29
de junho de 2020
OS FILHOS E FILHAS DA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS
CRISTO E DAS DORES DE MARIA SANTÍSSIMA DEVEM SER FORTES, VALENTES E
INABALÁVEIS DIANTE DAS PROVAÇÕES, DIFICULDADES E OBSTÁCULOS
1.ª Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz: “Sê
firme e corajoso. Não temas e não te apavores, porque o
Senhor teu Deus está contigo por onde quer que andes”.
O religioso do nosso Instituto
deve ser forte, valente e inabalável. O mesmo deve implorar
ao Criador, todos os dias, a virtude e o dom da fortaleza:
“Esta virtude, que se chama força
de alma, força de caráter, ou virilidade cristã, é uma
virtude moral sobrenatural que robustece a alma na conquista
do bem árduo, sem se deixar abalar pelo medo, nem sequer
pelo temor da morte”
(Adolfo Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e
Mística, 1076).
O objetivo da fortaleza é reprimir as impressões do temor,
que tendem a paralisar os nossos esforços para o bem, e
moderar a audácia que, sem ela, facilmente se converteria em
temeridade.
A fortaleza consiste, antes de tudo, em empreender e
executar coisas dificultosas; existem efetivamente, no
caminho da virtude e perfeição, numerosos obstáculos
difíceis de vencer, que incessantemente renascem. É
necessário não ter medo
deles, ir até ao seu encontro, fazer corajosamente o esforço
necessário para vencê-los.
Muitos sacerdotes desobedecem a Igreja Católica para agradar
os fiéis no erro, pregando um “Evangelho açucarado”… com
a intenção de agradar pessoas que não querem mudar de vida…
são
cachorrinhos dos leigos… falta nesses sacerdotes a virtude
da fortaleza.
A Igreja exige que os sacerdotes sejam verdadeiros,
francos e fortes:
“Para ser autêntica, a palavra deve ser transmitida ‘sem
duplicidade e sem falsificação, mas manifestando com
franqueza a verdade diante de Deus’ (2 Cor 4, 2). O
presbítero, com uma maturidade responsável, evitará
disfarçar, reduzir, distorcer ou diluir o conteúdo da
mensagem divina. Com efeito, a sua missão ‘não é de ensinar
uma sabedoria própria, mas sim, de ensinar a Palavra de Deus
e de convidar insistentemente a todos à conversão e à
santidade” (Diretório
para o ministério e a vida do presbítero, 45).
Agradar os fiéis no erro não é a missão do sacerdote.
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2.ª
Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz: “Sê
firme e corajoso. Não temas e não te apavores, porque o
Senhor teu Deus está contigo por onde quer que andes”.
A Santa Igreja Católica
Apostólica Romana, Única Igreja fundada por Jesus Cristo, Deus
Bendito, necessita de sacerdotes fortes e sinceros… também
de religiosas fortes e sinceras, como o foram Santa Catarina
de Sena, Santa Lúcia Filippini, Santa Teresa de Jesus, Santa
Teresa de Calcutá, Santa Maria Mazzarello, Santa Dulce dos
Pobres, Santa Benedita da Cruz e outras.
Os religiosos do nosso Instituto não podem desagradar a Deus
para agradar pessoas caprichosas e seguidoras do
demônio… pessoas que amam mais o pecado do que a Deus…
pessoas que trazem na testa o rótulo de católicas, mas que
possuem o demônio no coração. Não podemos pregar o Evangelho
para agradar as pessoas; mas sim, para agradar a Deus que é
a verdade: “Adulterar a palavra
de Deus é ou sentir nela algo distinto do que na realidade
é, ou buscar por ela não os frutos espirituais, mas os fetos
adulterinos do louvor humano. Pregar com sinceridade é
buscar a glória do autor e criador” (São Gregório Magno),
e: “… em suas pregações procure
apenas agradar a Deus” (São
João Crisóstomo).
Milhares de sacerdotes vivem nas paróquias “cozinhando”,
isto é, fazendo um “sopão insosso”… passam anos e
anos e os fiéis não mudam de vida, permanecem na apatia…
nos mesmos pecados e na escuridão. É preciso pregar a
Palavra de Deus com sinceridade sem falsificá-la: “Não
somos como aqueles muitos que falsificam a palavra de Deus;
é, antes, com sinceridade, como enviados de Deus, que
falamos, na presença de Deus, em Cristo” (2
Cor 2, 17).
Nós, Filhos e Filhas da Paixão do Senhor, não podemos viver
omissos… devemos pregar a verdade,
mesmo que seja preciso
derramar o nosso sangue.
Não tenhamos medo do desprezo
daqueles que fabricam um Cristo longe da verdade. Sejamos
fortes, corajosos e intrépidos!
Muitos sacerdotes são “cachorrinhos”, “bonecas” e
“bolinhas” nas mãos dos leigos… não servem a Deus, não
pregam a verdade… estão atrás somente de aplausos,
beijos, elogios, dízimo, oferta e jantares “amigos”. Que
Deus nos proteja de tamanha desgraça que pode levar o
omisso, o covarde e o traidor ao inferno:
“Parece que há medo de falar com
clareza; fazem-se concessões que o Magistério da Igreja
nunca fez; ‘barateiam-se’ as exigências morais para não
afastar as pessoas, ou perder adeptos, ou, melhor, por temor
de se receber a alcunha de ‘duro’, ‘intransigente’,
‘quadrado’, ‘ultrapassado’, ‘pouco arejado” (Dom Rafael Llano Cifuentes).
