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			30 de 
			novembro de 2019 
			  
			
			
			OS FILHOS E FILHAS DA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E DAS 
			DORES DE MARIA SANTÍSSIMA DEVEM FAZER COM ALEGRIA, FÉ E AMOR A 
			VONTADE DE DEUS E MATAR COM RIGOR A PRÓPRIA VONTADE 
			  
			  
			
				
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					 1.ª Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz: 
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					Deus é amor! O Senhor quer somente o bem para nós… devemos 
					nos inclinar diante de sua santa vontade… fazê-la com 
					alegria, fé e amor… aquele que faz a vontade de Deus 
					“corre” apressadamente pelo caminho da salvação… do céu… 
					da santidade e da perfeição: “A 
					vontade de Deus para com as almas é toda cheia de amor… Não 
					possui somente o amor; é o amor, um amor sem limites, sem 
					fraqueza, infalível… Tudo o que Deus faz para nós tem o amor 
					por móbil (causa); e como Deus é não somente o amor, mas a 
					Sabedoria eterna e a Onipotência, as obras que o amor faz 
					executar a esta sabedoria e onipotência são inefáveis. O 
					amor está na essência da criação e de todos os mistérios da 
					Redenção”
					 (Bem-aventurado Columba Marmion, Jesus Cristo, ideal do 
					monge). 
					
					O religioso do nosso Instituto que faz com alegria, fé e 
					amor a vontade do Criador vive feliz… fazer a vontade de 
					Deus é caminhar com segurança para o céu… é caminhar na 
					claridade… a vontade de Deus é o caminho mais curto para o 
					céu: “O caminho da santidade, que 
					leva a Deus, só pelo próprio Deus pode ser traçado, e pela 
					sua santa vontade”
					 
					(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena, Intimidade Divina, 5, 
					1). 
					
					
					Não podemos resmungar, murmurar e se revoltar diante da 
					vontade de Deus; mas sim, devemos dizer com fé: 
					“Vontade de Deus, meu paraíso”
					
					
					(Santa Paula Frassinetti). 
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					 2.ª 
					Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz: 
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					Os Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e 
					das Dores de Maria Santíssima devem construir sobre a 
					rocha, isto é, sobre a vontade de Deus. Aquele que 
					constrói sobre a vontade de Deus se salvará… quem constrói 
					longe da vontade do Criador se perderá: 
					“Nem todo o que me diz: ‘Senhor! 
					Senhor!’ entrará no reino dos céus, mas sim, quem faz a 
					vontade de meu Pai que está nos céus” 
					(Mt 7, 21). 
					Aquele que faz a vontade de Deus é amado, protegido e 
					abençoado por Ele… o Senhor não abandona nem despreza quem 
					caminha pela “estrada” de sua santa vontade: 
					“Quem faz a vontade de meu Pai que 
					está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe”
					
					(Mt 12, 50). 
					
					
					Os santos frequentaram a Escola de Jesus… a Escola que 
					ensina a fazer sempre a vontade de Deus com fidelidade, 
					alegria e fé:  
					“Não está a 
					suma perfeição nas doçuras interiores, nos grandes 
					arroubamentos, nas visões e no espírito de profecia, mas na 
					perfeita conformidade da vossa vontade com a de Deus, de tal 
					modo que nos leva a querer firmemente o que percebemos ser 
					sua vontade, aceitando com a mesma alegria, tanto o saboroso 
					como o amargo”  
					(Santa Teresa de Jesus, Obras Completas). 
					E Santa Teresa do Menino Jesus diz: 
					“Consiste a perfeição em fazer a 
					vontade de Deus e em sermos como ele nos quer”. 
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					 3.ª Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz: 
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					O religioso do nosso Instituto deve fazer a vontade de Deus 
					com alegria, fé e amor… somente assim caminhará com 
					segurança e tranquilidade: “Quem 
					ouve as minhas palavras e as põe em prática será semelhante 
					ao homem prudente que edificou sua casa na rocha. Caiu a 
					chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram 
					contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava 
					edificada na rocha”
					
					(Mt 7, 24-25). 
					
