 
            (Sl 38, 6). 
            Quem não trabalha pela salvação da alma 
            se nivela aos animais irracionais, vive se arrastando e não possui a 
            paz que vem do alto. 
            O preguiçoso que não se preocupa com a 
            sua lavoura, deixa a erva daninha crescer e sufocá-la, os insetos 
            picam a plantação causando-lhe grande dano e os animais pisam-na 
            porque não existe mais a cerca de proteção; e mesmo diante de tão 
            grande prejuízo, o preguiçoso continua a dormir. 
            Aquele que vive no ócio espiritual 
            possui uma alma aberta, ou melhor, escancarada para o mundo, e 
            assim, os vícios e os pecados invadem-na causando-lhe grande 
            destruição. 
            O ocioso espiritualmente possui tempo 
            para dialogar com as criaturas, joga o tempo e palavras fora, mas 
            não reserva sequer, um minuto para Deus. Os trechos bíblicos: “Orai 
            sem cessar” (1 Ts 5, 17), 
            e: “… saboreai as coisas que são lá de cima, não as da terra”
            (Cl 3, 2), 
            causa arrepios no ocioso e deixa-o enojado, porque a sua única 
            preocupação é correr atrás dos bens terrenos, é entesourar aquilo 
            que passa.   
            Oração: 
            Ó Senhor, Tu és o Deus Eterno, ajude-nos a cuidar zelosamente de 
            nossa alma imortal, que o ócio espiritual não encontre lugar em 
            nosso coração. 
            Querido Pai, dai-nos ânimo para vivermos 
            atentos, como bons vigias, em relação a nossa alma, que nenhuma erva 
            daninha do vício cresça nela, e que nenhum inseto do pecado entre na 
            mesma para prejudicá-la. 
            Ó Senhor, quão infeliz é aquele que 
            descuida da salvação de sua alma para se dedicar somente àquilo que 
            é passageiro; esse, se não acordar a tempo, jamais O contemplará na 
            Eternidade Feliz. 
            Senhor, dai-nos força e coragem para 
            afastarmos do nosso campo, isto é, da nossa alma, tudo aquilo que 
            possa prejudicá-la. Amém!    | 
           
         
        
       
      
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            05 - O amor vence as barreiras 
              
            “E 
            cada dia, no Templo e pelas casas, não cessavam de ensinar e de 
            anunciar a Boa Nova de Cristo Jesus” 
            (At 5, 42).   
            Vejam os Apóstolos, com que rapidez vão 
            de casa em casa pregando a Boa Nova de Cristo Jesus. O que os levam 
            a pregar com tanto fervor e coragem a Cristo Jesus? É o amor a Nosso 
            Senhor e o desejo ardente de salvar as almas. 
            Aquele que possui o verdadeiro amor não 
            conhece barreiras, e se por acaso elas surgirem, o mesmo a contorna 
            ou passa sobre a mesma. 
            Os Apóstolos não viviam em uma região 
            fácil e aberta para Nosso Senhor, pelo contrário, viviam sob 
            terrível perseguição: “Chamaram os Apóstolos à sua presença e, 
            depois de os mandarem açoitar, ordenaram-lhes que não falassem no 
            nome de Jesus, dando-lhes depois a liberdade” 
            (At 5, 40). 
            Por que foram açoitados? Haviam cometido 
            algum mal? Não; porque estavam pregando a Santa Doutrina ensinada 
            pelo Senhor Deus. 
            As chicotadas deixaram marcas em seus 
            corpos, mas não em suas almas; com certeza jorrou sangue, mas as 
            mesmas não conseguiram arrancar o amor que reinava em seus corações. 
            Nesse mundo moderno e vazio, onde o 
            pecado é exaltado e a virtude é pisada, aquele que se decide 
            trabalhar com seriedade para a glória de Deus e pelo bem das almas 
            também é açoitado, não com varas ou cordas, e sim, pelo chicote da 
            língua daqueles que não crêem na Vida Eterna. Como aconteceu com os 
            Apóstolos que não desanimaram diante dos açoites, também a língua 
            dos perversos não consegue apagar o fervor daqueles que possuem um 
            verdadeiro amor por Nosso Senhor, e os mesmos continuam a 
            trabalharem com mais empenho: “Uma alma inflamada do amor de Deus 
            não consegue ficar inativa” 
            (Santa Teresinha do Menino Jesus). 
            É preciso imitar o exemplo e a fortaleza 
            dos apóstolos; quando se trata de agradar a Deus e de salvar as 
            almas, não devemos nos intimidar nem desanimar, e sim, lutar com 
            coragem sem olhar o tamanho dos obstáculos: “O zelo é uma loucura 
            divina de apóstolo, que te desejo, e que tem estes sintomas: fome de 
            intimidade com o Mestre; preocupação constante pelas almas; 
            perseverança que nada faz desfalecer” 
            (São Josemaría Escrivá, Caminho, 934). 
            O amor dos Apóstolos era qual fogo que 
            ardia em seus corações, e mesmo sob ameaças e correndo grande perigo 
            de serem presos ou mortos, não ficavam no “buraco” do 
            comodismo nem na “poltronice” da boa vida, e sim, pregavam a 
            Boa Nova de casa em casa todos os dias. 
            Quão grande deve ser o nosso amor a 
            Cristo Jesus e às almas, ele deve ser um sino que tine o tempo todo 
            nos convidando a pescar, não peixes, e sim, almas imortais. Quando 
            se trata de trabalhar para a glória de Deus, não optemos pelo mais 
            fácil ou mais cômodo, mas lembremo-nos de que onde as trevas estão 
            reinando é que precisa de luz. 
            É preciso evangelizar de casa em casa, 
            não deixemos nenhuma para trás, precisamos dizer a todos que Cristo 
            é o Senhor, que a alma é imortal, que temos o inferno a evitar e o 
            céu a conquistar; não deixemos ninguém indiferente, mas “incendiemos” 
            a todos com a Santa Doutrina Católica. 
            É preciso evangelizar com fidelidade, 
            não pender para a direita nem para a esquerda, é preciso pregar a 
            pura Doutrina da Igreja Católica. 
            Em At 5, 42 diz que os Apóstolos 
            ensinavam e anunciavam a Boa Nova de Cristo Jesus; está claro que 
            não se envolviam com política nem adulteravam a Palavra de Deus, por 
            isso, pregavam com convicção e colhiam copiosos frutos. 
            Aquele que possui a verdade ensina com 
            convicção, entusiasmo e coragem, porque, sabe que nada o deterá; do 
            seu interior brota uma força que o faz vencer todas as barreiras. 
            O amor vence as barreiras, não somente 
            algumas, mas vence a todas: “pisa” o respeito humano, “decapita” 
            os perseguidores do bem, “corta” a língua dos caluniadores, “lacra” 
            os olhos dos inimigos, “arranca” o coração dos que tramam o 
            mal contra os filhos de Deus, etc.; o amor é um “fogo” que 
            aquece continuamente o coração daqueles que trabalham pela salvação 
            das almas. Aquele que não ama carrega no seu interior uma tocha 
            apagada, e assim, não consegue iluminar nem aquecer os corações.    | 
           
         
        
       
      
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