31 de julho de 2020
OS FILHOS E FILHAS DA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS
CRISTO E DAS DORES DE MARIA SANTÍSSIMA DEVEM FAZER UMA RIGOROSA
SELEÇÃO PARA RECEBER OS CANDIDATOS E CANDIDATAS
1.ª Reflexão |
No Evangelho de São
Mateus 10, 1 diz: “Chamou os doze
discípulos…”
Em Mc 3, 13 diz:
“Depois subiu à montanha, e chamou a
si os que ele queria…”
“Chamou a
si os que ele queria”:
Deus quer ensinar-nos que a vocação é uma iniciativa
divina. Isto é particularmente aplicável à vocação dos
Apóstolos. Por isso pôde Jesus dizer-lhes mais tarde:
“Não fostes vós que me escolhestes a
mim, mas eu vos escolhi a vós” (Jo 15, 16).
Aqueles que iam ter poder e autoridade dentro da Igreja, não
obteriam esses poderes em virtude de um oferecimento
pessoal, aceito depois por Jesus, mas ao contrário:
“Pois não por própria iniciativa e
preparação, mas pela graça divina, seriam chamados ao
apostolado”
(São Beda, In Marci Evangelium expositivo).
Está claro que a
vocação é um chamado de Deus, não um oferecimento
pessoal, seja rapaz ou moça.
Hoje, infelizmente,
centenas de Institutos e Seminários escancararam as portas,
por causa da crise vocacional, para qualquer pessoa
entrar… sem nenhuma seleção ou exigência. O
prejuízo é estarrecedor, assombroso e espantoso!
Santo Afonso Maria de
Ligório diz: “Corre grande risco
de
se condenar ao inferno quem se ordena padre sem vocação”
(A prática do amor a Jesus Cristo).
É preciso selecionar,
com rigor, os candidatos e candidatas à vida religiosa.
Estão “explodindo” milhares de escândalos dentro da Santa
Igreja por causa dessa abertura para qualquer pessoa… sem
nenhuma seleção… ou seleção frouxa.
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2.ª
Reflexão |
No Evangelho de São
Mateus 10, 1 diz: “Chamou os doze
discípulos…”
É errado abrir as
portas dos Conventos e Seminários para qualquer pessoa,
principalmente as efeminadas e insinceras… preguiçosas e que
fogem da oração.
Pio XII na Encíclica “Menti Nostrae”, 78 escreve:
“Carece, porém, examinar sempre
diligentemente cada um dos aspirantes ao sacerdócio, para
ver-se com que intenções e por que causas tenham tomado
semelhante resolução”.
Muitas pessoas não buscam
a vida religiosa para servir a Cristo Jesus e se consumir
pelo bem das almas; mas sim, para viverem na mordomia,
comodismo e vida fácil.
Esse exame sobre cada
candidato e candidata deve ser rigoroso.
Santo Afonso Maria de
Ligório diz que o bispo que ordena um rapaz sem vocação
comete pecado mortal: “…
quando falta experiência de boa conduta de vida, não só peca
gravemente quem se ordena, mas também o bispo que o promove
às ordens sem a comprovação devida, sem a certeza moral da
idoneidade do ordenado”
(A prática do amor a Jesus Cristo).
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3.ª
Reflexão |
No Evangelho de São
Mateus 10, 1 diz: “Chamou os doze
discípulos…”
Muitos Institutos e
Seminários não obedecem as orientações da Santa Igreja
Católica sobre a seleção das vocações, e recebem
qualquer candidato: “De modo
especial, quando se trata de rapazinhos, é preciso
investigar se eles se acham dotados dos necessários dotes
morais e físicos, e se aspiram ao sacerdócio unicamente
levados pela sua sublimidade e pela utilidade espiritual
própria e alheia”
(Pio XII na Encíclica “Menti Nostrae”, 78).
É muito perigoso
“amontoar” pessoas imprestáveis numa casa
religiosa. Vale mais uma vocação verdadeira do que mil
pessoas interesseiras e aproveitadoras. Devemos obedecer
rigorosamente o que a Santa Igreja exige em relação à
seleção dos candidatos e candidatas. O que se pode fazer
com pessoas apáticas, preguiçosas e pilantras? Nada de
bom! Muitos superiores estão atrás de número, não de
qualidade.
