Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

08 de novembro de 2016

 

 

Apresentação

 

Prezado leitor, leia e medite cada pensamento deste livrete escrito pelo Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes FP(C) e confira você mesmo a miséria de quem abandona a Deus.

 

Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor

Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 
01

Os mundanos zombam, espezinham, xingam, desprezam e ameaçam os amigos de Deus... e dão a vida pelo Demônio, príncipe das trevas, que trabalha raivosamente para lançá-los nas chamas do Inferno Eterno. Que escolha mais desastrosa! São “mártires” do Demônio!

02

Os mundanos dizem não ao Deus do amor, para dizer sim ao Demônio, “rei” do ódio.

03

Os mundanos não suportam os justos... para esses oferecem somente perseguição e desprezo: “Cerquemos o justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas ações” (Sb 2, 12).

04

Os seguidores do mundo, inimigos da santidade, trabalham furiosamente para arruinar os amigos de Deus... mas se esquecem de que existe um julgamento onde os bons serão vingados: “De pé, porém, estará o justo, em segurança, na presença dos que o oprimiram e dos que desprezaram seus sofrimentos” (Sb 5, 1).

05

Os santos são chamados pelos mundanos de loucos e fanáticos aqui nesse mundo... mas eles serão tomados de surpresa no dia do julgamento, quando virem os “loucos” num trono de glória: “Vendo-o, serão tomados de terrível pavor, atônitos diante da salvação imprevista; dirão entre si, arrependidos, entre soluções e gemidos de angústia: ‘Este é aquele de quem outrora nos ríamos, de quem fizemos alvo de ultraje, nós insensatos! Considerávamos a sua vida uma loucura e seu fim infame. Como agora o contam entre os filhos de Deus e partilha a sorte dos Santos?’” (Sb 5, 2-5). Que doce “vingança!”

06

Se os santos são os “loucos” de Deus, então o céu é um “hospício” eterno... onde todos adorarão o Deus “louco” de amor. Que “loucura” mais agradável!

07

Os mundanos dirão desesperadamente na hora da morte, vendo suas mãos vazias e a alma cheia de pecados: “Cansamo-nos nas veredas da iniquidade e perdição, percorremos desertos intransitáveis, mas não conhecemos o caminho do Senhor!” (Sb 5, 7). A morte lhes “dirá” com um suave “sorriso”: Acordaram tarde! Vamos dar uma “morridinha?”

08

O mundano é um grande “sábio” que ignora a si mesmo... conhece todas as cloacas do mundo, mas não conhece o próprio coração.  Possui olhos que tudo vê, mas a si mesmo não vê. Nenhuma ignorância é pior do que a de se ignorar a si mesmo. O mundano não se salvará, porque ignora a si mesmo: “Não serás sábio se te não conheceres a ti mesmo” (São Bernardo de Claraval).

09

Os mundanos são discípulos do Demônio que cantam como “sereias” desafinadas convidando as pessoas para o Inferno: “Vinde! Inebriemo-nos com todas as delícias do mundo; provemos todos os prazeres... amanhã talvez já não estejamos em tempo”. Triste “canção!” “Canção” de morte!

10

O mundo é muito cruel! Ele “arranca” o olho direito dos mundanos, exatamente o que olha para o céu, para a vida eterna, para as coisas verdadeiras e belas... e, os seus escravos, só veem com o olho esquerdo, que olha somente para a terra e vê a lama e os vermes: “Eis o preço que de vós exigirei: todos vós tereis vazado o olho direito” (1 Sm 11, 2). Servir o mundo também tem o seu preço! Pobres mundanos... pagam caro para  a própria destruição!

11

Os mundanos se consomem pelo Demônio e terão como “prêmio” o Inferno Eterno. “Compram” o Inferno desgraçando a própria alma! Quanta infelicidade!

12

Os mundanos são piores que o Demônio... esse foge diante da água benta, enquanto que os mundanos perseveram na maldade até desgraçar a vida alheia: “O Demônio é um grande inimigo, porém o mundano é mais terrível ainda” (Pe. João Colombo).

