Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

21 de novembro de 2016

 

 

Apresentação

 

Prezado leitor, lendo e meditando esses pensamentos escritos pelo Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes FP(C), veremos que sem o arrependimento é impossível receber a misericórdia de Deus.

 

Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor

Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

01

Não há misericórdia entre as três Pessoas da Santíssima Trindade, mas há amor... são igualmente divinas e isentas de miséria.

02

A misericórdia de Deus não é novidade... o homem sabe que o Criador é infinitamente misericordioso. O “problema” está do outro lado: a abertura do coração do homem para receber a misericórdia.

03

Deus é infinitamente misericordioso, mas não é “violentamente” misericordioso; isto é, não obriga o homem a abrir o coração para receber a misericórdia.

04

Deus é misericordioso! Ele espera o pecador... trata-o com misericórdia, prolonga a sua vida e enche as suas mãos de bens materiais. Se o pecador continuar trilhando o caminho da desgraça, seu “prêmio”, após a morte, será o fogo do Inferno.

05

Há distinção entre misericórdia e amor: a misericórdia se orienta para a miséria... ao passo que o amor aponta para a própria pessoa amada.

06

O Criador não espera sempre o pecador. Ele é misericordioso, mas não é palhaço de pessoas caprichosas e sedentas do pecado.

07

Às vezes Deus usa do “chicote” da misericórdia para acordar o homem que está adormecido sobre o “travesseiro” do pecado. Se Ele envia algum castigo, é porque nos ama e nos quer livrar das penas eternas do Inferno.

08

O pecador não compreende a misericórdia do Criador! O pecado tapa os seus olhos para a grandeza de Deus. Ele não entende que se o Senhor castiga nesta vida, é para fazer misericórdia na outra. Pobre cego!

09

Deus não espera para sempre... mas espera pela conversão do pecador. Às vezes o Senhor “finge” não ver os terríveis pecados do filho rebelde... podia tirar-lhe a vida no ato do pecado...mas não, chama-o para perto d’Ele. É muito perigoso abusar da misericórdia do Criador!

10

Deus é um Pai que corre incansavelmente atrás do pecador, “cavalo” rebelde, para laçá-lo com o “laço” da sua infinita misericórdia... não quer perdê-lo: “Deus corre, como amante desesperado, atrás do pecador, exortando-o a que não se perca” (São Dionísio Areopagita).

11

Não há misericórdia para um coração que não se arrepende dos pecados cometidos. Deus exige uma mudança de vida... sem essa mudança não há misericórdia. O Senhor é misericordioso e benigno, mas não é objeto de pessoas ingratas!

12

Por maior que seja um pecador... “monstruosamente” pecador, alcançará misericórdia se se arrepender dos crimes cometidos. A misericórdia de Deus é maior que as maldades do pecador.

13

Quem despreza a misericórdia de Deus caminha nas trevas, e, após a morte, “mergulhará” na mais escura prisão: Inferno Eterno.

14

Quando um pecador se arrepende dos pecados, a misericórdia de Deus “pisa-os” com violência e lança-os para longe: “Jogai nossos pecados nas profundezas do mar!” (Mq 7, 19).

15

É encantadora a misericórdia do Criador! Não obriga o homem a realizar boas obras... não o força a abrir o coração para a sua misericórdia; mas o espera e continua a amá-lo. Deus acolhe o pecador arrependido!

16

A misericórdia do Criador é infinita para com o pecador! Isso não é novidade. Deus é misericordioso e o pecador pode se condenar ao Inferno. Se o pecador permanecer com as costas voltadas para o Salvador se condenará, mesmo a misericórdia de Deus sendo imensa. Deus não violenta a liberdade do homem!

17

O coração que valoriza a misericórdia de Deus e a grandeza do seu perdão “chora” continuamente de agradecimento e reconhecimento. O coração se “derrete” só de pensar no carinho do Criador!

18

Devemos nos apaixonar pela misericórdia do Criador! A criação custou a Deus só um ato de vontade. Quanto, porém, lhe custou a nossa salvação? Olhemos para Belém, Egito, Nazaré, toda a Palestina, Jerusalém, o Calvário, a Santa Igreja fundada por Ele, os Sacramentos e o sacrário. Como não amar um Deus tão misericordioso?

19

Toda gota de suor e de sangue, cada passo de Jesus, toda a palavra que proferiu, é prova da sua infinita misericórdia. Por que desprezar um Deus tão rico em misericórdia para mendigar o vazio oferecido por um mundo tão ingrato?

20

A misericórdia de Deus não é falsa nem interesseira! Ele perdoa sempre que o pecador se arrepende. O Senhor recompensa ricamente a conversão, aceita como amigo e filho quem era inimigo e rebelde... dá até o Céu a quem não mais merecia.

21

Deus é infinitamente misericordioso; mas é também infinitamente justo... e a existência do Inferno não se opõe à misericórdia divina.

22

Infeliz da pessoa que se apoia na misericórdia do Criador para cometer pecados e mais pecados. É grande estupidez provocar a ira do Senhor: “Não digas: ‘Pequei: o que me aconteceu?’, porque o Senhor é paciente. Não sejas tão seguro do perdão para acumular pecado sobre pecado. Não digas: ‘Sua misericórdia é grande para perdoar meus inúmeros pecados’, porque há nele misericórdia e cólera e sua ira pousará sobre os pecadores” (Eclo 5,4-6).

23

Justamente porque Deus é misericordioso é que o inferno existe. O amor não correspondido ou, pior, traído, é terrível nas suas vinganças. Devemos, pois, temer a Deus, justamente porque Ele é bom: “Quem não temeria, ó Senhor, e não glorificaria o teu nome? Sim! Só tu és santo! Todas as nações virão prostrar-se diante de ti, pois tuas justas decisões se tornaram manifestas” (Ap 15, 4).

24

Feliz da pessoa que abre o coração para a misericórdia do Senhor, que fica encantada com o amor do Criador... Mesmo no inferno, Deus continua a amar as suas criaturas. Ele não obriga o homem a amá-lo... é preciso aceitar a sua misericórdia agora; após a morte, ninguém pode mudar as suas atitudes.

25

Os pecadores pensam somente na misericórdia de Deus e deixam de lado a sua justiça... e assim vão se “lambuzando” na lama do pecado: “O Senhor é bom; mas também é justo. Não queiramos considerar unicamente uma das faces de Deus” (São Basílio Magno).

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Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “A misericórdia de Deus”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/colecoes/livros/047_a_misericordia_de_deus.htm