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3.ª
Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz: “Sê
firme e corajoso. Não temas e não te apavores, porque o
Senhor teu Deus está contigo por onde quer que andes”.
Os Filhos e Filhas da Paixão do
Salvador devem “beber” da fortaleza de Jesus Cristo, Deus
Forte e Poderoso. O Senhor é modelo perfeito de fortaleza!
Jesus Cristo nunca mentiu, nunca
usou jogo de cintura… não ficou sobre o muro… não foi
bajulador nem interesseiro… não foi “camaleão” que muda de
cor de acordo com o ambiente… não agradou ninguém no erro.
Jesus é o Deus Forte:
“Jesus é
sempre Ele mesmo, está sempre pronto, porque nunca fala ou
age senão com toda a sua consciência luminosa e com a sua
vontade enérgica e total. Pode muito bem dizer, mas só Ele:
‘Que o vosso falar seja sim, sim; não, não. Toda outra
palavra procede do maligno’. Todo o seu ser, toda a sua
vida, é unidade, firmeza, claridade, pureza e verdade.
Causou uma tal impressão de verdade, de lealdade, de força,
que nem os seus próprios inimigos se lhe podiam esquivar:
‘Mestre, nós sabemos que és veraz e não receias ninguém…
Durante todo o seu ministério, jamais Jesus foi visto a
calcular, hesitar e voltar atrás’”
(Karl Adam).
Hoje, infelizmente, existem milhares de sacerdotes que são
gelatinas, caniços… que escondem a verdade para
agradar os fiéis no erro… usam a lã das ovelhas e deixam
as mesmas morrerem de frio. São homens fracos que tremem
diante da verdade… são “fabricantes” de um “novo
evangelho”… são homens “açucarados”. São homens que
assumem paróquias para ter um carro novo, boa comida, vida
tranquila e outras coisas repugnantes. Eles terão que se
explicar para Jesus no dia do Juízo… do Senhor não escaparão.
Aprendamos de Jesus Cristo, Deus Forte, a não recuarmos
diante das ameaças, críticas e zombarias dos inimigos da
verdade… sejamos fortes imitando o Salvador que não foi
oportunista:
“Esta mesma
vontade pronta, firme, inflexível, exige-a também dos seus
discípulos. ‘Ninguém que mete a sua mão no arado e olha para
trás é apto para o reino de Deus’. ‘Quem quer edificar uma
torre senta-se e faz o cálculo dos gastos que são
necessários’. ‘Quem parte para uma expedição de guerra
começa por contar as suas tropas’. É bem a sua própria marca
que imprime nos discípulos. A irreflexão e a precipitação,
tanto como a hesitação ou os compromissos covardes, não são
com Ele. Todo o seu ser, toda a sua vida se traduzem
simplesmente num ‘sim’ ou num ‘não’” (Karl Adam).
Hoje, infelizmente, em milhares
de paróquias… estão “engordando” almas para o inferno com o
açúcar do “falso evangelho”:
“A
verdade de Deus não é uma verdade que se possa dizer
timidamente, tepidamente, ambiguamente… É uma avalanche de
força avassaladora” (Dom
Rafael Llano Cifuentes).
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4.ª
Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz:
“Sê firme e corajoso. Não temas e
não te apavores, porque o Senhor teu Deus está contigo por
onde quer que andes”.
Deus quer que sejamos fortes, corajosos
e intrépidos! Não podemos
nos curvar diante de pessoas injustas, covardes e
omissas… que se vendem. Também dentro da Santa Igreja
existem pessoas que imitam Judas Iscariotes… como escreve o
Papa Francisco: “Estão atrás de
carreirismo”. O Papa disse também que
“muitos bispos têm por diocese os aeroportos, porque viajam o tempo todo”.
Bento XVI, Papa Emérito, disse na sua
biografia: “Prefiro não analisar
as razões reais pelas quais simplesmente querem me calar”.
Não podemos nos calar diante de muitos
inimigos que estão dentro da Igreja com pele de ovelhas:
“Aludimos,
Veneráveis Irmãos, a muitos membros do laicato católico e
também, coisa ainda mais para lastimar, a não poucos do
clero que, fingindo amor à Igreja e sem nenhum sólido
conhecimento de filosofia e teologia, mas, embebidos antes
das teorias envenenadas dos inimigos da Igreja, blasonam,
postergando todo o comedimento, de reformadores da mesma
Igreja; e cerrando ousadamente fileiras se atiram sobre tudo
o que há de mais santo na obra de Cristo, sem pouparem
sequer a mesma pessoa do divino Redentor que, com audácia
sacrílega, rebaixam à craveira de um puro e simples homem”
(São Pio X, Carta
Encíclica Pascendi Dominici Gregis).
Muitos santos sofreram dentro da Santa
Igreja, mas foram fortes
até o fim… seguiram o exemplo de Jesus Cristo, Deus Forte.
Citarei apenas sete
exemplos:
1. São Basílio Magno
“O Bispo
Diânio conferiu-lhe o leitorado. Diânio, embora fiel à
Religião Católica, por umas declarações feitas nos concílios
de Antioquia e Sárdica, fez com que sua ortodoxia fosse
posta em dúvida. Basílio, profundamente entristecido com
esse fato e para não se expor a perder a fé, com grande
pesar se separou do Bispo, a quem dedicava grande amizade, e
dirigiu-se para o Ponto, onde a santa mãe e uma irmã tinham
fundado um convento para donzelas cristãs” (Luz
Perpétua, Vol. 1).
