01 |
O religioso do
nosso Instituto não pode fugir do trabalho nem escolhê-lo; mas
sim, deve “abraçar” aquele que lhe for confiado com
alegria, responsabilidade
e com mãos firmes:
“Empenhai a vossa honra em levar vida
tranquila, ocupar-vos dos vossos negócios, e trabalhar com
vossas mãos, conforme as nossas diretrizes. Assim levareis vida
honrada aos olhos dos de fora, e não tereis necessidade de
ninguém” (1 Ts 4, 11-12).
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02 |
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus Cristo e
das Dores de Maria Santíssima devem se sentir honrados em
trabalhar… porque o trabalho honra e dignifica o
filho de Deus: “O trabalho deve ser
concebido e vivido como vocação e missão, como tributo à
civilização humana”
(São João XXIII).
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03 |
O que se pode esperar de um religioso
“mauricinho” e de uma religiosa “patricinha”, que
entraram na vida religiosa pela “janela”, não pela
porta, isto é, não foram chamados por Deus… mas se
ofereceram para levar vida cômoda e ociosa, longe do trabalho?
Nada de bom! “Não pode, igualmente,
se isentar de pecado mortal quem, por grande presunção, assume
os sagrados ministérios sem a devida vocação” (Santo
Afonso Maria de Ligório, A prática do amor a Jesus Cristo).
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04 |
O religioso do nosso Instituto deve
trabalhar com amor, alegria e esforço até
“doer”… “doer” as mãos, os pés, as pernas… todo o
corpo… imitando São José e Jesus Cristo na carpintaria de
Nazaré: “… o qual conferiu uma
dignidade eminente ao trabalho quando trabalhou em Nazaré com as
suas próprias mãos” (Concílio Vaticano II,
Constituição Gaudium et spes, 67).
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05 |
O nosso Instituto não é salão de
beleza, casa de campo, clínica de repouso e outros, para
abrir as portas para pessoas preguiçosas, molengas, ociosas,
parasitas, sanguessugas, desejosas de vida fácil e outras
coisas vazias. É preciso abrir as portas do mesmo somente para
pessoas trabalhadeiras… que querem se consumir por Deus:
“O nosso Instituto
deve ter uma porta apertada para receber os candidatos, e um
portão largo para expulsar os não idôneos”
(Bem-aventurado José Allamano, A Vida
Espiritual).
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06 |
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e
das Dores de Maria devem trabalhar com amor… devem rastelar,
varrer, sulcar a terra, plantar, passar pano… evangelizar de
casa em casa, pelas ruas, nas fazendas, de esquina em esquina…
na poeira e na lama, no frio e no calor… nas florestas e no
deserto… realizar cada ação para a glória de Deus… devem
executar cada ação com amor: “Devemos
pôr o coração nas tarefas que temos entre mãos, e não fazê-lo
porque não há outro remédio”
(Pe. Francisco Fernández Carvajal,
Falar com Deus, Volume 6).
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07 |
Devemos trabalhar com os “olhos”
fixos na pobre oficina de Nazaré… contemplando os sempre
ocupados São José e Jesus, o Deus que não perde tempo,
martelando… lixando… fabricando e consertando os móveis dos
moradores da cidade e da região.
Imitemos com amor o exemplo desses dois trabalhadores! Bebamos
dessas fontes de exemplo!
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08 |
Na oficina de Nazaré, São José tinha
sempre Jesus Cristo diante de si… realizava o trabalho pesado
com os olhos fixos em Nosso Senhor… e o pesado se tornava leve.
Façamos todas as ações na presença de
Jesus… imitando a São José… e suportaremos, com amor, todas as
dificuldades!
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09 |
O religioso do nosso Instituto deve
assumir o trabalho que lhe for confiado com valentia, esforço
e zelo… deve se esforçar ao máximo, sem perder tempo…
deve trabalhar até afadigar-se:
“Quanto maior o trabalho, maior o lucro”
(Santo Inácio de Antioquia, Ad
Polic. 1, 3).
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10 |
Os Filhos e Filhas da Paixão do Salvador
não podem ficar assustados se lhes exigirem um trabalho durante
a noite… quem serve a Deus deve possuir um coração sempre
disponível… alegremente disponível… generosamente disponível:
“Mestre,
trabalhamos a noite inteira…” (Lc
5, 5).