					Quem faz a vontade de Deus vive “sossegado” 
					espiritualmente… porque caminha sobre a rocha firme e não se 
					inquieta diante das provações, obstáculos e dificuldades. 
					Aquele que caminha “mergulhado” na claridade da Luz 
					Eterna não treme diante da escuridão, porque não faz a 
					própria vontade:  “A vontade de 
					Deus revelada na Sagrada Escritura e especialmente nos 
					mandamentos divinos, manifestada nas disposições concretas 
					da Providência, que rege e guia toda a vida do homem, é a 
					pedra firme e segura sobre a qual deve-se elevar o edifício 
					da santidade cristã. Somente em tal base poderá elevar-se 
					bem alto, sem perigo de desmoronar, apesar das tempestades”
					(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena, Intimidade Divina, 5, 
					2). 
					
					
					É preciso fazer sempre a vontade de Deus! Não podemos fugir 
					do Senhor para fazer a nossa vontade… para realizar os 
					nossos caprichos, isto é, não podemos desprezar a água 
					cristalina para “beber” da lama:  
					“Toda a santidade consiste em amar a 
					Deus, e todo o amor a Deus consiste em fazer a sua vontade. 
					Devemos, pois, acolher sem reserva todas as disposições da 
					Providência a nosso respeito e, consequentemente, abraçar em 
					paz tudo o que nos acontece de favorável ou desfavorável, 
					nosso estado de vida, nossa saúde, tudo o que Deus quer. 
					Todas as nossas orações devem ser dirigidas pedindo que ele 
					nos ajude a cumprir sua santa vontade”  
					(Santo Afonso Maria de Ligório, A prática do amor a Jesus 
					Cristo). 
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					 4.ª Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz: 
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					
					É muito perigoso querer “fabricar” o próprio altar 
					com as “tábuas” da própria vontade… não 
					“fabricamos” a nossa santidade, é Deus quem nos 
					santifica. Santo é aquele que mata a própria vontade para 
					fazer a vontade do Criador com alegria, fé, fidelidade e 
					amor: “Quem aspira à 
					santidade deve evitar a tentação de querer santificar-se a 
					seu modo, conforme os pontos de vista, os planos, as 
					escolhas pessoais. Seria contrassenso porque, assim como 
					somente Deus, o único Santo, pode santificar o homem, assim, 
					somente Deus sabe o que contribui para sua santificação. O 
					único caminho infalível para a santidade é o traçado por 
					Deus. Portanto, para não trabalharmos em vão, a primeira e 
					indispensável condição é abandonar-nos inteiramente à 
					vontade de Deus, e deixar-nos conduzir por ele, com plena 
					docilidade” 
					(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena, Intimidade Divina, 5, 
					2). 
					
					
					Não há santidade nem progresso espiritual longe da vontade 
					de Deus: “Na total transformação de nossa vontade na de Deus, de tal modo que, em 
					nós, nada contrarie a vontade do Altíssimo, mas dependam 
					nossos atos totalmente do beneplácito divino”
					(São João da Cruz). 
					Enquanto procura o cristão, com o auxílio da graça, aderir 
					em tudo à vontade de Deus, esta mesma vontade santifica-o,
					tornando-o capaz de adesão cada vez mais plena, que 
					terminará na total conformidade à vontade divina (Pe. 
					Gabriel de Santa Maria Madalena). 
					
					
					Para se salvar é preciso subir pela “escada” da 
					vontade de Deus… é preciso expulsar do coração o capricho e 
					vontade própria que nos escravizam. Devemos dizer com 
					humildade ao nosso Criador:  
					 
					“Ensinai-me a cumprir tua vontade, pois tu és o meu Deus”
					