2. Santo Eulógio
“Infelizmente
os cristãos viram diante de si o péssimo exemplo do Bispo
Recafredo, que tinha procedido com muita covardia e dado
escândalos. Eulógio tanto se entristeceu com isto, que se
absteve por algum tempo da celebração da Missa, para não ser
obrigado a celebrar os santos Mistérios na presença do
Prelado, e com este ato sancionar o procedimento indigno do
mesmo. Recafredo ofendeu-se com o retraimento de Eulógio e
ordenou-lhe sob pena de excomunhão, que o acompanhasse à
Igreja e celebrasse na sua presença. Eulógio, achando
improcedente tão severa ordem, retirou-se para a França” (Luz
Perpétua, Vol. 1).
3. São Bruno
“Vendo-se
perseguido pelo Arcebispo simoníaco Manassés, e
profundamente aborrecido das vaidades e prazeres do mundo,
resolveu abandonar tudo que ao mundo o ligava e procurar a
solidão” (Luz
Perpétua, Vol. 2).
4. São Gregório Nazianzeno
“Entre os
próprios Bispos surgiu uma grande dissidência, porque alguns
consideraram ilegal a elevação de Gregório à Sé Patriarcal.
Gregório fez-lhes ver que, se ocupava a Sé Patriarcal, não
era porque a tivesse desejado, mas porque o haviam obrigado
a aceitar o cargo. Vendo, porém, que alguns se lhe mostravam
inacessíveis às razões e, receando maiores perturbações, por
ocasião de uma conferência episcopal, levantou-se e
dirigiu-se aos Bispos nestes termos: ‘Amadíssimos colegas e
co-pastores do rebanho de Cristo! Não vos ficaria bem, se
vós, que deveis pregar a paz aos outros, quisesses viver em
discórdia. Se achardes que sou o causador desta desunião,
atirai-me ao mar e haverá paz; pois não me julgo mais santo
que o profeta Jonas. Minha consciência de nada me acusa e
considero-me inocente das culpas de que me acusais; mas para
que cesse a discórdia, prefiro sacrificar-me’. Estas
palavras, Gregório disse-as com toda a calma, humildade e
mansidão e, tendo terminado, despediu-se de todos e
abandonou o recinto. Imediatamente se dirigiu ao imperador,
ao qual comunicou a resolução de renunciar. Não foi sem
dificuldade que obteve o consentimento de Teodósio para a
retirada” (Luz
Perpétua, Vol. 1).
5. São João Crisóstomo
São João Crisóstomo que foi perseguido
pelo Patriarca (Arcebispo) Teófilo de Alexandria, Egito,
escreve:
“Não quero mencionar
os fatos de que alguns, só para conseguir o cargo de chefe
da Igreja, cometeram até assassinatos dentro das comunidades
e devastaram cidades inteiras” (O
Sacerdócio, Livro III, 10), e: “…
o sacerdote deve temer mais os que lhe estão próximos,
inclusive os colegas de cargo” (Idem.,
14).
Tudo indica que o
incendiário é o Patriarca (Arcebispo) Teófilo de Alexandria,
terrível perseguidor de São João Crisóstomo e amigo íntimo
da Imperatriz Eudóxia (nova Jezabel).
O Arcebispo Teófilo era tão horroroso, que
o apelidaram de “Faraó eclesiástico”.
O que mais me admira, é
São João XXIII colocá-lo como exemplo de união na Encíclica
“Ad Petri Cathedram”, 43, e alguém nomeá-lo como “luz” em
Apoftegmas.
6. São João Bosco
São João Bosco escreveu o seguinte diante
das perseguições do Arcebispo Dom Lourenço Gastaldi contra
ele: “… Uma vez que estou
submetendo a pobre Sociedade Salesiana a esta humilhação,
pelo menos as coisas durassem! Mas receio muito. Vai-se
propalando que D. Bosco foi condenado, que o Pe. Bonetti não
irá mais a Chieri, etc. De toda a maneira agi com seriedade,
e conservando silêncio vou para a frente…” (Carta
ao Cardeal Nina, Turim, 18 de julho de 1882).
Ele escreve também:
“… As coisas com o Arcebispo sofrem
diariamente alternativas. Hoje é tudo paz, amanhã tudo é
guerra e eu aceito tudo e assim iremos para frente…” (Carta
ao Pe. Dalmazzo, Turim, 29 de julho de 1882).
7.
Santo Tomás de Cantalupo
“O arcebispo
de Cantuária, não conseguindo dobrar a retidão de Tomás,
caluniou-o e o excomungou. Tomás então recorreu a
Roma apelando ao Papa Martinho IV. Papa e cardeais
reconheceram de fato a inocência do bispo Tomás. O Papa
Martinho IV disse para Tomás tomar cuidado com o arcebispo,
porque era um homem muito perigoso… Tomás morreu no caminho
de volta” (Dom
Servilio Conti, I.M.C., O Santo do Dia).
Imitemos o exemplo desses santos e
principalmente dos mártires, que foram fortes e derramaram o
sangue por amor a Jesus Cristo:
“Aprendamos que o ato supremo da fortaleza consiste em
enfrentar o martírio com valentia”
(Dom Rafael Llano Cifuentes).