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11 |
Jesus Cristo chamou os Apóstolos que
trabalhavam para confiar-lhes o trabalho apostólico:
trabalho físico e trabalho apostólico… o Senhor não
aceita parasitas e acomodados no seu
“exército”: “Essa
relação imediata do trabalho físico com o apostólico constitui o
ponto de partida para o respeito que o trabalho ia encontrar em
todo o pensamento cristão” (Cardeal Stephan Wyszynski, O Espírito do trabalho).
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12 |
Os Apóstolos do Senhor o seguiram sem
abandonar o trabalho físico… pescavam peixes e
pescavam almas… São Paulo Apóstolo também trabalhava até
“doer”: “Que trabalhe com as suas
mãos em qualquer coisa honesta, a fim de ter o que dar ao que está
em necessidade”
(Ef 4, 28).
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13 |
Infeliz da pessoa que se consagra a Deus
para viver comodamente… na “poltronice”… que não entra
pela porta, mas que pula pela janela… que se torna um peso por
onde passa. São Paulo Apóstolo não aceitava essa vida de
parasita: “Bem sabeis como deveis
imitar-nos. Não vivemos de maneira desordenada em vosso meio,
nem recebemos de graça o pão que comemos; antes, no esforço e na
fadiga, de noite e de dia, trabalhamos para não sermos pesados a
nenhum de vós”
(2 Ts 3, 7-8).
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14 |
É pura ilusão e grande engano querer
manter a vida e atingir o pleno desenvolvimento da personalidade
longe do trabalho… vivendo comodamente. Quem trabalha se
mantém vivo; quem não trabalha, morre:
“O trabalho não tem apenas por missão
conservar a nossa vida; deve também satisfazer todas as
necessidades”
(Cardeal Stephan Wyszynski, O
Espírito do trabalho).
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15 |
Aquele que se arrasta no trabalho, que
trabalha de má vontade, com azedume, queixume e lamentação… que
faz o dever pela metade e com o semblante carregado, não serve
para o “exército” de Deus… deve ser desprezado:
“É preciso colocar o coração naquilo que
fazemos”
(Bem-aventurado José Allamano, A
Vida Espiritual).
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16 |
Como é gratificante e satisfatório
trabalhar com pessoas que cumprem o dever com alegria, amor,
perseverança, disponibilidade e serenidade… que
trabalham para a glória de Deus com reta intenção… sem
competição… com paciência, sem murmurar:
“Os que perseveraram na paciência
tiveram por herança glória e honra” (São Clemente
Romano, Ad Cor., 10).
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17 |
O trabalho pode até sujar as mãos, a
roupa e os sapatos… mas não suja a alma do trabalhador. O
religioso deve tornar-se responsável por sua vida! O trabalho
dignifica o homem: “Todo trabalho
árduo traz proveito”
(Pr 14, 23).
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18 |
Os Filhos e Filhas da Paixão do Senhor e
das Dores de Nossa Senhora devem realizar um trabalho bem
organizado… “transformar” a ação em oração… trabalho
longe de Deus não pode ser frutuoso:
“É necessário que o lavrador trabalhe primeiro para colher
frutos” (2 Tm 2, 6).
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19 |
O religioso do nosso Instituto deve
trabalhar com perseverança… não inventar doenças nem “correr”
do clima quente ou frio… quem trabalha por amor a Deus
persevera sempre: “A decisão
perseverante e bem pensada acompanhar-nos-á em todos os
esforços, apesar das dificuldades crescentes que possam surgir”
(Cardeal Stephan Wyszynski, O Espírito do trabalho).
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20 |
Aquele que trabalha silenciosamente não
se afasta do próximo; pelo contrário, se aproxima de Deus e
“carrega” o próximo para o Criador:
“Aquele que não sabe colocar na vida
zonas de silêncio, não tarda em viver na superfície da alma”
(G. Courtois).
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21 |
O religioso do nosso Instituto deve fazer
“acontecer” através do trabalho perseverante, perfeito
e alegre… não importa o que ele faz: varrer, cavar,
plantar, cozinhar, lavar louças, missionar… é preciso se
“movimentar” com disponibilidade, generosidade e
prontidão. É preciso desdobrar-se…
fatigar-se até “doer”, derramar suor e até o sangue… tudo por
amor, zelo e alegria sincera!
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22 |
Aquele que trabalha unido ao Criador não
sente o peso do fardo e da carga, porque transforma o
trabalho em oração: “Quão
importante seja fazer as nossas ações em união com Jesus”
(Adolfo Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética
e Mística, 528).
