TRIBUNAL DE DEUS
(Rm 14, 10)

 

"Pois todos nós compareceremos ao tribunal de Deus".

 

 

 

O Juízo Particular se realiza imediatamente depois da morte: "E como é um fato que os homens devem morrer uma só vez, depois do que vem um julgamento" (Hb 9, 27). Em outro lugar ensina São Paulo: "É necessário que todos nós compareceremos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que é devido ao corpo segundo fez o bem ou o mal" (2 Cor 5, 10).

Cristo do alto da Cruz, voltando sua divina face e fazendo uso de seu poder de juiz universal, disse ao ladrão que ia morrer: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23, 43).

Por essas palavras da Bíblia se vê que a doutrina da reencarnação, que os espíritas admitem, é errada.

Depois da morte não existe a reencarnação, isto é, a alma nossa não vai se unir com outro corpo para viver novamente e assim pagar os nossos pecados.

Depois da morte, e só morreremos uma vez, nós seremos julgados: "Seremos chamados perante o nosso Juiz e Senhor a dar conta da administração dos bens que nos confiou: Dá-me conta da tua administração, pois já não poderás mais administrar.

Jovem, que dissipaste os bens da saúde no vício e passa-tempos, dá conta!

Jornalista, literato, que brandiste a espada da pena e com ela assaltaste os bens da inteligência e do coração, dá conta!

Negociante que juntaste tanta riqueza em dúbios e injustos negócios, dá conta!

Dá conta, rico opulento que tão mal administraste os bens que te confiei!

Dai conta, vós todos, pois já não sereis meus administradores!" (Frei Mateus Maria do Souto).

Há, portanto, uma única oportunidade para conquistarmos o céu e é aproveitar bem desta vida, que estamos vivendo agora, para fazer o bem e seguir a vontade de Cristo.

A reencarnação é, portanto, um erro e um engano e, por isso mesmo, não pode ser doutrina de Deus e sim do demônio, que nos quer enganar, para que deixemos para mais tarde o cuidado da nossa salvação.

De acordo com a Sagrada Escritura, a Igreja Católica ensina como dogma de fé o imediato julgamento depois da morte. A alma, ao morrermos, conhecerá sua situação favorável ou desfavorável, do prêmio eterno no céu ou no castigo para sempre no inferno.

Quando as pessoas que circundam o agonizante disserem: "Está morto", naquele mesmo momento a alma está julgada.

Os homens preparam as honras para o corpo, mortalha, flores, caixão, sepultura. Deus se encarrega da alma: "O Juiz é Deus. Ninguém tem dúvidas acerca deste ponto. Deve-se apenas esclarecer que o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o poder de julgar (Jo 5, 22), porque o Filho de Deus é também Filho do Homem, e porque a fé em Cristo é a regra pela qual se realizará esse Juízo: Tanto amou Deus o mundo, que lhe deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3, 16). Quem crê em Cristo, Filho de Deus, e aceita os seus ensinamentos, esforçando-se por praticá-los durante a vida e lutando por ser fiel, não corre o risco de condenar-se. É uma delicadeza de Deus Pai dar-nos como Juiz o próprio Jesus, que é Homem e conhece a nossa fraqueza" (Monge Edouard Clerc), e: "Consideremos o comparecimento do réu, a acusação, o exame e a sentença deste juízo. Primeiramente, quanto ao comparecimento da alma perante o juiz, dizem comumente os teólogos que o juízo particular se efetua no mesmo instante em que o homem expira, que no próprio lugar onde a alma se separa do corpo é julgada por Nosso Senhor Jesus Cristo, o qual não delega seu poder, mas vem ele mesmo julgar esta causa. 'Na hora que não cuidais, virá o Filho do homem'(Lc 12,40). 'Virá com amor para os fiéis - disse Santo Agostinho - e com terror para os ímpios'. Qual não será o espanto daquele que, vendo pela primeira vez o seu Redentor, vir também a indignação divina! 'Quem poderá subsistir ante a face de sua indignação?' (Na 1,6). Meditando nisto, o Padre Luís de la Puente estremecia de tal modo, que a cela em que se achava tremia com ele. O venerável Padre Juvenal Ancina se converteu ao ouvir cantar o Dies irae, porque, considerando o terror que se apodera da alma quando se apresentar em juízo, resolveu deixar o mundo, o que efetivamente fez. A indignação do juiz será prenúncio de eterna condenação (Pr 16,14); e fará sofrer mais as almas que as próprias penas do inferno, segundo afirma São Bernardo.