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5.ª
Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz:
“Sê firme e corajoso. Não temas e
não te apavores, porque o Senhor teu Deus está contigo por
onde quer que andes”.
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e
das Dores de Nossa Senhora devem ser fortes diante das
“tempestades” de fora e também de dentro da Igreja
Católica. Nada pode nos abalar! Olhemos para Jesus Cristo
e o imitemos no caminho do Calvário.
A fortaleza, terceira virtude cardeal,
inclina-nos a fazer o bem apesar das dificuldades.
A perfeição da fortaleza revela-se nos mártires, que
preferem morrer a pecar. Poucos de nós teremos que enfrentar
uma decisão que requeira tal grau de heroísmo. Mas a
virtude da fortaleza não poderá atuar, nem mesmo nas
pequenas situações que exijam valor, se não tirarmos as
barreiras levantadas por um conformismo exagerado, pelo
desejo de não aparecer, de ser “da multidão”. Estas
barreiras são o temor irracional à opinião pública (a que
chamamos respeitos humanos), o medo de sermos criticados,
menosprezados ou, pior ainda, ridicularizados (Pe. Leo J.
Trese).
Os religiosos do nosso Instituto devem
possuir raízes profundas… raízes que nos sustém nas horas
dos “ventos” furiosos das calúnias, críticas, zombarias,
desprezos e ameaças… não podemos nos inclinar diante dos
inimigos de Deus, também os que estão dentro da Igreja com
“máscaras” de anjos bons: “As
árvores que crescem em lugares sombreados e livres de
ventos, enquanto externamente se desenvolvem com aspecto
próspero, tornam-se fracas e moles, e facilmente qualquer
coisa as fere; mas as árvores que vivem nos cumes dos montes
mais altos, agitadas pelos muitos ventos e constantemente
expostas à intempérie e a todas as inclemências, atingidas
por fortíssimas tempestades e cobertas por frequentes neves,
tornam-se mais robustas que o ferro” (São
João Crisóstomo, Homilia sobre a glória da tribulação).
A Igreja Católica Apostólica Romana é
Santa… somente Santa; não é Santa e pecadora como muitos
pregam. Os pecados pessoais dos católicos não contaminam a
Igreja Santa… não rasgam o belíssimo “vestido” da noiva do
Cordeiro Divino: “A
Igreja é santa, mesmo tendo pecadores em seu seio, pois não
possui outra vida senão a da graça” (Catecismo
da Igreja Católica, 827). É errado dizer
que a Igreja é Santa e pecadora. No Credo
niceno-constantinopolitano rezamos: “… creio na Igreja
santa”… não santa e pecadora.
Mas dentro dessa Igreja existem muitos
lobos com pele de ovelha, e
para vencê-los é preciso possuir a virtude da fortaleza.
Devemos sofrer com paciência… sem nos esmorecer… sofrer e
lutar… sofrer e morrer pela Igreja verdadeira:
“A Igreja parece convertida numa
verdadeira Babel. É necessário mesmo olhar para o céu,
sofrer e calar” (Bem-aventurado João
Batista Scalabrini).
Existem pessoas lutando para dar a
comunhão para adúlteros. Isso é coisa de gente louca…
isso é lutar contra Deus (1 Cor 11, 28-29). Aquele que vive
em adultério ama mais o pecado do que a Deus. Colocar
o Deus Santíssimo num coração onde Satanás reina! Somente os
loucos fazem isso. Para suportar isso é preciso também da
fortaleza. Mas devemos dizer um enorme não para a Comunhão
aos adúlteros: “Jesus é muito
ofendido na Eucaristia pelas múltiplas irreverências
cometidas pelos próprios cristãos; pelos sacrilégios, cujo
número e malícia causam admiração aos próprios demônios” (São
Pedro Julião Eymard, A Divina Eucaristia, Vol. 3).
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6.ª
Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz:
“Sê firme e corajoso. Não temas e
não te apavores, porque o Senhor teu Deus está contigo por
onde quer que andes”.
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e
das Dores de Nossa Senhora devem implorar a Deus a
virtude da fortaleza todos os dias.
A virtude sobrenatural da fortaleza, a
ajuda específica do Senhor, é imprescindível ao católico
para que possa vencer os obstáculos que se apresentam
diariamente na sua luta interior por amar cada dia mais a
Deus e cumprir os seus deveres. E esta virtude é
aperfeiçoada pelo dom da fortaleza, que torna mais fácil os
atos correspondentes.
À medida que vamos purificando as nossas
almas e sendo dóceis à ação da graça, cada um de nós pode
dizer, como São Paulo: “Tudo
posso naquele que me dá forças” (Fl 4, 13).
Sob a ação do Espírito Santo, o católico sente-se capaz de
realizar as ações mais arriscadas e de suportar as provas
mais duras por amor a Deus. Movido
pelo dom da fortaleza, não confia nos seus esforços, pois
ninguém melhor do que ele, se é
humilde, tem consciência da sua fragilidade e da sua
incapacidade para levar avante a tarefa da sua
santificação e a missão que o Senhor
lhe confia nesta vida; mas ouve o Senhor dizer-lhe,
particularmente nos momentos mais difíceis:
Eu estarei contigo (Pe. Francisco Fernández
Carvajal).
A pessoa forte não se contenta com pouco.