13

Os mundanos são seguidores da mulher de Ló... estão sempre olhando para trás com saudade da imoralidade oferecida pelo mundo. Que saudade mais assassina!

14

Os mundanos são cegos espirituais! Deixam correr, por dias, por meses, por anos, um tempo nobilíssimo e precioso, sem nada fazerem para a vida eterna... só se ocupam de divertimentos, reuniões e  modas que ofendem a Deus. Triste cegueira!

15

Os mundanos são ramos estéreis e selvagens; não produzem frutos agradáveis a Deus... estão a serviço de Satanás.

16

Os mundanos são “defuntos” ambulantes! São galhos secos e inúteis, ramos malditos e condenados às chamas do Inferno... Respiram, andam, divertem-se, e não percebem a própria desolação interior. Estão separados de Jesus Cristo, a árvore da vida: “Se alguém não permanece em mim é lançado fora, como o ramo, e seca; tais ramos são recolhidos, lançados ao fogo e se queimam” (Jo 15, 6).

17

Os mundanos escarram na Sagrada Face de Jesus Cristo, pisam no seu Preciosíssimo Sangue, zombam de sua Bondade Infinita, escarnecem do seu Amor e se inclinam diante de Satanás, como seus fiéis escravos. Ingratidão assustadora!

18

Os mundanos também sofrem... sofrem na alma e no corpo... experimentam no mundo os primeiros “frutos” do Inferno. Sofrem nessa vida passageira e sofrerão na eternidade. Jamais descansarão!

19

Os mundanos possuem duas certezas: a da morte e a do Inferno.

20

A vida do mundano é um teatro contínuo. Fingir ser alegre!

21

Os mundanos são geradores de obras mortas, porque as realizam em estado de pecado mortal.

22

Os mundanos percorrem o caminho das trevas... não amam a Deus nem ao próximo.

23

A fé dos mundanos é uma fé morta... e as obras realizadas por eles não merecem a vida eterna.

24

Deus é um Pai cheio de paciência para com os mundanos: prolonga-lhes a vida... dá-lhes bens materiais... “engorda-os”. Se não mudarem de vida buscando a santidade... irão para o Inferno Eterno. Do Criador não se zomba!

25

Os mundanos são cegos que andam ziguezagueando e se agarrando em tudo o que é passageiro e caduco... só não agarram nas mãos poderosas do Criador. Quanta insegurança!

26

Os mundanos buscam a felicidade longe de Deus e estão sempre vazios, angustiados e revoltados. O mundo não pode dar o que não possui!

27

Os mundanos desprezam os amigos de Jesus Cristo e só consideram felizes a quem goza dos bens deste mundo enganador. Mas a morte colocará ponto final nas suas “alegrias”.

28

Os mundanos assemelham-se aos morcegos noturnos... vivem escondidos e sepultados nas trevas da noite, para não serem sepultados nas trevas do inferno após a morte. Quanta ilusão! Deus vê tudo!

29

Os mundanos se desesperarão na hora da morte ao verem o caixão “escondido” no canto do quarto e saber que nele não caberão os seus bois, carros, fazendas, roupas com marcas famosas, mansões e outros. Nele caberá apenas um corpo e algumas flores murchas.

30

O mundano tem o costume de cantar um “hino” assustador na hora da morte: “Não quero morrer”. Com certeza não está preparado para o encontro com Jesus Cristo, divino Juiz, que pedirá contas de tudo.

31

Os mundanos tremem só em ouvir falar da morte, porque não estão preparados para comparecer diante do Deus que não mente nem aceita desculpas.

32

Os mundanos trocam a graça de Deus por um minuto de prazer... voltam as costas para o céu e vivem às margens do inferno. É isso ser sábio? Não! Isso é ser desgraçado!