					
					(Sl 143, 10). 
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					 5.ª Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz: 
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					Os Filhos e Filhas da Paixão do Salvador devem fazer com 
					sinceridade a vontade de Deus… o que lhe agrada e lhe dá 
					glória, mesmo se custa à natureza e exige desapego. A nossa 
					vida deve ser um “hino” agradável a Deus… realizando 
					com amor, fé e alegria a sua santa vontade… devemos 
					arrancar do nosso coração a erva daninha e venenosa da 
					vontade própria, e fazer o que Deus quer de nós:  
					“Ó Senhor, ser vosso discípulo 
					significa ser todo vosso, pertencer-vos plenamente, estar 
					perfeitamente unido a vós, formar convosco uma só coisa. Não 
					vivermos mais, porém viverdes vós em nós significa a união 
					perfeita… Renegar a mim mesmo para servir-vos, que 
					significa? Significa esquecer-me, fazer abstração de mim, já 
					não me ocupar comigo, como se não existisse. Então, não mais 
					tereis interesses nem conveniências, nem gostos, nem 
					vontades, nem nada mais!”  (Bem-aventurado Charles de Foucauld, Meditazioni sul vangelo, 
					op. sp., p. 231). 
					
					
					
					Não há salvação no seguimento da vontade própria e dos 
					caprichos. Os santos se salvaram… estão no céu porque foram
					“escravos” de Deus aqui na terra, se inclinaram 
					com humildade, docilidade e obediência diante da vontade do 
					Criador… mataram com violência a vontade própria para 
					seguir com fidelidade a vontade de Deus: 
					“A perfeição da santidade consiste 
					em cumprir a vontade de Deus. Todos os santos chegaram a ser 
					tais, porque se uniformaram com a vontade de Deus, tanto nas 
					alegrias como nos sofrimentos”  
					(Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual), 
					e: “Quem vive e morre 
					perfeitamente uniformado com a vontade de Deus, é impossível 
					que Nosso Senhor não o receba imediatamente no céu”
					
					 
					
					(São Francisco de Sales). 
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					 6.ª Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz: 
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					Todos os santos fizeram com alegria a vontade de Deus, e nós 
					não podemos enveredar por outro caminho… somente a 
					realização da vontade de Deus pode nos abrir a porta do céu.
					Sigamos com fé, amor e alegria o exemplo de Jesus Cristo 
					que fez a vontade de Deus sem reclamar: 
					“Nosso Senhor Jesus Cristo, 
					deixou-nos o exemplo com palavras e obras: quer rezasse, 
					quer trabalhasse, quer evangelizasse, era sempre para 
					cumprir a vontade do Pai. Na cruz, depois de declarar que 
					havia cumprido a vontade do Pai, inclinou a cabeça, como 
					para dizer que a cumpria até mesmo na hora da morte”
					
					
					(Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual). 
					
					O religioso que faz a vontade de Deus possui o coração 
					feliz, “sorridente” e seguro… não se inquieta nem se 
					entristece quando surgem obstáculos pelo caminho, porque 
					sabe que Deus está por trás de tudo:  
					“Tudo aquilo que nos atinge é 
					vontade de Deus”(Pe. Richard Gräf). 
					
					
					
					Aquele que faz a vontade de Deus não possui a felicidade 
					pela metade; mas sim, a possui completa: 
					“O segredo para ser feliz ainda 
					neste mundo, é cumprir a vontade de Deus” 
					(São Basílio Magno). 
					Os mártires morreram queimados, afogados, dilacerados por 
					açoites, devorados pelas feras, chifrados por vacas 
					furiosas, crucificados… morreram felizes porque estavam 
					fazendo a vontade de Deus: 
					“Quem se une à vontade de Deus, vê as coisas como ele as vê; 
					e se acontecem desgraças, aceita-as sem queixas, porque 
					descobre nelas a vontade de Deus”
					
					(Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual). 
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					 7.ª Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz: 
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e das Dores de Nossa 
					Senhora devem repetir com fé e devoção essa jaculatória que 
					Santa Gertrudes rezava muitas vezes ao dia: 
					“Amabilíssimo Jesus, que não se faça 
					a minha vontade, mas a vossa!” É preciso rezar 
					essa jaculatória principalmente nas horas difíceis. 
					