A mediocridade e a fraqueza andam juntas, como também a
fortaleza e a magnanimidade. Não podemos perder de vista que
o nosso cume é mais alto do que o Everest: fomos criados
para o Infinito, para Deus (Dom Rafael Llano Cifuentes).
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7.ª
Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz:
“Sê firme e corajoso. Não temas e
não te apavores, porque o Senhor teu Deus está contigo por
onde quer que andes”.
O religioso do nosso Instituto deve
doar-se completamente para Deus… enfrentando todas as
dificuldades, obstáculos e muralhas… não deve deixar de
realizar o bem por causa das adversidades… não deve
poupar-se: “O cristão que se
poupa, que calcula para dar a Deus o mínimo indispensável,
de modo a não lhe ser traidor, que vive procurando antes
fugir da cruz que carregá-la, antes defender-se que
renunciar-se, antes salvar a própria vida que sacrificá-la,
não é discípulo de Cristo. Se não nos é dado testemunhar
nosso amor e nossa fé com o martírio do sangue, devemos,
todavia, testemunhá-los abraçando com generoso coração todos
os deveres que o seguimento de Cristo impõe, sem recuar
perante o sacrifício” (Pe. Gabriel de
Santa Maria Madalena).
Devemos pedir frequentemente o dom da
fortaleza: para vencer a relutância em cumprir os deveres
que custam, para enfrentar os obstáculos normais em qualquer
existência, para aceitar com paz e serenidade a doença, para
perseverar nas tarefas diárias, para dar continuidade
à ação apostólica, para encarar os contratempos com espírito
de fé e bom humor (Pe. Francisco Fernández Carvajal).
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8.ª
Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz:
“Sê firme e corajoso. Não temas e
não te apavores, porque o Senhor teu Deus está contigo por
onde quer que andes”.
Deus quer que sejamos fortes!
Deus não nos chamou para vivermos sobre o muro… com medo de
tudo e de todos… dentro de uma caixa de algodão como
cachorrinhos de madame. Sejamos seguidores de Jesus Cristo,
Deus Forte, que sofreu desde o ventre de sua Santíssima Mãe…
a vida do Senhor foi um oceano de sofrimentos… Ele nunca
deixou de caminhar, nunca recuou… mas venceu todos os
obstáculos.
Devemos aprender a sofrer.
Desde crianças, os homens deveriam ser ensinados a sofrer.
Não se trata de um masoquismo desvairado, mas de uma
preparação necessária para que não nos amedrontemos perante
a dor que em qualquer momento nos pode assaltar. Uma criança
preservada das contrariedades na redoma familiar dos mimos e
das concessões acabará por converter-se num homem frágil e
vulnerável. Carecerá de defesas espirituais – de
“anticorpos” morais -; e os micróbios do desânimo e do
derrotismo poderão vir a derrubá-la em qualquer momento.
É mister aprender a enfrentar as
dificuldades, as contrariedades, a remar contra vento e
maré, a familiarizar-se pouco a pouco com o que custa, a não
deter-se diante de qualquer obstáculo… Que podemos pensar de
alguém que não cumpre um compromisso porque faz frio ou está
chovendo?
Fazer o que se deve, custe o que
custar. Isto nos leva ao encontro de outra matéria que se
cursa na escola da rijeza: o cumprimento do dever. Não nos
podemos contentar com o que somos, mas com o que devemos ser
(Dom Rafael Llano Cifuentes).
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9.ª
Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz:
“Sê firme e corajoso. Não temas e
não te apavores, porque o Senhor teu Deus está contigo por
onde quer que andes”.
Sejamos religiosos fortes e
corajosos.
O religioso forte não se queixa.
O lamuriento é um homem fraco; vai-se derretendo como
manteiga entre atitudes inconformistas e tristonhas, sempre
a choramingar. Poderíamos medir a fraqueza de determinado
indivíduo contando o número das suas queixas. Acostumar-se a
silenciar as dores. Se possível, substituir as lamentações
por sorrisos.
O religioso forte não é mole.
Os espaços que a moleza abre são ocupados pelo desleixo e
pela preguiça. Há pessoas que procuram continuamente evitar
o que é duro. E quantas há que sofrem mais por quererem
sofrer menos… Alguns dão a impressão de que só o fato de
viver já é para eles um fardo excessivo. E tremem como
gelatina.
O religioso forte é decidido, não deixa
para depois. Os adiamentos
algumas vezes são prudência; mas, quase sempre, covardia.
Sentimos medo de nos decidir.
Especialmente quando temos que tomar
essas decisões decisivas, que são as mais importantes.
O hábito da decisão, aliás, economiza
energias. Parece que, adiando os trabalhos mais custosos,
nos estamos poupando. Não é verdade. Muito pelo contrário.
Estamos aumentando o peso real desse trabalho com a carga
psicológica que traz a sua expectativa antipática… porque
não esquecemos do dever deixado para trás
(Dom Rafael Llano Cifuentes).
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10.ª Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz:
“Sê firme e corajoso. Não temas e
não te apavores, porque o Senhor teu Deus está contigo por
onde quer que andes”.
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e
das Dores de Nossa Senhora devem imitar o exemplo dos
mártires… homens que enfrentaram imperadores, reis,
prefeitos, índios, bárbaros e outros… e derramaram o sangue
por amor a Jesus Cristo. Foram queimados, esfolados,
lançados às feras, apedrejados, enforcados, decapitados,
apunhalados… mas não abandonaram a fé.
