Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

11 de fevereiro de 2017

 

 

Apresentação

 

Prezado leitor, leia e medite cada pensamento deste livrete escrito pelo Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes FP(C) e confira você mesmo a necessidade de uma boa confissão para reatar a amizade com Deus.

 

Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor

Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 
01

A Confissão é o sacramento da paz e da alegria! Jesus Cristo, Deus Bendito, instituiu a Confissão para se perdoarem os pecados, de tal sorte, que quem não recorrer a ela, não se poderá ver livre dos pecados.

02

É, pois, necessário, que quem está em pecado mortal, se confesse para se salvar. A contrição perfeita não perdoa os pecados, senão na medida em que a pessoa, que a tem de fato, está disposta a confessar-se o quanto antes.

03

Uma boa Confissão deve ser verdadeira... não por telefone ou e-mail, mas feita de palavra e total: “Quem se confessa, acusando os próprios pecados, já está do lado de Deus” (Santo Agostinho).

04

Não é verdadeiro na Confissão, aquele que voluntariamente conta as coisas de tal maneira que o pecado grave apareça como leve ou como nenhum pecado.

05

Aquele que engana o seu confessor em coisa leve peca levemente... a Confissão não é má nem sacrílega.

06

A Confissão é uma poderosa “vassoura” que varre Satanás da alma, para dar lugar a Deus, seu Hóspede Divino... que havia se afastado por causa do pecado mortal.

07

Feliz do católico que usa com frequência da “vassoura” da Confissão bem feita, para varrer as carniças e os escombros do pecado mortal da alma espiritual e imortal.

08

A Confissão é um forte “martelo” com o qual despedaçamos os ídolos dos nossos pecados que estão na nossa alma.

09

Quem não se aproxima com frequência da Confissão, dificilmente vencerá o demônio.

10

Confessar-se com sinceridade é fazer paz com o Criador; mentir na Confissão e permanecer nas garras do demônio: “Os pecados acusados são cancelados e os não confessados são agravados” (Tertuliano).

11

Todas as vezes que o pecado mortal nos separa da graça santificante, é na Confissão que encontramos o verdadeiro remédio para a nossa alma.

12

Quem mente na Confissão, mesmo que seja um só pecado mortal, profana o Sangue de Jesus Cristo e inicia o primeiro elo de uma cadeia maldita... a cadeia que o arrastará para o Inferno Eterno: “Ao se tratar de ofender a Deus, o inimigo infernal nos torna atrevidos e dispostos a tudo. Mas nos torna tímidos e pusilânimes quando se trata de confessar os próprios pecados. Tira-nos a vergonha para fazer o mal, despertando-a em nós ao nos querermos libertar dele. Faz como aquele que tirasse as armas ao soldado quando deve defender-se do inimigo, só as restituindo quando pretendesse suicidar-se” (São João Crisóstomo).

13

Para evitar a condenação eterna, a Confissão deve ser boa. Muitos se condenam ao Inferno por não se confessarem, ou por se confessarem mal: “Não te envergonhes de confessar-te a um homem, já que não te envergonhaste em fazer tanto mal... É melhor experimentar um pouco de vergonha perante um homem, do que uma terrível humilhação perante milhões de pessoas no dia do juízo” (Santo Agostinho).

14

Quem mente na Confissão diz um sim decidido ao demônio.

15

Não é correto “despejar” sobre a cabeça do sacerdote uma “salada” de pecados mortais... mas é preciso confessá-los o número, a espécie e as circunstâncias que mudam a espécie. Deve ser tudo muito bem organizado e claro!

16

Como deve ser horrível e repugnante atender em Confissão um pecador que parece não querer confessar-se.  Só diz os pecados pela metade... com os dentes cerrados... e com a ajuda do sacerdote. Esse não acredita na Confissão ou se confessa por tradição!

17

Jesus Cristo não escolheu sua Mãe, Maria Santíssima, nem os Santos Anjos para serem os ministros da Confissão... mas sim, homens... não escondamos nada deles no tribunal do perdão: “Os pecados devem ser confessados àqueles aos quais foi confiada a administração dos divinos mistérios” (São Basílio), e: “Irmãos, deixai de ocultar a consciência ferida. Os enfermos prudentes não temem o médico” (Paciano), e também: “Se o doente receia revelar ao médico as feridas, este não as poderá curar, pois não as conhece” (São Jerônimo).

18

Não deixemos a Confissão para a hora da morte... não aconteça que ela, a morte, chegue antes.

19

Apaguemos, com a Confissão, o nosso mau procedimento e façamos muitas boas obras.

20

Enquanto vivemos na penitência, com boa Confissão, podemos regularizar nossas contas mal feitas e apagar os pecados. Depois da morte, nada mais é possível, só nos restam as consequências da boa ou má conduta na vida.

21

A Confissão é a salvação dos pecadores.

22

A corda que salva o pecador da morte eterna e do poço do inferno é a Confissão.

23

O pecado é a morte da alma. A Confissão é a sua ressurreição.

24

A Confissão foi o presente de Páscoa que Jesus nos deu.

25

Para aquele que tem fé, a Confissão não é um peso intolerável.

26

Mentir na Confissão é uma coisa... esquecer de acusar um ou mais pecados é outra coisa. A primeira é sacrilégio... a segunda não. Quem se esquece de confessar um ou mais pecados mortais na Confissão, não tem a obrigação de “correr” imediatamente ao confessionário para acusá-los... e pode receber a Santíssima Eucaristia; mas deve acusá-los na próxima Confissão.

