Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

29 de setembro de 2019

Festa dos Santos Arcanjos

 

OS FILHOS E FILHAS DA PAIXÃO

DE JESUS CRISTO E DAS DORES

DE MARIA SANTÍSSIMA DEVEM

TRABALHAR COM ALEGRIA,

AMOR, DISPONIBILIDADE E ZELO

ATÉ AFADIGAREM-SE.

 

 
01

 

O religioso do nosso Instituto não pode fugir do trabalho nem escolhê-lo; mas sim, deve “abraçar” aquele que lhe for confiado com alegria, responsabilidade e com mãos firmes: “Empenhai a vossa honra em levar vida tranquila, ocupar-vos dos vossos negócios, e trabalhar com vossas mãos, conforme as nossas diretrizes. Assim levareis vida honrada aos olhos dos de fora, e não tereis necessidade de ninguém” (1 Ts 4, 11-12).

 
02

 

Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima devem se sentir honrados em trabalhar… porque o trabalho honra e dignifica o filho de Deus: “O trabalho deve ser concebido e vivido como vocação e missão, como tributo à civilização humana” (São João XXIII).

 
03  

O que se pode esperar de um religioso “mauricinho” e de uma religiosa “patricinha”, que entraram na vida religiosa pela “janela”, não pela porta, isto é, não foram chamados por Deus… mas se ofereceram para levar vida cômoda e ociosa, longe do trabalho? Nada de bom! “Não pode, igualmente, se isentar de pecado mortal quem, por grande presunção, assume os sagrados ministérios sem a devida vocação” (Santo Afonso Maria de Ligório, A prática do amor a Jesus Cristo).

 

04  

O religioso do nosso Instituto deve trabalhar com amor, alegria e esforço até “doer”… “doer” as mãos, os pés, as pernas… todo o corpo… imitando São José e Jesus Cristo na carpintaria de Nazaré: “… o qual conferiu uma dignidade eminente ao trabalho quando trabalhou em Nazaré com as suas próprias mãos” (Concílio Vaticano II, Constituição Gaudium et spes, 67).

 

05  

O nosso Instituto não é salão de beleza, casa de campo, clínica de repouso e outros, para abrir as portas para pessoas preguiçosas, molengas, ociosas, parasitas, sanguessugas, desejosas de vida fácil e outras coisas vazias. É preciso abrir as portas do mesmo somente para pessoas trabalhadeiras… que querem se consumir por Deus: “O nosso Instituto deve ter uma porta apertada para receber os candidatos, e um portão largo para expulsar os não idôneos” (Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual).

 

06  

Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e das Dores de Maria devem trabalhar com amor… devem rastelar, varrer, sulcar a terra, plantar, passar pano… evangelizar de casa em casa, pelas ruas, nas fazendas, de esquina em esquina… na poeira e na lama, no frio e no calor… nas florestas e no deserto… realizar cada ação para a glória de Deus… devem executar cada ação com amor: “Devemos pôr o coração nas tarefas que temos entre mãos, e não fazê-lo porque não há outro remédio” (Pe. Francisco Fernández Carvajal, Falar com Deus, Volume 6).

 

07  

Devemos trabalhar com os “olhos” fixos na pobre oficina de Nazaré… contemplando os sempre ocupados São José e Jesus, o Deus que não perde tempo, martelando… lixando… fabricando e consertando os móveis dos moradores da cidade e da região. Imitemos com amor o exemplo desses dois trabalhadores! Bebamos dessas fontes de exemplo!

 

08  

Na oficina de Nazaré, São José tinha sempre Jesus Cristo diante de si… realizava o trabalho pesado com os olhos fixos em Nosso Senhor… e o pesado se tornava leve. Façamos todas as ações na presença de Jesus… imitando a São José… e suportaremos, com amor, todas as dificuldades!

 

09  

O religioso do nosso Instituto deve assumir o trabalho que lhe for confiado com valentia, esforço e zelo… deve se esforçar ao máximo, sem perder tempo… deve trabalhar até afadigar-se: “Quanto maior o trabalho, maior o lucro” (Santo Inácio de Antioquia, Ad Polic. 1, 3).

 

10  

Os Filhos e Filhas da Paixão do Salvador não podem ficar assustados se lhes exigirem um trabalho durante a noite… quem serve a Deus deve possuir um coração sempre disponível… alegremente disponível… generosamente disponível: “Mestre, trabalhamos a noite inteira…” (Lc 5, 5).