Têm-se visto criminosos banhados em copioso suor frio na presença dos juízes terrestres. Pison, em traje de réu, comparecendo no senado, sentiu tamanha confusão e vergonha, que ali mesmo se deu a morte. Que aflição profunda sente um filho ou um bom vassalo quando vê seu pai ou seu amo gravemente indignado! Mágoa muito maior sentirá a alma quando vir indignado a Jesus Cristo, a quem desprezou! (Jo 19, 37). Irritado e implacável, então, se lhe apresentará esse Cordeiro divino, que foi no mundo tão paciente e amoroso, e a alma, sem esperança, clamará aos montes que caiam sobre ela e a ocultem à indignação de Deus (Ap 6,16). Falando do juízo, disse São Lucas: 'Então verão o Filho do homem' (Lc 21,27). Ver o seu juiz em forma humana aumentará a dor dos pecadores; porque a presença daquele Homem, que morreu para salvá-los, lhes recordará vivamente a ingratidão com que o ofenderam.

Depois da gloriosa Ascensão do Senhor, os anjos disseram aos discípulos: 'Este Jesus que, separando-se de vós, foi arrebatado ao céu, virá do mesmo modo que o vistes ir para o céu' (At 1,11). Virá, pois, o Salvador a julgar-nos, ostentando aquelas mesmas chagas sagradas que tinha quando deixou a terra. 'Grande alegria para os que contemplam, grande temor para os que esperam' - Exclama Ruperto. Essas benditas chagas consolarão os justos e infundirão terror aos pecadores. Quando José disse a seus irmãos: 'Eu sou José, a quem vendestes', ficaram eles - diz a Escritura - sem fala e imóveis de terror (Gn 45,3). Que responderá o pecador a Jesus Cristo? Acaso, terá coragem de lhe pedir misericórdia, quando antes dera prova do muito que desprezou essa mesma clemência?" (Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a Morte, Consideração XXIV,  Ponto I).

Não estarão presentes neste juízo nem anjos nem demônios, nem advogados, nem acusadores, ficarão a sós Deus e a alma. A própria consciência será apenas testemunha. A alma comparece diante do juiz divino que conhece toda a sua vida. Viu todos os seus passos errados, anotou suas virtudes e o reto procedimento e lhe dará o que merece: "A matéria desse Juízo serão as nossas ações, as nossas obras, na medida em que as ações humanas são resultado do que pensamos e queremos. Vós dais a cada um segundo as suas obras (Sl 61, 13). Os nossos atos são bons ou maus, nunca indiferentes, isto é, nunca destituídos de valor moral. Ou se faz o bem ou se faz o mal. Dizer: 'Nunca fiz nada de mau', ou: 'Não mato nem roubo', constitui sem dúvida uma tentativa de nos tranquilizarmos, mas a desculpa é demasiado esfarrapada, porque ninguém é capaz de fazer unicamente atos bons. Por acaso não existem os pecados de omissão? Não assistir à Missa em dia santo sem motivo justificado, por exemplo, é uma falta grave. Por conseguinte, dizer-se 'católico não-praticante' equivale na verdade a confessar que se está em estado de pecado, e será necessário prestar contas disso no dia do Juízo. O Juízo versará também sobre o modo como se correspondeu às graças recebidas de Deus, e como se utilizaram os seus dons para amar o Senhor e fazer bem ao próximo. Cristo disse-o claramente na parábola dos talentos: os que fizeram frutificar a soma recebida foram recompensados, e o que nada fez com o dinheiro foi castigado: A esse servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes (cf. Mt 25, 14-30). A nós, também nos serão pedidas contas do que tivermos feito com os dons divinos. E o que é que Deus nos deu? Ora, absolutamente tudo: a vida natural e a vida sobrenatural pelo Batismo, e tudo aquilo que elas implicam. O tempo da nossa vida, as qualidades pessoais, as próprias coisas materiais e até o dinheiro de que necessitamos são dons de Deus" (Idem), e: "Considera a acusação e o exame: 'Começou o juízo e os livros foram abertos' (Dn 7,10). Haverá dois livros: o Evangelho e a consciência. Naquele, ler-se-á o que o réu devia fazer; nesta, o que fez. Na balança da divina justiça não se pesarão as riquezas, nem as dignidades e a nobreza das pessoas, mas somente suas obras. 'Foste pesado na balança - diz Daniel ao rei Baltasar - e achado demasiadamente leve' (Dn 5,27). Quer dizer, segundo o comentário do Padre Álvares, que 'não foram postos na balança o ouro e as riquezas, mas unicamente a pessoa do rei'... Até de cada olhar tens que dar conta, exclama Santo Anselmo. Assim como se purifica e aquilata o ouro, separando-o das escórias, assim se aquilatarão e examinarão as confissões, comunhões e outras boas obras (Ml 3,3). 'Quando tomar o tempo, julgarei as justiças'. Em suma, diz São Pedro que no juízo até o justo a custo será salvo (1Pd 4,18). Se se deve dar conta de toda palavra ociosa, que contas se darão de tantos maus pensamentos voluntários, de tantas palavras impuras? Especialmente falando dos escândalos, que lhe roubam inúmeras almas, diz o Senhor: 'Eu lhes sairei ao encontro como uma ursa a quem roubaram os seus cachorros' (Os 13, 8). E, finalmente, referindo-se às ações do réu, dirá o Supremo Juiz: 'Dei-lhe o fruto de suas mãos', quer dizer, paguei-lhe conforme suas obras (Pr 31, 31)" (Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a Morte, Consideração XXIV,  Ponto II).

