Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

30 de janeiro de 2021

 

OS FILHOS E FILHAS DA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E DAS DORES DE MARIA SANTÍSSIMA DEVEM REZAR E FAZER SACRIFÍCIOS PEDINDO A DEUS, A MARIA SANTÍSSIMA E AOS ANJOS E SANTOS MUITAS E SANTAS VOCAÇÕES PARA O NOSSO INSTITUTO.

 

 

1.ª Reflexão

 

Em Mt 9, 38  diz: “Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para a sua colheita”.

 

Terrível verdade: A grande fuga dos mosteiros e conventos: cai o número de religiosos e religiosas. A fuga é silenciosa, constante e implacável. A queda numérica não oferece trégua e, ano após ano, obriga a Congregação dos Religiosos – uma espécie de ministério responsável pelas ordens no mundo – a compilar estatísticas negativas, sintetizando um declínio imparável.

 

 

2.ª Reflexão

 

Em Mt 9, 38  diz: “Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para a sua colheita”.

 

As irmãs são aquelas que, em uma década, experimentaram a queda mais consistente, passando de 800 mil no ano 2000 para 693 mil em 2013. O Papa Francisco ao receber um grupo de religiosos, definiu o fenômeno como uma verdadeira “hemorragia”. É difícil dizer que ele está errado.

Os sinais do crepúsculo do mundo religioso, masculino e feminino, são facilmente identificáveis até mesmo nas notícias. Na Bélgica, assim como na Holanda ou na França, muitos institutos religiosos, por falta de vocações, são forçados a fechar casas, vender propriedades, fundir-se com outras comunidades, a fim de sobreviver. Muitos institutos religiosos, para não morrerem, dada a queda das vocações e a elevada idade das freiras restantes, facilitam a entrada de jovens estrangeiras, indo recrutá-las em vilarejos remotos nas Filipinas ou em diversos países africanos.

 

 

3.ª Reflexão

 

Em Mt 9, 38  diz: “Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para a sua colheita”.

 

O problema enfrentado pelo mundo religioso não é brincadeira. Ao declínio fisiológico, deve-se acrescentar também o fenômeno daqueles que, sendo monges ou freiras, abandonam os votos perpétuos para fazer outras experiências de vida, talvez para se casar, ou simplesmente para se afastar de um ambiente incapaz de satisfazer plenamente as expectativas.

De fato, no ano passado (2017), mais de 3.000 deixaram a vida consagrada. Um balanço muito pesado e alarmante. Dom José Rodríguez Carballo, secretário da Congregação para os Religiosos, em cinco anos, autorizou 11.805 dispensas: certificados de indultos para deixar o instituto, decretos de demissão, secularizações ad experimentum, secularizações para serem incardinados em uma diocese. Com uma média anual de 2.361 dispensas.

A essa “hemorragia”, soma-se outra, desta vez contabilizada pela Congregação para o Clero (da qual dependem os sacerdotes diocesanos). Foram autorizadas por ela 1.188 dispensas.

Somando os dados, deixaram a vida religiosa 13.123 religiosos homens e mulheres, com uma média anual de 2.626: “Os números não são tudo, mas seria ingênuo não levá-los em conta”.

 

 

4.ª Reflexão

 

Em Mt 9, 38  diz: “Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para a sua colheita”.

 

As razões dessa derrota são múltiplas.

Dom José Rodríguez Carballo, franciscano, tenta dar uma resposta: “Vivemos o tempo do zapping: isso significa não assumir compromissos de longo prazo, passar de uma experiência para outra, sem fazer nenhuma experiência de vida. Em um mundo onde tudo é facilitado, não há lugar para o sacrifício, nem para a renúncia, nem para outros valores. Ao contrário, a escolha vocacional exige ir contra a corrente”.

 

 

5.ª Reflexão

 

Em Mt 9, 38  diz: “Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para a sua colheita”.

 

A Igreja Católica Apostólica Romana perde anualmente cerca de 2 mil religiosos, homens e mulheres, em todos os continentes, sobretudo na Europa, revelou o cardeal brasileiro Dom João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. A declaração foi dada num encontro com mil freiras, padres, irmãos e leigos, na Catedral de São Paulo, na Praça da Sé, região central de São Paulo. No comando de aproximadamente 1,5 milhão de religiosos, pertencentes a quase 3 mil congregações e comunidades de consagrados, o cardeal faz uma revolução no Vaticano para atrair novas vocações.

Ex-arcebispo de Brasília, Dom João foi nomeado prefeito por Bento XVI em 2011 e confirmado pelo papa Francisco em 2013.

 

 

6.ª Reflexão

 

Em Mt 9, 38  diz: “Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para a sua colheita”.

 

“A idade média das freiras na Europa é de 85 anos, o que significa que essas idosas vão morrer em breve sem que apareçam outras para ocupar seu lugar”, disse Dom João ao jornal O Estado de São Paulo, antes da palestra na Sé.

Novas vocações só têm surgido, em maior proporção, na África e na Ásia, onde o catolicismo tem prosperado: “Vietnã e Coreia do Sul têm, cada um, 10% de católicos em suas populações”, informou o cardeal.

Para o prefeito da congregação romana responsável pelos cristãos de vida consagrada, é urgente recriar ou rever a vida comunitária nos conventos, para restabelecer a convivência em ambiente de compreensão e caridade entre seus membros: “Sei de casos de religiosos que deixaram suas comunidades e querem voltar, mas desistem porque não encontram nelas a vida em família”, disse Dom João.

 

 

7.ª Reflexão

 

Em Mt 9, 38  diz: “Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para a sua colheita”.

 

Dom João revelou que recebeu o pedido de dispensa de uma freira de 80 anos, ex-superiora provincial de sua congregação, que deixou o convento porque, conforme alegou, queria realizar seu ideal de maternidade. Ela saiu e adotou um bebê de três meses.

Outro problema sério para a vida religiosa é o da autoridade, ligada ao voto de obediência: “Há muitas autoridades (ou superiores de comunidades) que são opressoras”, afirmou o cardeal. Ele citou o exemplo de uma superiora-geral que ocupa o cargo há 35 anos e não abre mão dele, com graves consequências para suas subordinadas: “Há casos de superioras que mudam as regras da constituição da congregação para morrerem superioras”, lamentou.

A obediência é necessária, disse Dom João aos religiosos e leigos de vida consagrada, mas deve ser exercida entre irmãos: “Superiores que não aceitam conselhos não prestam”, advertiu.

O bom entendimento, no exercício da autoridade, deve se estender aos mais jovens, aos quais se deve dar responsabilidade e poder: “Que o jovem não tenha medo de ir se aprofundando na vida comunitária, no período de formação”.

 

 

8.ª Reflexão

 

Em Mt 9, 38  diz: “Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para a sua colheita”.

 

Dom João de Aviz advertiu também para o perigo do dinheiro que algumas ordens e congregações religiosas acumulam, apesar de seus membros fazerem voto de pobreza: “As instituições religiosas detêm 52% do patrimônio do Banco do Vaticano (IOR ou Instituto para as Obras de Religião), dinheiro não está faltando”, disse.

Como exemplo, ele citou, sem revelar o nome, o caso de uma congregação que, embora com voto de pobreza, tem 30 milhões de euros no banco.

O cardeal foi muito aplaudido pelos religiosos e leigos consagrados, depois de uma hora e meia de palestra.

 

 

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

30 de janeiro de 2021

 

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Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Os Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima devem rezar e fazer sacrifícios pedindo a Deus, a Maria Santíssima e aos anjos e santos muitas e santas vocações para o nosso Instituto”

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