 

11  

Jesus Cristo chamou os Apóstolos que trabalhavam para confiar-lhes o trabalho apostólico:  trabalho físico e trabalho apostólico… o Senhor não aceita parasitas e acomodados no seu “exército”: “Essa relação imediata do trabalho físico com o apostólico constitui o ponto de partida para o respeito que o trabalho ia encontrar em todo o pensamento cristão” (Cardeal Stephan Wyszynski, O Espírito do trabalho).

 

12  

Os Apóstolos do Senhor o seguiram sem abandonar o trabalho físico… pescavam peixes e pescavam almas… São Paulo Apóstolo também trabalhava até “doer”: “Que trabalhe com as suas mãos em qualquer coisa honesta, a fim de ter o que dar ao que está em necessidade” (Ef 4, 28).

 

13  

Infeliz da pessoa que se consagra a Deus para viver comodamente… na “poltronice”… que não entra pela porta, mas que pula pela janela… que se torna um peso por onde passa. São Paulo Apóstolo não aceitava essa vida de parasita: “Bem sabeis como deveis imitar-nos. Não vivemos de maneira desordenada em vosso meio, nem recebemos de graça o pão que comemos; antes, no esforço e na fadiga, de noite e de dia, trabalhamos para não sermos pesados a nenhum de vós” (2 Ts 3, 7-8).

 

14  

É pura ilusão e grande engano querer manter a vida e atingir o pleno desenvolvimento da personalidade longe do trabalho… vivendo comodamente. Quem trabalha se mantém vivo; quem não trabalha, morre: “O trabalho não tem apenas por missão conservar a nossa vida; deve também satisfazer todas as necessidades” (Cardeal Stephan Wyszynski, O Espírito do trabalho).

 

15  

Aquele que se arrasta no trabalho, que trabalha de má vontade, com azedume, queixume e lamentação… que faz o dever pela metade e com o semblante carregado, não serve para o “exército” de Deus… deve ser desprezado: “É preciso colocar o coração naquilo que fazemos” (Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual).

 

16  

Como é gratificante e satisfatório trabalhar com pessoas que cumprem o dever com alegria, amor, perseverança, disponibilidade e serenidade… que trabalham para a glória de Deus com reta intenção… sem competição… com paciência, sem murmurar: “Os que perseveraram na paciência tiveram por herança glória e honra” (São Clemente Romano, Ad Cor., 10).

 

17  

O trabalho pode até sujar as mãos, a roupa e os sapatos… mas não suja a alma do trabalhador. O religioso deve tornar-se responsável por sua vida! O trabalho dignifica o homem: “Todo trabalho árduo traz proveito” (Pr 14, 23).

 

18  

Os Filhos e Filhas da Paixão do Senhor e das Dores de Nossa Senhora devem realizar um trabalho bem organizado… “transformar” a ação em oração… trabalho longe de Deus não pode ser frutuoso: “É necessário que o lavrador trabalhe primeiro para colher frutos” (2 Tm 2, 6).

 

19  

O religioso do nosso Instituto deve trabalhar com perseverança… não inventar doenças nem “correr” do clima quente ou frio… quem trabalha por amor a Deus persevera sempre: “A decisão perseverante e bem pensada acompanhar-nos-á em todos os esforços, apesar das dificuldades crescentes que possam surgir” (Cardeal Stephan Wyszynski, O Espírito do trabalho).

 

20  

Aquele que trabalha silenciosamente não se afasta do próximo; pelo contrário, se aproxima de Deus e “carrega” o próximo para o Criador: “Aquele que não sabe colocar na vida zonas de silêncio, não tarda em viver na superfície da alma” (G. Courtois).

 

21  

O religioso do nosso Instituto deve fazer “acontecer” através do trabalho perseverante, perfeito e alegre… não importa o que ele faz: varrer, cavar, plantar, cozinhar, lavar louças, missionar… é preciso se “movimentar” com disponibilidade, generosidade e prontidão. É preciso desdobrar-se… fatigar-se até “doer”, derramar suor e até o sangue… tudo por amor, zelo e alegria sincera!

 

22  

Aquele que trabalha unido ao Criador não sente o peso do fardo e da carga, porque transforma o trabalho em oração: “Quão importante seja fazer as nossas ações em união com Jesus” (Adolfo Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e Mística, 528).