33

Os mundanos trocam o Bem Supremo, Deus, pelos bens passageiros e caducos desse mundo. Isso é sabedoria? Não! Isso é loucura!

34

Os mundanos trabalham incansavelmente para conquistar os bens perecíveis desse mundo, e desprezam com repugnância o Deus Eterno, riqueza infinita. Quanta estupidez!

35

Os mundanos portam-se como bestas, animais irracionais... seguem unicamente o instinto das afeições sensuais, sem se preocuparem com os bens eternos.

36

O mundano é uma “besta” que não pensa com a cabeça; mas sim, com o bucho.

37

Deus nos colocou nesse mundo para buscarmos com fervor, fé e perseverança a Vida Eterna, mas os mundanos fazem o contrário... correm desesperadamente atrás das vaidades desse mundo.

38

Os mundanos são lobos ferozes cobertos com pele de ovelhas... se aproximam dos amigos de Deus aparentando virtude e honestidade para prejudicá-los principalmente na vida espiritual.

39

A boca do mundano assemelha-se ao túmulo com rachadura... dela só sai mau cheiro.

40

O mundano é um sal desvirtuado, uma lâmpada queimada, uma figueira infrutífera... um fermento vencido. É um estorvo... usa da liberdade para viver na libertinagem!

41

O mundano se desesperará na hora da morte, sabendo que comparecerá diante de Deus com a alma cheia de pecados... sendo que recebeu as graças necessárias para se santificar.

42

Os mundanos gritarão na hora da morte: “Precisamos de tempo para chorar os nossos pecados”. O Demônio “responderá”: Não há mais tempo! Vamos para o Inferno!

43

Os mundanos vivem como cegos nesse mundo, mas na hora da morte os seus olhos enxergarão todas as suas loucuras e o tempo perdido; mas isto servirá somente para aumentar o desespero deles. Que momento terrível!

44

O mundano é o maior de todos os loucos. Sabe que não fugirá da morte e não se prepara para ela. Que indiferença mais assustadora!

45

O mundano é um palhaço que brinca diariamente com a misericórdia de Deus. Na hora da morte esse “circo” pegará fogo!

46

O mundano possui “vista” fraca para enxergar o caminho do céu... e “vista” perfeita para enxergar o caminho do pecado. Ele enxerga a morte muito distante... quase a perde de vista. Será surpreendido em breve! Que susto!

47

O Demônio diz ao mundano: Peque agora! Como seria tudo diferente se o mundano lhe respondesse: Não pecarei... pois posso morrer durante o ato. Mas não é assim... o mundano lhe obedece prontamente, e muitos morrem durante o ato.

48

Como castigo, Deus, às vezes, tira a vida do mundano no momento em que está pecando. Terrível punição!

49

Deus espera com paciência a conversão dos mundanos, mas não espera sempre. É grande loucura abusar da bondade infinita!

50

50. As ações dos mundanos são tão horrorosas, que todas as criaturas quereriam castigá-los, e assim vingar as injúrias feitas ao Criador.

51

Quando os Filisteus puderam cair sobre Sansão adormecido, a primeira coisa que fizeram foi furar os seus olhos (Jz 16,21). Com a cegueira de Sansão, se tornaria fácil tê-lo como escravo: amarrá-lo, arrastá-lo à prisão e condená-lo a girar uma pedra de moinho.  Essa é a tática que o mundo usa para arruinar os mundanos: cegá-los. Torna-se mais fácil de guiá-los pelo caminho do Inferno Eterno!

52

Sansão usou as raposas para espalhar o fogo na plantação dos Filisteus (Jz 15, 1-5). O Demônio, inimigo infernal, pega os mundanos, incendeia-os do seu fogo infernal, e depois os lança, como raposas, para, com as paixões e com o mal, queimarem as almas dos bons. O mundano é, pois, uma raposa que já arde.

53

O coração do mundano é uma “fossa” tão repugnante e obscura que somente o Demônio consegue entrar. Que mau cheiro!