27

Quando um pecador se esquece de acusar um pecado mortal na Confissão, devido à contrição universal dele, o pecado por ele esquecido já foi indiretamente perdoado; fica apenas a obrigação de mencioná-lo, se o recorda, na Confissão seguinte, para que seja diretamente perdoado.

28

A repetição da Confissão dos pecados mortais é obrigatória, quando as Confissões passadas foram inválidas ou sacrílegas.

29

Muitos penitentes ficam agitadíssimos na preparação para a Confissão... querem acusar até os “pecados” não cometidos... ficam estonteados e trêmulos diante de uma “possibilidade” de esquecer um pecado mortal. Deus é justo juiz, mas não é um juiz tirano. Tudo o que nos pede é que usemos dos meios razoáveis para fazer uma boa Confissão. Não nos pedirá contas das inevitáveis fragilidades humanas, tais como a má memória.

30

É grande pecado mentir na Confissão! Se não nos “abrimos” a Deus, Deus não abrirá o seu tribunal ao perdão. Quem mente na Confissão não é perdoado; pelo contrário, sai com um pecado a mais na alma... pecado de sacrilégio: “Seria, portanto, uma enorme tolice deixar de confessar algum pecado mortal, por vergonha. Não obteríamos nenhum perdão e ainda cometeríamos um novo pecado, possivelmente muito mais grave que aquele que se omitiu” (Rafael Stanziona de Moraes).

31

Quem mentiu uma vez na Confissão e não a reparou... comete sacrilégio em todas as outras Confissões e Comunhões. Esse nunca poderá ter verdadeira paz!

32

É muito fácil corrigir uma má Confissão... é só decidir emendar-se e dizer ao sacerdote: Certa vez menti na confissão e agora quero repará-la.

33

O sacerdote que franze a sobrancelha a cada pecado mortal que o penitente acusa é um monstro “devorador” de “ovelhas.

34

Quem humilha um penitente durante a Confissão não cura a “ferida”, mas abre a mesma tornando-a quase incurável.

35

A Confissão é a chave do céu! Quem mente na Confissão terá essa chave sempre emperrada.

36

O sacerdote deve ser um “leão” no altar e um manso cordeirinho no Confessionário.

37

O pecador deve ser tão bem tratado no confessionário, ao ponto de sentir sempre saudade desse tribunal da misericórdia.

38

O sacerdote estúpido e grosseiro “transforma” o confessionário num “quarto” de torturas e humilhações.

39

O confessionário é o tribunal do perdão... não dos coices.

40

Muitos sacerdotes, no confessionário, se esquecem de que são também humanos... e com arrogância e prepotência “sangram” as ovelhas com o “punhal” da humilhação.

41

Muitas “ovelhas” se tornaram “lobos” por serem maltratadas no confessionário.

42

Centenas de sacerdotes azedos, amargos e ardidos vomitam as suas indigestões sobre a cabeça dos penitentes. Quanta maldade!

43

Um sacerdote que ferir o coração do penitente durante a Confissão, jamais recobrará a sua confiança. Que prejuízo!

44

O sacerdote que despreza um penitente por causa de seus “negros” pecados é um monstro... não um ministro do Deus Amor.

45

Existem muitos “monstros” sentados nos confessionários com uma estola roxa enfeitando o pescoço. Pobres ovelhas!

46

Para que a nossa Confissão seja boa, devemos aceitar a penitência que o sacerdote nos prescreve e ter a intenção de cumpri-la no tempo que ele nos fixar.

47

A medida da penitência dependerá da gravidade dos pecados confessados.

48

O Confessor não deve impor uma penitência que supere a capacidade do penitente.

49

Uma vez dada a penitência, devemos cumpri-la rigorosamente sem “criar” a nossa penitência.

50

Quem negligencia deliberadamente o cumprimento da penitência comete pecado mortal, se se trata de uma penitência grave imposta por pecados graves... se for uma penitência leve, seria um pecado venial.

51

Esquecer-se de cumprir a penitência imposta pelo confessor não é pecado; por isso, é importante cumpri-la imediatamente, a não ser que o confessor indique outra ocasião para fazê-la.

52

A penitência prescrita na Confissão não é uma perda de tempo... mas é parte do Sacramento da Penitência.

53

O sigilo sacramental proíbe o sacerdote de revelar por qualquer motivo, sem exceção alguma, o que lhe foi dito em Confissão: “Tome o sacerdote todas as precauções, para não trair nem de longe o pecador quer por palavras, quer por sinais, quer por outra maneira” (Concílio Ecumênico de Latrão).

54

Nem o Papa pode dispensar o sacerdote do sigilo sacramental... o penitente é o único que pode dispensá-lo.

55

Nem mesmo ao penitente o sacerdote pode mencionar fora da Confissão as faltas de que tomou conhecimento; a não ser que seja desejo dele.

56

Caso seja necessário, o sacerdote deve perder a vida para não violar o sigilo da Confissão... ou suportar todas as calúnias e sofrimentos.

57

Nem para salvar o mundo da destruição o sacerdote pode revelar o que lhe disseram na Confissão... caso revele os pecados do penitente, é excomungado.

58

Se um leigo, curioso ou não, ouvir algo que um penitente esteja dizendo na Confissão, é obrigado a não revelar jamais e em hipótese nenhuma aquilo que ouvir. Fazê-lo seria um pecado mortal... nem mesmo pode mencioná-lo à pessoa a quem ouvir confessar-se. É perigoso o curioso se “estourar!”

59

Todos estão presos ao sigilo da Confissão... menos o penitente.

60

São matérias de sigilo sacramental: os pecados confessados e tudo o que a eles se refere, com as circunstâncias que se tenham declarado ao confessá-los.

 

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

11 de fevereiro de 2017

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Confissão, penitência e sigilo”

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