São milhares de santos que morreram
mártires… citarei apenas cinco exemplos:
1. Santo Estêvão.
Morreu apedrejado, como está em Atos
dos Apóstolos 7, 55-60. Homem forte, não se
intimidou diante das ameaças. Morreu por amor a Jesus
Cristo.
2.
São Lourenço. Sofreu o martírio em 258, não parava de
interceder por todos e encontrou no Espírito Santo força
para dizer no auge do sofrimento na grelha: “Vira-me que
já estou bem assado deste lado”. Morreu assado na grelha
e não negou a Jesus Cristo.
3. São Sebastião.
Defensor da verdade e apaixonado por Deus. O imperador, com
o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas
flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem
que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o
conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda
vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar
sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o
imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império.
Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288 foi
duramente martirizado.
4. São João de Brébeuf e companheiros.
No dia 16 de março de 1649, uma tribo, os iroqueses, invadiu
a missão. João foi amarrado num pau e tremendamente
torturado, tendo inclusive suas unhas arrancadas.
Impressionados com a coragem do missionário, os índios
arrancaram-lhe o coração a fim de comê-lo e herdar sua
força. Com João de Brébeuf foram martirizados seus sete
companheiros: Isac Jogues, Antônio Daniel, Carlos Garnier,
Gabriel Lalemant, João de la Lande, Natal Chabanel e Renato
Goupil.
5. São Tomás More.
Homem casado. Antes de ser executado, o santo disse à
multidão: “Morrerei como bom servidor do rei, mas,
sobretudo, como servo de Deus”. Foi decapitado no dia 6
de julho de 1535.
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11.ª Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz:
“Sê firme e corajoso. Não temas e
não te apavores, porque o Senhor teu Deus está contigo por
onde quer que andes”.
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e
das Dores de Nossa Senhora devem imitar o exemplo das
mártires… mulheres que enfrentaram imperadores, reis,
prefeitos, índios, bárbaros e outros… e derramaram o sangue
por amor a Jesus Cristo. Foram queimadas, esfoladas,
lançadas às feras, apedrejadas, enforcadas, decapitadas,
apunhaladas… mas não abandonaram a fé.
São milhares de santas que morreram
mártires… citarei apenas cinco exemplos:
1. Santa Luzia.
Luzia vendeu tudo, deu aos pobres e logo foi acusada
pelo jovem que a queria como esposa. Santa Luzia, não
querendo oferecer sacrifício aos deuses e nem quebrar o seu
santo voto, teve que enfrentar as autoridades perseguidoras
e até a decapitação em 303, para assim testemunhar com a
vida ou morte o que disse: “Adoro a um só Deus
verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade”.
2. Santa Águeda.
Entregaram-na a uma mulher tomada pelo pecado, uma velha
prostituta para pervertê-la, mas esta não conseguiu, pois o
reinado de Cristo se dava no coração de Águeda antes de
tudo. Então, novamente, como num gesto de falsa
misericórdia, perguntaram-lhe: “Então, o que você
escolheu Águeda, para a salvação?” “A minha salvação
é Cristo”, ela respondeu. Os santos passaram por muitas
dificuldades, mas, em tudo, demonstraram para nós que é
possível glorificar a Deus na alegria, na tristeza, na
saúde, na dor. Em 254 foi martirizada e se encontra na
eternidade, com seu esposo, Jesus Cristo, a interceder por
nós.
3. Santa Inês.
Santa Inês tinha cerca de 12 anos quando um pretendente se
aproximou dela; segundo a tradição, era filho do prefeito de
Roma e estava encantado pela beleza física de Inês. Mas sua
beleza principal é aquela que não passa: a comunhão com
Deus. De maneira secreta, ela tinha feito uma descoberta
vocacional, era chamada a ser uma das virgens consagradas do
Senhor; e fez este compromisso. O jovem não sabia e, diante
de tantas propostas, ela sempre dizia ‘não’. Até que ele
denunciou Inês para as autoridades, porque sob o império de
Diocleciano, era correr risco de vida. Quem renunciasse
Jesus ficava com a própria vida; caso contrário, se tornava
um mártir. Foi o que aconteceu com esta jovem de cerca de
12 anos. Auxiliada pelo Espírito Santo, com muita sabedoria, ela
permaneceu fiel ao seu voto e ao seu compromisso; até que as
autoridades, vendo que não podiam vencê-la, mandaram, então,
degolar a jovem cristã. Ela perdeu a cabeça, mas não o
coração, que ficou para sempre em Cristo.
4. Santas Perpétua e Felicidade.
Perpétua e Felicidade entraram alegremente no anfiteatro com
os três companheiros. Envolveram-nas numa rede e
entregaram-nas às arremetidas duma vaca furiosa. O povo
cansou-se depressa de ver torturar as duas jovens mães, uma
das quais ia perdendo o leite, e pediu que se acabasse com
aquele espetáculo. Abraçaram-se então pela última vez.
Felicidade recebeu o golpe de misericórdia impavidamente.
Perpétua caiu nas mãos dum gladiador desastrado que falhou o
golpe, “tendo-se visto ela própria na necessidade de
dirigir contra o pescoço a mão trêmula do gladiador
inexperiente”. Estes martírios deram-se na era de 203.