 

23

 

Quem trabalha com os olhos fixos em Jesus Cristo, Servo sofredor, carregando a pesada cruz em direção ao Calvário, não reclama… não fica desanimado… não encurta os passos. Sabe muito bem que o Senhor sofreu inocentemente!

 

24  

Os Filhos da Paixão devem trabalhar com zelo, imitando a Cristo Jesus que trabalhou com perfeição. Quem trabalha com amor imita a Jesus que nunca esteve ocioso!

 

25  

O religioso do nosso Instituto deve lacrar o coração para a ociosidade… deve fechá-lo para o comodismo… deve ser escravo do Senhor Jesus que ocupou bem o tempo… deve caminhar sem interrupção pelo caminho do trabalho: “Não é aos saltos que se sobe uma montanha, mas a passos lentos” (São Gregório Magno).

 

26  

Aquele que franze a testa, torce o nariz e fecha a “cara” diante do trabalho não pode ingressar no nosso Instituto… ele não é fábrica de bonecas mimadas e delicadas. Esse tipo de “vocação” não quer servir a Deus e ao próximo; mas sim, ao próprio bucho!

 

27  

Aquele que ama o trabalho “mergulha” no mesmo por amor a Deus e se esquece do tempo. Assim como o peixe se sente “feliz” dentro d’água… o trabalhador se sente alegre em servir a Deus e ao próximo: “Devemos prestar atenção e ajudar os outros sem esperar nada em troca, sabendo que todo o serviço amplia o coração e o enriquece” (Pe. Francisco Fernández Carvajal, Falar com Deus, Volume 3).

 

28  

Como é desconfortável trabalhar com um religioso que serve a Deus e ao próximo com o semblante carregado… que lança os objetos de um lado para o outro… que fala com rispidez… que se mantém azedo, amargo e ardido durante o trabalho. Devemos, no início do trabalho, fixar os olhos em Jesus que trabalhava com alegria, amavelmente… e com paciência… muita paciência.

 

29  

Para ingressar no nosso Instituto não basta amar a oração e o estudo… é preciso também amar o trabalho com um amor sincero.

 

30  

Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e de Maria Santíssima devem trabalhar com dedicação… deve colocar o coração naquilo que faz… prestando atenção em cada ação como se fosse a última antes da morte: “Cada um, portanto, cumpra seu dever com exatidão” (Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual).

 

31  

Os Filhos e Filhas da Virgem Dolorosa devem trabalhar com zelo, alegria e amor, imitando o exemplo dessa boa Mãe que não vivia na ociosidade… mas que ocupava bem o tempo rezando e trabalhando: “A Santíssima Virgem também não passou a vida ajoelhada, rezando… Ela trabalhou muito, ocupando-se nos quefazeres da casa de Nazaré” (Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual).

 

32  

O trabalho não é um vício; mas sim, uma virtude… aquele que trabalha por amor a Deus caminha com segurança pela via da santidade. O religioso do nosso Instituto deve se “inclinar” diante do trabalho mais humilde.

 

33  

Não é vergonhoso trabalhar! Vergonhoso e repugnante é entrar na vida religiosa para se “escorar” nos bens de um Instituto e levar vida ociosa, preguiçosa e de “poltronice”. Isso não é vocação; mas sim, é ser ladrão!

 

34  

Muitos Institutos não possuem verdadeiras vocações, mas estão “inchados”, isto é, possuem grande número de sugadores de seus bens.

 

35  

35. O religioso do nosso Instituto deve trabalhar com rapidez e perfeição! Ele deve ser eletrizante, entusiasta e dedicado naquilo que faz… não importa qual for a tarefa entregue a ele.

 

36  

Os Filhos e Filhas da Paixão do Senhor não podem ceder diante da fadiga, cansaço e dores; mas sim, devem realizar cada ação com energia… lançando por terra o desejo pela vida fácil e cômoda.

 

37  

O religioso que trabalha por amor a Deus e com os olhos fixos no prêmio eterno, “abraça” com alegria o cansaço.

 

38  

Dizem que a pressa é inimiga da perfeição! Digo que a pressa e a perfeição são amigas. É possível essa união? Sim. Somente os preguiçosos não acreditam nesse “casamento!”