					Santo Agostinho comentando essa passagem bíblica exalta o 
					valor da humildade de Jesus Cristo, modelo perfeito da 
					humildade do cristão, ao não querer fazer a sua vontade, mas 
					a do Pai que o enviou: “Que 
					mistério há aqui tão grande! (…). Eu vim humilde, Eu vim 
					ensinar a humildade; Eu sou o mestre da humildade. Aquele 
					que vem a mim, incorpora-se a mim; aquele que vem a mim 
					torna-se humilde, e aquele que adere a mim será humilde, 
					porque não faz a sua vontade, mas a de Deus”
					(In Ioann. Evang.. 25, 15 e 16). 
					
					Aquele que faz a vontade de Deus não treme nem se inquieta 
					diante das notícias tristes, mas curva a cabeça diante da 
					vontade do Criador:  
					“Em nossas 
					ações e pensamentos, não tenhamos em vista a nossa 
					satisfação, mas somente a vontade de Deus; por isso, não nos 
					perturbemos quando não somos bem sucedidos em qualquer 
					trabalho. E quando nos saímos bem, não procuremos os 
					aplausos e os agradecimentos dos homens; se, pelo contrário, 
					falam mal de nós, não façamos caso, pois trabalhamos para 
					agradar a Deus e não aos homens”  (Santo Afonso Maria de Ligório, A prática do amor a Jesus 
					Cristo). 
					
					
					Aquele que faz a vontade de Deus não se 
					entristece diante das aparências de derrota. 
					   | 
				 
			 
			  
			
				
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					 8.ª Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz: 
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					O religioso do nosso Instituto deve conformar-se com a 
					vontade de Deus… sem murmurar… sem reclamar; mas sim, 
					inclinar com humildade diante da sua vontade. A 
					conformidade com a vontade divina ainda mais direta e 
					intimamente nos une com Aquele que é a fonte de toda a 
					perfeição, porque submete e une a Deus a nossa vontade que, 
					sendo como é a rainha das nossas faculdades, as põe todas ao 
					serviço do Supremo Senhor de todas as coisas (Adolfo 
					Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e Mística, 478). 
					
					Por este nome de conformidade com a vontade divina 
					compreendemos a submissão completa e afetuosa da nossa 
					vontade à de Deus, tanto à vontade significada, 
					como à vontade de beneplácito. 
					
					A conformidade com a vontade significada de Deus 
					consiste em querer tudo o que Deus nos significa ser da sua 
					intenção. A conformidade com a vontade de beneplácito 
					consiste em se submeter o homem a todos os acontecimentos 
					providenciais que Deus quer ou permite para nosso maior bem, 
					e, sobretudo, para nossa santificação. 
					
					
					Adolfo Tanquerey ensina: 
					“Apoia-se neste fundamento, que nada sucede sem a vontade ou 
					permissão de Deus, e que Deus, sendo como é infinitamente 
					sábio e infinitamente bom, não quer nem permite nada senão 
					para o bem das almas, ainda quando o não vejamos”
					
					(Compêndio de Teologia Ascética e Mística, 
					486). 
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					 9.ª Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz: 
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					Os graus de conformidade com a vontade de Deus. 
					
					São Bernardo de Claraval distingue três graus desta virtude 
					que correspondem aos três graus da perfeição cristã: 
					“O principiante, movido pelo temor, 
					suporta a cruz de Cristo com paciência; o proficiente, 
					movido pela esperança, leva-a com certa alegria; o perfeito, 
					consumado em caridade, abraça-a com ardor”(I Serm. S. Andrae, 5). 
					
					1. Os principiantes, sustentados pelo temor 
					de Deus, não amam o sofrimento, antes o procuram evitar; 
					contudo, antes querem sofrer que ofender a Deus, e, posto 
					que gemendo sob o peso da Cruz, suportam-na com paciência: 
					são resignados (conformados). 
					
					2. Os proficientes, sustentados pela esperança 
					e desejo dos bens celestes, e sabendo que cada 
					sofrimento nos vale um peso eterno de glória, não buscam 
					ainda a cruz, mas levam-na de bom grado, com certa alegria. 
					