5. Santa Maria Goretti.
Santa Maria Goretti, certa vez, estava em casa e em oração,
por isso quando o jovem, que era de maior estatura e idade,
tentou novamente seduzi-la, Maria Goretti resistiu com mais
um grande não. A resposta de Alexandre foram 14 facadas,
enquanto da parte de Maria Goretti, percebemos a santidade,
na confidência à sua mãe: “Sim, o perdoo… Lá no céu,
rogarei para que ele se arrependa… Quero que ele esteja
junto comigo na glória eterna”. O martírio desta
adolescente, de apenas 12 anos, foi a causa da conversão do
jovem assassino, que depois de sair da cadeia esteve com as
400 mil pessoas na Praça de São Pedro, na ocasião da
canonização dessa santa, e ao lado da mãe dela, que o
perdoou também.
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12.ª Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz:
“Sê firme e corajoso. Não temas e
não te apavores, porque o Senhor teu Deus está contigo por
onde quer que andes”.
Deus quer que sejamos firmes, ousados,
valentes e fortes, principalmente quando formos
caluniados: “A calúnia é um dos
piores pecados contra o oitavo mandamento, porque combina um
pecado contra a verdade (mentir) com um pecado contra a
justiça (ferir o bom nome alheio) e a caridade (falhar no
amor devido ao próximo). A calúnia fere o próximo onde mais
dói: na sua reputação. Se roubamos dinheiro a um homem, este
pode irar-se ou entristecer-se, mas, normalmente, se refará
e ganhará mais dinheiro. Quando manchamos o seu bom nome,
roubamos-lhe algo que todo o trabalho do mundo não lhe
poderá devolver. É fácil ver, pois, que o pecado de calúnia
é mortal se com ele prejudicamos seriamente a honra do
próximo, ainda que seja na consideração de uma só pessoa e
mesmo que esse próximo não tenha notícia do mal que lhe
causamos”
(Pe. Leo J. Trese).
Milhares de leigos, também bispos,
sacerdotes, religiosos e religiosas,
caluniam pessoas inocentes e lutam com toda a garra para
“transformar” a calúnia em verdade… querem, a todo o
custo, obrigar o caluniado a se “inclinar” diante da calúnia
e a carregar esse terrível peso até na hora da morte.
Nós, Filhos da Paixão do Senhor, não
podemos aceitar isso. Ser devoto da Paixão do Senhor não
anula a justiça! Todos têm direito ao bom nome:
“Todos gozam de um
direito natural à honra do próprio nome, à sua reputação e
ao seu respeito. Dessa forma, a maledicência e a calúnia
ferem as virtudes da justiça e da caridade”
(Catecismo da Igreja Católica, 2479).
Milhares de sacerdotes, religiosos e
religiosas, abandonaram a vocação e muitos a própria Igreja
por causa da calúnia. Nós não podemos cometer tamanha
desgraça; mas sim, com o coração forte, valente e ousado,
devemos nos defender como fizemos ao escrever “Arrancando
Máscaras”. O Pe. Aluizo Lopes morreu de câncer… o Pe.
Luís Ilc foi surrado dentro de sua casa antes de fugir para
a Eslovênia… o Pe. Rodrigo Maria (Jean Rogers) abandonou o
sacerdócio depois de violentar mais de 11 religiosas da Arca
de Maria, como está na internet… outros perseguidores
abandonaram a vocação e estão morando amasiados… muitos
leigos, inclusive o carismático de Jaraguá-GO, Benedito
Hoffman Filho, hoje é pastor da Assembleia de Deus em
Goiânia… e muitos outros que citaremos num futuro muito
breve.
Muitas pessoas nos pediram para tirar o
“Arrancando Máscaras” do nosso site, mas não
aceitamos, não podemos mutilar nossa história. Tudo o que
está em “Arrancando Máscaras” está documentado, não é
invenção. Não podemos mutilar esse documentário para agradar
pessoas desonestas, covardes, caluniadoras, maledicentes,
invejosas e malignas.
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13.ª Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz:
“Sê firme e corajoso. Não temas e
não te apavores, porque o Senhor teu Deus está contigo por
onde quer que andes”.
Deus quer que sejamos fortes!
Muitas pessoas vivem como gelatinas e favo de mel. Devemos
confiar na misericórdia de Deus, sem tapar os olhos para a
justiça. Deus é misericordioso e justo. Não podemos nos
enganar pela falsa misericórdia pregada hoje em muitos
altares.
Devemos ter paciência com o pecador que
chora os seus pecados, mas firmes com o pecador que abusa do
amor de Deus para amontoar pecados e mais pecados.
Ai do cirurgião que se deixa comover pelos
gemidos do enfermo! Mas aí também dos que, forçados pelo seu
ofício a corrigir, têm temor de corrigir! Lembremo-nos de
Santo Ambrósio que não tremeu diante do Imperador Teodósio,
mas, detendo-o à porta da catedral de Milão, lhe disse:
“Assim não podeis entrar no templo
de Deus! Primeiro fazei penitência”. Lembremo-nos
do profeta Natã, que não se arreceou de entrar no palácio
real de Davi para lhe dizer: Você é esse homem!
Lembremo-nos de São João Batista, que perdeu a cabeça, mas
não hesitou em dizer ao adúltero monarca:
Não é lícito!