 

39  

Quem não trabalha com amor, alegria, rapidez e perfeição, não deve permanecer no nosso Instituto. Vale mais um santo que cem medíocres! Desdobrar-se deve ser o nosso “doce” desafio diário!

 

40  

Aquele que trabalha somente para cumprir uma ordem… que quer e não quer… que se arrasta… que faz tudo pela metade… que puxa para trás… é um estorvo… um embaraço para os que buscam a perfeição.

 

41  

Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e das Dores de Nossa Senhora devem “comprar” a alimentação de cada dia… a água para o banho… o café… o leite… o pão… com o suor derramado pela realização do trabalho árduo: “Quem não quer trabalhar também não há de comer” (2 Ts 3, 10).

 

42

 

O religioso do nosso Instituto deve trabalhar com os olhos fixos em Deus que não aceita a preguiça… o trabalho não pode atrapalhar a união da nossa alma com o Criador.

 
43  

Quem trabalha por amor a Deus move as mãos e os pés… enquanto o coração “mergulha” na oração fervorosa: “Qualquer trabalho, até os mais absorventes, pode unir-se com essa entrega a Deus” (Cardeal Stephan Wyszynski, O Espírito do trabalho).

 

44  

Aquele que trabalha sem pensar em Deus e sem oferecer-lhe cada ação… perde tempo… joga a vida fora… vive no vazio e deixa de entesourar precioso tesouro no céu. Grande prejuízo!

 

45  

O religioso que se entristece diante do trabalho e que se alegra com uma mesa farta… é uma desgraça para um Instituto. É um hóspede aproveitador… um parasita insaciável!

 

46  

Os Filhos da Paixão do Salvador devem trabalhar com garra, energia e zelo… concluindo com perfeição o dever que lhe foi confiado: “Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden para cultivá-lo” (Gn 2, 15).

 

47  

O religioso que cumpre o dever com frieza, indiferença, desatenção e negligência, enoja uma comunidade fervorosa e responsável.

 

48  

O superior que faz vistas grossas diante da negligência de um religioso preguiçoso e acomodado, não anda na luz… mas é traidor da comunidade.

 

49  

Aquele que foge do trabalho é membro morto do Instituto… deve ser “sepultado” longe das nossas casas.

 

50  

Feliz do religioso que se mantém sempre ocupado… que trabalha com energia e unido a Deus… esse permanece com o coração fechado para o Demônio: “Quando se trabalha, não sobra mais espaço para maus pensamentos” (Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual).

 

51  

Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus devem “voar” nos seus afazeres como se fossem águias jovens e saudáveis… com espírito de iniciativa e observando tudo com zelo e atenção.

 

52  

O religioso do nosso Instituto deve possuir um autêntico e generoso espírito de iniciativa… ânimo pronto e enérgico… não esperar que o superior o mande fazer algo, mas sempre antecipando com humildade.

 

53  

Feliz do Instituto que possui religiosos que “adivinham” o que é preciso fazer… que enxergam por detrás do “muro” o que é preciso ser realizado.

 

54  

O religioso do nosso Instituto deve ser um potente “radar” que capta à distância, com o coração generoso e serviçal, todas as ações a serem feitas na comunidade.

 

55  

O religioso que possui o espírito de iniciativa ajuda com amor, generosidade e alegria o próximo nos seus afazeres… não espera que o outro peça; mas sim, se oferece com humildade.

 

56  

Muitos conventos e seminários se tornaram “hotéis” e casa de “campo” para “mauricinhos” e “patricinhas” sedentos de vida fácil e cômoda. Entram com facilidade e saem com muita facilidade.

 

57  

Muitos conventos e seminários, diante da crise de vocações, estão oferecendo vida cômoda e de “poltronice” para os candidatos. Pobres cegos! Estão agindo totalmente contra o que Jesus Cristo ensinou: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24).

 

58  

Jesus não quer múmias no seu “exército!” Ele fundou uma Igreja para salvar almas, não uma agência de sarcófagos.

 

59

 

Aquele que realiza o dever pela metade, mente no que faz… não agrada a Deus e não entesoura no Céu.

 

60

 

Quem realiza o dever pela metade e com relaxamento, torna-se um peso insuportável para uma comunidade.

 

 

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

29 de setembro de 2019

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Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima devem trabalhar com alegria, amor, disponibilidade e zelo até afadigarem-se”

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