					
					
					
					3. Os perfeitos, guiados pelo amor, vão mais 
					longe: para glorificarem a Deus, que amam, para se 
					conformarem mais perfeitamente com Jesus Cristo, vão ao 
					encontro das cruzes, desejam-nas, abraçam-nas com ardor, não 
					que elas sejam amáveis por si mesmas, mas porque nos são um 
					meio de testemunhar o nosso amor a Deus e a Jesus Cristo. 
					Como os Apóstolos, regozijam-se de terem sido julgados 
					dignos de ser ultrajados pelo nome de Jesus; como São Paulo, 
					sentem-se inundados de gozo no meio das suas tribulações 
					(Adolfo Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e Mística, 
					492). 
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					 10.ª Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz: 
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					Os Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e 
					das Dores de Maria Santíssima devem fazer com alegria e 
					fé a vontade de Deus. 
					
					A conformidade com a vontade de Deus purifica-nos. Já 
					na Antiga Lei, faz Deus muitas vezes notar que está disposto 
					a perdoar todos os pecados e a restituir à alma a 
					deslumbrante candura da sua pureza primitiva, se ela mudar 
					de coração e vontade:  
					“Lavai-vos, 
					purificai-vos! Tirai da minha vista as vossas más ações! 
					Cessai de praticar o mal, aprendei a fazer o bem! Buscai o 
					direito, corrigi o opressor! Fazei justiça ao órfão, 
					defendei a causa da viúva! Então, sim, poderemos discutir, 
					diz o Senhor: Mesmo que os vossos pecados sejam como 
					escarlate, tornar-se-ão alvos como a neve; ainda que sejam 
					vermelhos como carmesim tornar-se-ão como a lã”  
					(Is 1, 16-18). Ora, conformar a 
					própria vontade com a de Deus, é certamente mudar de 
					coração, cessar de fazer o mal, aprender a praticar o bem. 
					
					A conformidade com a vontade de Deus reforma-nos. O 
					que nos deformou foi o amor desordenado do prazer, a que 
					cedemos por malícia ou por fraqueza. 
					
					
					A conformidade
					com a vontade divina cura-nos desta dupla 
					causa de recaídas. 1. Cura-nos da malícia, que 
					resulta do nosso apego às criaturas e, sobretudo, ao nosso 
					próprio juízo e vontade. É que, de fato, conformando a nossa 
					vontade com a de Deus, aceitamos os seus juízos como regra 
					dos nossos, os seus mandamentos e conselhos como norma da 
					nossa vontade; desprendemo-nos assim das criaturas e de nós 
					mesmos, e da malícia que nascia dessas afeições. 2. 
					Remedeia a nossa fraqueza, origem de tantas faltas; em 
					vez de nos apoiarmos em nós mesmos que tão frágeis somos, 
					apoiamo-nos pela obediência em Deus, que, onipotente como é, 
					nos torna participantes da sua força para resistirmos às 
					mais graves tentações: “Tudo 
					posso naquele que me fortalece”
					
					
					(Fl 4, 13).
					Quando fazemos a sua vontade, Ele se compraz em fazer a 
					nossa, ouvindo as nossas orações e sustentando a nossa 
					fraqueza. Assim desembaraçados da nossa malícia e fraqueza 
					cessamos de ofender a Deus de propósito deliberado, e 
					gradualmente vamos reformando a nossa vida (Adolfo 
					Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e Mística, 
					494-495). 
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					 11.ª Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz:
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					Aquele que faz a própria vontade caminha longe de Deus e não 
					pode agradá-lo:  
					 
					“Dentre os 
					obstáculos que se opõem à perfeita correspondência da 
					vocação, em primeiro lugar está o apego à própria vontade”
					
					
					(Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual), 
					e: “Portanto, para que haja 
					perseverança, é mister renunciar à própria vontade”
					
					
					(Santo Afonso Maria de Ligório, Op. sullo Stato Relig., II). 
					
					Quem deseja verdadeiramente ingressar na vida religiosa para 
					buscar a santidade de vida deve deixar a vontade própria na 
					porta de entrada do convento ou seminário… como se 
					deixasse um veneno perigosíssimo: 
					“Se renunciares à tua vontade, conseguirás ser santo”
					
					(São Filipe Néri). 
					