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4.ª
Reflexão |
No Evangelho de São
Mateus 10, 1 diz: “Chamou os doze
discípulos…”
A Igreja Católica
Apostólica Romana exige que a seleção para a vida religiosa
seja rigorosa com todos os candidatos:
“Esta seleção cuidadosa e prudente
se desenvolva sempre e em toda parte; não somente entre os
jovens que já estão no Seminário, mas também entre aqueles
que completam seus estudos alhures, e de modo particular
entre aqueles que prestam a sua colaboração nas várias
atividades do apostolado católico. Estes, mesmo que atinjam
o sacerdócio em idade avançada, são frequentemente
possuidores de maiores e mais sólidas virtudes, estando já
experimentados e tendo fortalecido o seu espírito no contato
com as dificuldades da vida e havendo já colaborado num
campo adentro das finalidades da ação sacerdotal”
(Pio XII na Encíclica “Menti Nostrae”, 77).
Receber jovens sem um
diálogo sério pode tornar-se uma armadilha para os
Institutos e Seminários.
Muitos entram com a intenção de bagunçar as
comunidades.
O nosso Instituto deve
seguir rigorosamente as exigências da Santa Igreja. Não
podemos olhar o número; mas sim, a qualidade dos candidatos
e candidatas.
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5.ª
Reflexão |
No Evangelho de São
Mateus 10, 1 diz: “Chamou os doze
discípulos…”
Pio XI escreve:
“Para essa seleção colaborem,
segundo as suas forças, todos quantos estão encarregados da
formação do clero. Os Superiores, o Diretor Espiritual e os
Confessores…”
(Encíclica “Ad Catholici Sacerdotii, 105).
Está claro que ninguém
pode se esquivar, fazer “vistas grossas”, fugir…
dessa seleção dos candidatos. A Igreja Católica quer que
todos, sem exceção, colaborem com seriedade para receber
somente os candidatos idôneos à vida religiosa.
São João Bosco dizia que
“um tomate podre pode apodrecer
toda a caixa”. O santo tinha toda razão em dizer
isso, porque um vocacionado aceito sem as condições exigidas
pela Santa Igreja pode desgraçar uma comunidade com
terríveis escândalos. É melhor poucos e bons, do que
muitos e maus. O exército de Gedeão tinha 32.000
soldados… depois da provação restaram somente 300… e
venceram a batalha (Juízes 7, 1-8).
É preciso usar do
“pente fino” e da “peneira fina” para selecionar
os candidatos e candidatas. Amontoar pessoas
imprestáveis, parasitas, sanguessugas, apáticas, preguiçosas
e aproveitadoras não resolve absolutamente nada na vida
religiosa.
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6.ª
Reflexão |
No Evangelho de São
Mateus 10, 1 diz: “Chamou os doze
discípulos…”
A escassez das vocações
não pode levar os superiores e superioras de conventos…
bispos… e outros a receberem candidatos e candidatas sem um
exame rigoroso. Hoje, infelizmente, estão recebendo
pessoas abertamente efeminadas, descontroladas,
desequilibradas… nas casas religiosas. Tornam-se,
vergonhosamente, mensageiros e mensageiras de escândalos.
Devemos rezar pedindo a
Deus muitas e santas vocações… porque Ele é o Senhor da
messe: “A solução para a escassez
não se pode encontrar em meros estratagemas pragmáticos;
deve-se evitar que os bispos, levados por compreensíveis
preocupações funcionais devido à falta de clero, acabem por
não realizar um adequado discernimento vocacional, admitindo
à formação específica e à ordenação candidatos que não
possuam as características necessárias para o serviço
sacerdotal. Um clero insuficientemente formado e admitido à
ordenação sem o necessário discernimento, dificilmente
poderá oferecer um testemunho capaz de suscitar noutros o
desejo de generosa correspondência à vocação de Cristo. Na
realidade, a pastoral vocacional deve empenhar a comunidade
cristã em todos os seus âmbitos” (Bento
XVI, Sacramentum caritatis, n.25; São João Paulo II,
Pastores Dabo vobis, n. 41).
Muitas casas
religiosas se transformaram em restaurantes e lugares de
repouso para candidatos e candidatas parasitas,
sanguessugas, preguiçosos e aproveitadores. Amigos e amigas
da mesa, da cama, do carro novo…
mas não da cruz, da renúncia e do sacrifício.
Muitos rapazes e moças
são tratados como bonecas em muitos Institutos e
Seminários… querem segurar as vocações usando pó de arroz
e cashmere bouquet. Jesus Cristo ensina totalmente o
contrário: “Se alguém quer vir
após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”
(Mt 16, 24).