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23 |
Quem trabalha com os olhos fixos em Jesus
Cristo, Servo sofredor, carregando a pesada cruz em direção ao
Calvário, não reclama… não fica desanimado… não encurta os
passos. Sabe muito bem que o Senhor
sofreu inocentemente!
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24 |
Os Filhos da Paixão devem trabalhar com
zelo, imitando a Cristo Jesus que trabalhou com perfeição.
Quem trabalha com amor imita a Jesus
que nunca esteve ocioso!
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25 |
O religioso do nosso Instituto deve lacrar
o coração para a ociosidade… deve fechá-lo para o comodismo…
deve ser escravo do Senhor Jesus que ocupou bem o tempo… deve
caminhar sem interrupção pelo caminho do trabalho:
“Não é aos saltos que se sobe uma
montanha, mas a passos lentos” (São Gregório Magno).
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26 |
Aquele que franze a testa, torce o nariz e
fecha a “cara” diante do trabalho não pode ingressar no
nosso Instituto… ele não é fábrica de bonecas mimadas e
delicadas. Esse tipo de “vocação” não
quer servir a Deus e ao próximo; mas sim, ao próprio bucho!
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27 |
Aquele que ama o trabalho “mergulha”
no mesmo por amor a Deus e se esquece do tempo. Assim como o
peixe se sente “feliz” dentro d’água… o trabalhador se
sente alegre em servir a Deus e ao próximo:
“Devemos prestar atenção e ajudar os
outros sem esperar nada em troca, sabendo que todo o serviço
amplia o coração e o enriquece” (Pe. Francisco
Fernández Carvajal, Falar com Deus, Volume 3).
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28 |
Como é desconfortável trabalhar com um
religioso que serve a Deus e ao próximo com o semblante
carregado… que lança os objetos de um lado para o outro… que
fala com rispidez… que se mantém azedo, amargo e ardido durante
o trabalho. Devemos, no início do trabalho, fixar os olhos em
Jesus que trabalhava com alegria, amavelmente… e com paciência…
muita paciência.
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29 |
Para ingressar no nosso Instituto não
basta amar a oração e o estudo… é preciso também amar o
trabalho com um amor sincero.
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30 |
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e de
Maria Santíssima devem trabalhar com dedicação… deve colocar o
coração naquilo que faz… prestando atenção em cada ação como se
fosse a última antes da morte: “Cada
um, portanto, cumpra seu dever com exatidão”
(Bem-aventurado José Allamano, A
Vida Espiritual).
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31 |
Os Filhos e Filhas da Virgem Dolorosa
devem trabalhar com zelo, alegria e amor, imitando o exemplo
dessa boa Mãe que não vivia na ociosidade… mas que ocupava bem o
tempo rezando e trabalhando:
“A Santíssima Virgem também não passou a vida
ajoelhada, rezando… Ela trabalhou muito, ocupando-se nos
quefazeres da casa de Nazaré” (Bem-aventurado
José Allamano, A Vida Espiritual).
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32 |
O trabalho não é um vício; mas sim, uma
virtude… aquele que trabalha por amor a Deus caminha com
segurança pela via da santidade. O religioso do nosso Instituto
deve se “inclinar” diante do trabalho mais humilde.
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33 |
Não é vergonhoso trabalhar! Vergonhoso e
repugnante é entrar na vida religiosa para se “escorar”
nos bens de um Instituto e levar vida ociosa, preguiçosa e de
“poltronice”. Isso não é vocação; mas
sim, é ser ladrão!
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34 |
Muitos Institutos não possuem verdadeiras
vocações, mas estão “inchados”, isto é, possuem grande
número de sugadores de seus bens.
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35 |
35. O religioso do nosso Instituto deve
trabalhar com rapidez e perfeição! Ele deve ser eletrizante,
entusiasta e dedicado naquilo que faz… não importa qual for a
tarefa entregue a ele.
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36 |
Os Filhos e Filhas da Paixão do Senhor não
podem ceder diante da fadiga, cansaço e dores; mas sim, devem
realizar cada ação com energia… lançando por terra o desejo pela
vida fácil e cômoda.
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37 |
O religioso que trabalha por amor a Deus e
com os olhos fixos no prêmio eterno, “abraça” com alegria
o cansaço.
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38 |
Dizem que a pressa é inimiga da perfeição!
Digo que a pressa e a perfeição são amigas. É possível
essa união? Sim. Somente os preguiçosos
não acreditam nesse “casamento!”