					
					
					É ridículo um religioso ou religiosa dizer: “Quero” e
					“não quero”, como se fossem crianças birrentas e escravas 
					da própria vontade: “Toda a 
					vida de um bom religioso deve consistir na renúncia da 
					própria vontade e do próprio juízo. Resulta, por isso, que 
					se alguém trabalhar intensa e longamente, mas seguindo o 
					próprio capricho, de nada lhe valerá. Se estudar, até 
					tornar-se erudito e eloquente pregador, também de nada lhe 
					servirá. Se escolhido para um cargo de comando der provas de 
					prudência, isso igualmente nada significa. A estes, no dia 
					do juízo, Nosso Senhor responderá, como aos que dirão terem 
					profetizado em seu nome: ‘Nunca vos conheci, afastai-vos de 
					mim’ (Mt 7, 23). Mas quando alguém fizer penitência de seus 
					pecados e procurar emendar-se de seus vícios, fará algo de 
					positivo. Se suportar com paciência, mais ainda, com alegria 
					tudo quanto for necessário à fiel observância da vida 
					religiosa, também fará algo de positivo. Se for diligente e 
					fervoroso na oração, humilde e modesto no falar, também não 
					é coisa que se despreze. Mas, se por amor de Deus renunciar 
					à própria vontade, é muito, é o máximo, é tudo”
					
					
					(Pe. Antônio Semeria, La vita religiosa). 
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					 12.ª 
					Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz:
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					O religioso que faz a vontade própria não possui a 
					verdadeira paz… não faz a vontade de Deus; mas sim, a sua 
					vontade própria. O religioso palpiteiro luta com garra 
					para que todos façam a sua vontade e não a ele 
					quer ser a “flecha” direcional de todos… julga-se o
					“salvador” da comunidade. 
					
					
					São Bernardo de Claraval escreve:  
					“Desapareça a vontade própria e não 
					haverá mais inferno!”  (In temp. resur., sermo III). 
					Santo Afonso Maria de Ligório ensina: 
					“A vontade própria não só conduz ao 
					inferno na outra vida, como também nesta nos faz sofrer um 
					inferno antecipado”
					
					(La vera Sposa di Gesú Cristo, c. 7, 1). 
					O Bem-aventurado José Allamano diz: 
					“Que é, de fato, o inferno, senão a 
					privação de todo o bem com toda a sorte de males? É 
					precisamente o que acontece a quem quer fazer a própria 
					vontade: perde todo o bem e acumula o mal. De manhã à noite, 
					faz prevalecer a própria vontade em oposição à de Deus; 
					portanto, uma vontade continuamente contrária e que 
					contradiz continuamente. Como poderá gozar a alegria do 
					coração? Impossível. Sua vida será agitada, inquieta e 
					triste. Diz a Escritura: ‘Não há paz para o ímpio’ (Is 48, 
					22). Não corresponder à vocação, por apego à própria 
					vontade, é verdadeira impiedade” 
					(A Vida Espiritual). 
					
					
					
					O religioso que faz a vontade própria vive inquieto, seu 
					coração se assemelha a um barco sacudido pelas águas 
					furiosas do oceano agitado. 
					
					   | 
				 
			 
			  
			
				
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					 13.ª Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz:
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					O religioso escravo da vontade própria torna-se o seu 
					próprio carrasco… não faz progresso e tudo o que realiza 
					fica em vão. São Bernardo de Claraval escreve: 
					“Defende-te desta sanguessuga que é 
					a vontade própria, pois atrai tudo a si. Defendamo-nos dela 
					como de uma víbora perigosa e venenosíssima. À semelhança da 
					sanguessuga que, chupando o sangue, debilita e esgota as 
					forças, assim a vontade própria elimina o princípio de todos 
					os méritos – a vontade de Deus. E como a e conduz à morte da alma”
					
					(Sermo 11 de diversis), 
					e ele diz ainda: “Grande mal é a 
					vontade própria: por ela, o bem que fazemos não é bem”
					
					(In cant., sermo 71, 14). 
					