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7.ª
Reflexão |
No Evangelho de São
Mateus 10, 1 diz: “Chamou os doze
discípulos…”
Os superiores e
superioras devem agir com sinceridade na seleção dos
candidatos e candidatas à vida religiosa:
“E, posto que seja melhor que esta
eliminação se faça não demasiado tarde, porque nestas coisas
a dilação costuma induzir em erros e acarretar prejuízos,
contudo, fosse qual fosse a causa da demora, logo que se
descobrir claramente o erro, sem sombra de respeito humano é
mister dar-lhe remédio. Aos que têm obrigação de deliberar e
julgar o caso, não os mova uma falsa compaixão, que viria a
ser um crime não somente para com a Igreja, a quem se daria
um ministro inepto ou indigno, senão também para com o mesmo
jovem que, fora do seu verdadeiro caminho, com sumo perigo
de sua eterna salvação, se veria exposto a ser pedra de
escândalo para si e para os outros”
(Pio XI, Encíclica “Ad Catholici Sacerdotii, 106).
Por causa dessa falsa
compaixão, centenas de padres, bispos e freiras estão
dando escândalos.
É preciso selecionar com
rigor. Deus não deixará faltar vocações necessárias para
salvar as almas.
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8.ª
Reflexão |
No Evangelho de São
Mateus 10, 1 diz: “Chamou os doze
discípulos…”
É muito perigoso abrir as
portas de uma casa religiosa para qualquer pessoa, seja
rapaz ou moça. É preciso selecionar com rigor cada
pessoa sem compaixão… sem fazer vistas grossas… sem medo de
interrogar. Aquele que entra na vida religiosa com
facilidade sairá com facilidade. É preciso afastar com
urgência os nãos idôneos do seminário:
“Os indivíduos reconhecidos física e
psiquicamente ou moralmente incapazes devem imediatamente
ser afastados do caminho do sacerdócio: trata-se dum dever
grave que incumbe aos educadores” (São
Paulo VI, Encíclica “Sacerdotalis Caelibatus”, 64).
Não somente os candidatos
devem ser afastados imediatamente da casa de formação, mas
também as candidatas. Uma moça sem vocação pode atrapalhar
imensamente o progresso de uma comunidade… pode tornar-se um
veneno mortal para as verdadeiras vocações, como já
aconteceu em muitas casas de formação. Vale mais uma
religiosa santa do que centenas de religiosas medíocres,
preguiçosas, apáticas e traidoras.
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9.ª
Reflexão |
No Evangelho de São
Mateus 10, 1 diz: “Chamou os doze
discípulos…”
O que devemos fazer
diante da crise vocacional? O que fazer diante da escassez
das vocações? Se desesperar? Não! Abrir as portas para
qualquer pessoa desequilibrada e misteriosa? Não! Aceitar
preguiçosos, parasitas e arruaceiros? Não! Acolher pessoas
efeminadas, viciadas e más? Não! Devemos, com serenidade e
confiança em Deus, implorar muitas e santas vocações… com
muita oração, penitência e principalmente com o bom exemplo.
Rezar, fazer sacrifício e trabalhar pelas vocações… sem nos
desesperar.
Os que forem
recebidos, devem aprender que não estão num parque de
diversão, nem na praia… nem numa casa de campo:
“Os jovens devem adquirir a
convicção de que o caminho que empreendem é difícil e não
poderão percorrê-lo sem peculiar ascese, própria dos
aspirantes ao sacerdócio e mais rigoroso que aquele a que
são obrigados todos os restantes fiéis”
(São Paulo VI, Encíclica “Sacerdotalis Caelibatus”,
70).
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10.ª Reflexão |
No Evangelho de São
Mateus 10, 1 diz: “Chamou os doze
discípulos…”
A seleção deve ser
prudente, rigorosa e sem compaixão.
Receber pessoas problemáticas, efeminadas e
preguiçosas em conventos e seminários é muito
perigoso… cedo ou tarde o escândalo “explodirá” e os
inimigos da Santa Igreja a atacarão de todos os lados.
Essa seleção deve ser
feita por religiosos preparados e prudentes. Não deve
aceitar pessoas com segundas intenções nas comunidades.
A vocação verdadeira é
uma graça para o Instituto; enquanto que a vocação falsa
é uma desgraça para o mesmo.
Imploremos a Deus e à
Virgem Maria, Mãe da Igreja, que enviem muitas e santas
vocações para o nosso Instituto… e não nos iludamos com
certas pessoas aventureiras, turistas e parasitas.
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Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
31 de julho de 2020
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escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP(C).
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Os Filhos
e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria
Santíssima devem fazer uma rigorosa seleção para receber os candidatos e
candidatas”
www.filhosdapaixao.org.br/escritos/colecoes/reflexoes/019_reflexoes_agosto_2020.htm
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