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39 |
Quem não trabalha com amor, alegria,
rapidez e perfeição, não deve permanecer no nosso Instituto.
Vale mais um santo que cem medíocres!
Desdobrar-se deve ser o nosso “doce” desafio diário!
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40 |
Aquele que trabalha somente para cumprir
uma ordem… que quer e não quer… que se arrasta… que faz tudo
pela metade… que puxa para trás… é um estorvo… um embaraço para
os que buscam a perfeição.
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41 |
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e
das Dores de Nossa Senhora devem “comprar” a alimentação
de cada dia… a água para o banho… o café… o leite… o pão… com o
suor derramado pela realização do trabalho árduo:
“Quem não quer trabalhar também não há
de comer”
(2 Ts 3, 10).
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42 |
O religioso do nosso Instituto deve
trabalhar com os olhos fixos em Deus que não aceita a preguiça…
o trabalho não pode atrapalhar a união da nossa alma com o
Criador.
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43 |
Quem trabalha por amor a Deus move as mãos
e os pés… enquanto o coração “mergulha” na oração
fervorosa: “Qualquer trabalho, até os
mais absorventes, pode unir-se com essa entrega a Deus”
(Cardeal Stephan Wyszynski, O
Espírito do trabalho).
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44 |
Aquele que trabalha sem pensar em Deus e
sem oferecer-lhe cada ação… perde tempo… joga a vida fora… vive
no vazio e deixa de entesourar precioso tesouro no céu. Grande
prejuízo!
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45 |
O religioso que se entristece diante do
trabalho e que se alegra com uma mesa farta… é uma desgraça para
um Instituto. É um hóspede
aproveitador… um parasita insaciável!
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46 |
Os Filhos da Paixão do Salvador devem
trabalhar com garra, energia e zelo… concluindo com perfeição o
dever que lhe foi confiado: “Deus
tomou o homem e o colocou no jardim do Éden para cultivá-lo”
(Gn 2, 15).
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47 |
O religioso que cumpre o dever com frieza,
indiferença, desatenção e negligência, enoja uma comunidade
fervorosa e responsável.
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48 |
O superior que faz vistas grossas diante
da negligência de um religioso preguiçoso e acomodado, não anda
na luz… mas é traidor da comunidade.
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49 |
Aquele que foge do trabalho é membro morto
do Instituto… deve ser “sepultado” longe das nossas
casas.
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50 |
Feliz do religioso que se mantém sempre
ocupado… que trabalha com energia e unido a Deus… esse permanece
com o coração fechado para o Demônio:
“Quando se trabalha, não
sobra mais espaço para maus pensamentos”
(Bem-aventurado José Allamano, A Vida
Espiritual).
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51 |
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus
devem “voar” nos seus afazeres como se fossem águias
jovens e saudáveis… com espírito de iniciativa e observando tudo
com zelo e atenção.
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52 |
O religioso do nosso Instituto deve
possuir um autêntico e generoso espírito de iniciativa… ânimo
pronto e enérgico… não esperar que o superior o mande fazer
algo, mas sempre antecipando com humildade.
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53 |
Feliz do Instituto que possui religiosos
que “adivinham” o que é preciso fazer… que enxergam por
detrás do “muro” o que é preciso ser realizado.
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54 |
O religioso do nosso Instituto deve ser um potente “radar”
que capta à distância, com o coração generoso e serviçal, todas
as ações a serem feitas na comunidade.
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55 |
O religioso que possui o espírito de iniciativa ajuda com amor,
generosidade e alegria o próximo nos seus afazeres… não espera
que o outro peça; mas sim, se oferece com humildade.
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56 |
Muitos conventos e seminários se tornaram “hotéis” e
casa de “campo” para “mauricinhos” e “patricinhas”
sedentos de vida fácil e cômoda. Entram com facilidade e saem
com muita facilidade.
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57 |
Muitos conventos e seminários, diante da crise de vocações,
estão oferecendo vida cômoda e de “poltronice” para os
candidatos. Pobres cegos! Estão agindo totalmente contra o que
Jesus Cristo ensinou: “Se alguém quer
vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”
(Mt 16, 24).
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58 |
Jesus não quer múmias no seu “exército!” Ele fundou uma
Igreja para salvar almas, não uma agência de sarcófagos.
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59 |
Aquele que
realiza o dever pela metade, mente no que faz… não agrada a Deus
e não entesoura no Céu. |
60 |
Quem realiza o
dever pela metade e com relaxamento, torna-se um peso
insuportável para uma comunidade. |