					O religioso do nosso Instituto deve fazer a vontade de Deus. 
					Infeliz do religioso que realiza o trabalho missionário com 
					os olhos fixos na vontade própria… dando palpite em tudo sem 
					ser consultado… querendo que todos sigam as suas ideias, 
					opiniões e outros. O religioso “adorador” da vontade 
					própria nunca está satisfeito… perturba e agita a comunidade 
					onde vive… atormenta o superior e outros: 
					 (Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual). 
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					 14.ª Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz:
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					
					  
					
					Aquele que faz a vontade própria constrói 
					um grande e forte “castelo”… mas não pode entrar 
					nele, isto é, não agrada a Deus e caminha por fora, longe da 
					salvação… possui uma paz postiça. 
					
					Fazer a vontade própria é construir sobre 
					a areia movediça, cada ação realizada se submerge no vazio e 
					na perda do tempo. Se “alimentar” da vontade própria 
					é caminhar na escuridão… é transformar o coração num 
					“altar” e praticar a egolatria. 
					
					Os Filhos e Filhas da Paixão de Nosso 
					Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima devem 
					possuir o coração vazio da vontade própria e cheio… repleto… 
					do desejo de realizar somente a vontade do Criador. Dizia 
					São Filipe Néri que “a santidade 
					consiste em quatro dedos de testa”, isto é, na 
					mortificação da própria vontade. Mortificar a própria 
					vontade, dizia Luís de Blois, “é 
					fazer uma coisa mais agradável a Deus, do que ressuscitar 
					mortos”. 
					
					O 
					religioso apegado à própria vontade assemelha-se ao verme 
					peçonhento… é preciso expulsá-lo imediatamente do nosso 
					Instituto. Vale mais um religioso que caminha na via da 
					vontade de Deus do que cem mil religiosos apegados à vontade 
					própria. 
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					 15.ª Reflexão  | 
				 
				
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					No Evangelho de São João 6, 38 diz:
					“Pois desci do céu não para fazer a 
					minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. 
					  
					
					Santo Afonso Maria de Ligório escreve: 
					“O que se faz por gosto ou não 
					aproveita, ou aproveita pouco: Até no vosso jejum se 
					encontra a vossa vontade”. Donde São Bernardo de 
					Claraval conclui: “Grande mal é a 
					vontade própria, que faz que as vossas boas obras não sejam 
					boas para vós”. Não há para nós inimigo maior 
					que a vontade própria. Tirai a vontade própria, dizia 
					ainda São Bernardo, e não haverá  mais inferno. Está o 
					inferno cheio de vontades próprias. Qual é com efeito a 
					causa dos nossos pecados, senão a própria vontade? O próprio 
					Santo Agostinho confessa que, quando vivia no pecado, se 
					sentia instado pela graça a deixá-lo, mas resistia pela sua 
					parte, retido por uma só cadeia, a sua vontade própria. 
					Segundo São Bernardo, tão oposta é a Deus a vontade própria, 
					que até o destruiria, se Deus pudesse ser destruído. 
					Escrevia, além disto, que fazer-se discípulo de si mesmo é 
					querer aprender dum louco. Importa-nos saber que todo o 
					nosso bem consiste em nos unirmos à vontade de Deus: Na 
					sua vontade está a vida. 
					
					O Senhor, porém, ordinariamente 
					falando, não nos faz conhecer a sua vontade senão por meio 
					dos nossos superiores, isto é, dos prelados e diretores, a 
					quem diz: Quem vos escuta, a mim escuta; e acrescenta: E 
					quem vos despreza, a mim despreza 
					(Santo Afonso Maria de Ligório, A selva). 
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					Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
					
					30 de novembro de 2019 
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      Depois de autorizado, é preciso citar: 
      
      Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Os  
		Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de 
		Maria Santíssima devem fazer com alegria, fé e amor a vontade de Deus e 
		matar com rigor a própria vontade” 
      
      www.filhosdapaixao.org.br/escritos/colecoes/reflexoes/011_reflexoes_dezembro_2019.htm 
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