54

Os mundanos não nascem “cegos”, mas vão perdendo a “visão” aos poucos... tornam-se cegos ao ponto de não enxergarem a fealdade do pecado, a lama da imoralidade e o caminho tenebroso do Inferno. Pobres cegos!

55

O melhor remédio para curar a cegueira espiritual do mundano é o “colírio” do arrependimento dos pecados.

56

Os mundanos não castigam com penitência e mortificação o corpo, cavalo da alma, mas deixa-o galopar pelos caminhos tortuosos da vida. Que liberdade perigosa!

57

Os mundanos sofrem de “idiotia!” Sobrecarregam a alma com um feixe de pecados e vivem como escravos do próprio corpo. O feixe dos pecados deprimirá alma e corpo no inferno!

58

Os mundanos são “pássaros” que vivem presos aos fios do pecado e do vício. Mesmo se oferecer-lhes a “tesoura” da confissão para libertá-los desses fios, dizem que estão bem nessa “prisão”. Quanta rusticidade!

59

O mundano é um terrível “comerciante” que vende a Jesus Cristo todos os dias por um “punhado” de pecados: “Vós me profanais perante o meu povo por um punhado de cevada, por alguns pedaços de pão, entregando à morte almas que não devem morrer e poupando a vida aos que não devem viver, com as vossas mentiras dirigidas ao meu povo que dá ouvidos à mentira” (Ez 13, 19).

60

O mundano é escravo do Demônio e inimigo das almas imortais e espirituais... ele semeia entre os amigos de Deus a cizânia do pecado. O que ele dirá a Jesus Cristo, justo juiz, na hora do julgamento?

61

Os mundanos são incansáveis... não cansam de ser ridículos. Até o Demônio “sorri” deles!

62

Os mundanos são inimigos duplos: matam a alma e podem matar também o corpo. São inimigos cruéis, impiedosos e sem compaixão!

63

Os mundanos são inimigos perigosos, falsos e sorrateiros! Aproximam-se com o semblante e com a saudação de um amigo, de um companheiro, mas trazem “escondidos” sob as vestes o “punhal” do mau exemplo para trucidar as almas imortais. São parecidos com Joab (2 Sm 20, 4-13).

64

As roupas imorais usadas pelos mundanos são “tarrafas” que arrastam para o Inferno Eterno milhares de almas. O que dirão a Deus na hora do Julgamento? Terão que prestar contas de cada alma perdida!

65

Um casal que vive na escuridão, longe de Deus e a serviço do Demônio... como poderá orientar os filhos no bom caminho? Terá força para isso?

66

Os mundanos são funcionários do Demônio... trabalham incansavelmente para esse ser maldito e cheio de ódio. O Demônio odeia a Deus e quer a ruína das almas... serve-se dos mundanos como de instrumentos do seu ofício.

67

O mundano possui uma grande dívida para com o Sangue de Jesus Cristo, o Sangue que foi derramado para salvar as almas imortais e espirituais.  Toda vez que uma alma é arruinada pelo mundano, ressoa um grito no céu: “Que fizeste! Ouço o sangue de teu irmão, do solo, clamar para mim!” (Gn 4, 10).

68

O mundano, antes de “mergulhar” no inferno após a morte, ouvirá essas terríveis palavras proferidas por Jesus Cristo: Dei toda a minha vida e todo o meu Sangue pelas almas, e tu as arruinastes. Retira-te de mim, ó demônio.

69

O mundano é um ladrão perigoso que rouba a inocência das pessoas piedosas e amigas de Deus com os seus discursos imorais.

70

Nesse mundo, os mundanos se entremeiam aos bons e vivem na sombra, fingindo serem pessoas do bem. Mas, no dia do juízo, serão separados, e cada mundano aparecerá tal como viveu... acabou a “gracinha”: “... e ele separará os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e porás as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda” (Mt 25, 32-33).

 

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Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP (C).

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Mundanos: "mártires" do demônio”

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