Hoje, infelizmente, muitos sacerdotes
ficam calados diante de mulheres seminuas dentro da igreja e
na fila da Comunhão… com os olhos fixos no dízimo e na
oferta… os fracos e covardes aceitam tudo, dizendo que é
preciso amar o próximo. Isso é amor? Não, isso é ser cão
mudo (Is 56, 10).
Muitos bispos, sacerdotes e religiosos
não buscam a glória de Deus; mas sim, o aplauso do
povo. São Covardes e fracos! Não estamos aqui na
terra para agradar as pessoas no erro:
“É porventura o favor
dos homens que agora eu busco, ou o favor de Deus? Ou
procuro agradar aos homens? Se eu quisesse ainda agradar aos
homens, não seria servo de Cristo” (Gl 1,
10).
Sejamos fortes!
Busquemos agradar sempre a Deus que nos
chamou para a luta e luta contínua.
Aquele que agrada o mundo recebe o aplauso vazio do mundo!
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14.ª Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz:
“Sê firme e corajoso. Não temas e
não te apavores, porque o Senhor teu Deus está contigo por
onde quer que andes”.
Não podemos deixar de pregar a Santa
Doutrina Católica com medo de desagradar as pessoas. Deus
quer que sejamos fortes em tudo, principalmente quando
formos perseguidos e criticados por causa da Santa Doutrina
Católica: “A verdade gera o ódio”
(Santo Agostinho), e:
“A verdade tem poucos amigos”
(Idem.).
Os inimigos da Santa Igreja:
Protestantismo, Espiritismo, Budismo, Islamismo, Satanismo e
outros, estão crescendo porque milhões de católicos são
covardes e vivem de braços cruzados… vivendo no rodapé, como
baratas, e em cantos escuros, como morcegos… com medo de
pregar a verdade… e assim os inimigos vão se agigantando e
sufocando a verdade, como escreve Leão XIII:
“Recuar diante do
inimigo, ou calar-se, quando de toda parte se ergue tanto
alarido contra a verdade, é próprio de homem covarde ou de
quem vacila no fundamento de sua crença. Qualquer destas
coisas é vergonhosa em si; é injuriosa a Deus; é
incompatível com a salvação tanto dos indivíduos como da
sociedade e só é vantajosa aos inimigos da fé” (Leão
XIII, Sapientiae Christianae, 18).
Hoje, infelizmente, estão formando
sacerdotes inimigos da verdade e amigos de danças,
bebedeiras e muita bagunça. Dançam no altar e promovem
festas com bagunça.
São João XXIII cita, tudo indica, São João Crisóstomo: “Cristo – dizia um
grande Padre da Igreja – deixou-nos na terra a fim de que
nos tornássemos faróis que iluminam, doutores que ensinam; a
fim de que cumpríssemos o nosso dever de fermento; a fim de
que nos comportássemos como anjos, como anunciadores entre
os homens; a fim de que fôssemos adultos entre os menores,
homens espirituais entre os carnais a fim de os ganharmos, a
fim de que fôssemos semente e déssemos frutos numerosos. Nem
sequer seria necessário expor a doutrina se a nossa vida
fosse irradiante a esse ponto; não seria necessário recorrer
às palavras, se as nossas obras dessem um tal testemunho.
Não haveria mais nenhum pagão, se nos comportássemos como
verdadeiros cristãos” (Princeps
Pastorum).
Devemos ser fortes para lutarmos
contra milhões de pessoas que se dizem católicas, mas são
terríveis inimigas e perseguidoras da Santa
Igreja. Existem muitos defuntos dentro da Santa Igreja…
foram batizados, mas vivem com o demônio na alma, como
escreve São Pio X: “Membros
mortos da Igreja são os fiéis que estão em pecado mortal”.
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15.ª Reflexão |
No Livro de Josué 1, 9 diz:
“Sê firme e corajoso. Não temas e
não te apavores, porque o Senhor teu Deus está contigo por
onde quer que andes”.
A realização do bem requer fortaleza,
quer dizer, capacidade de nos exigirmos, de vencer o horror
ao sofrimento, ao trabalho, ao esforço. Nada sério se pode
fazer nesta vida se não custa.
O mundo está feito de tal maneira que tudo o que tem valor
custa. Se queremos fazer alguma coisa, teremos de vencer a
resistência do próprio corpo a mover-se, a resistência das
coisas a ser movidas, e também – muitas vezes – a
resistência de outras pessoas, a quem incomoda e desgosta o
nosso movimento.
A fortaleza é uma das melhores
qualidades da personalidade humana e torna os homens
valiosos. Era uma das
virtudes que mais celebrava a antiguidade clássica, porque
está na base de todos os comportamentos heroicos. É que a
fortaleza necessita de uma móbil grande. É preciso um
grande ânimo para empreender o que se torna custoso, e a
consideração dos motivos permite que se mantenha um
comportamento heroico.
A fortaleza dá ao cristão a têmpera de
soldado que é necessário para pelejar nessa batalha por
Deus, que, sobretudo, se dirige contra o pior de si mesmo. E
é imprescindível para poder levar para frente as obras de
serviço que se querem fazer por Deus
(Pe. Juan Luis Lorda).
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Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
29 de junho de 2020
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escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP(C).
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Os Filhos
e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria
Santíssima devem ser fortes, valentes e inabaláveis diante das
provações, dificuldades e obstáculos”
www.filhosdapaixao.org.br/escritos/colecoes/reflexoes/018_reflexoes_julho_2020.htm
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