Uma luz poderosa iluminará a alma e a obrigará a ver-se como é. Rapidamente se passará o filme de toda uma vida; pecados da infância e da juventude, vitórias na pureza e as grandes e vergonhosas quedas, o bem que se fez a custo de esforços e de oração e os pecados em que se enveredou a alma afastando-se de Deus.

A própria consciência conhecerá a sentença do prêmio e do castigo que lhe dará o divino Juiz, e ela reconhecerá o que exatamente merece: "Quando o Juiz vier, exigirá de cada um de nós tanto quanto nos deu" (São Gregório Magno, Hom. 9 sobre os Evangelhos), e: "Virão prestar declaração umas testemunhas infalíveis, a saber, as próprias consciências dos homens" (Santo Tomás de Aquino, Exp. sobre o credo).

Tudo acontecerá num instante, com a rapidez, claridade e força de um raio: "A forma como terá lugar o Juízo encontra-se descrita no Evangelho a propósito do Juízo universal (cf. Mt 25, 31-46), mas nada se diz ali a respeito do Juízo particular. No entanto, os teólogos, partindo do que sabemos sobre a natureza da alma e sobre o seu estado quando se encontra separada do corpo, descrevem com precisão a única forma em que se pode levar a cabo. Cada alma adquire naquele momento, inesperadamente iluminada pela imensa luz de Deus, a consciência nítida e clara de tudo o que fez de bom e de mau na vida. E como esse conhecimento procede de Deus, está livre de erro e de qualquer esquecimento; a sua evidência impõe-se por si. Pode-se dizer, pois, que a alma se julga a si mesma, sem poder alegar circunstâncias atenuantes, pois enxerga à luz da eterna Verdade todo o mal que cometeu e o bem que deixou de fazer, entristecendo-se com ele, mas também todo o bem que realizou, maravilhando-se com ele. E não é nada estranho que nos maravilhemos com o bem que deriva das nossas ações: na maior parte das vezes, não percebemos todo o bem que fazemos, por exemplo, na ordem da caridade, e por isso os eleitos terão uma grande alegria ao verificar que foram instrumentos de Deus. Uma vez que esse veredito da alma sobre si mesma é evidente, não há necessidade de nenhuma espera, nem a possibilidade de nenhum recurso. A execução do Juízo é, portanto, instantânea: uns entram no gozo do Paraíso ou na purificação transitória do Purgatório, à espera do Céu, e outros no sofrimento, para sempre. Jesus disse ao bom ladrão: Hoje estarás comigo no Paraíso (Lc 23, 43). Não haverá também por que ter pena dos que se perdem, pois receberam nesta vida - na medida adequada para eles - graça suficiente para se salvarem: foram eles próprios que rejeitaram a misericórdia de Deus, que não lhes faltou. Todos os homens podem salvar-se, porque Cristo morreu por todos, e Deus não pratica nenhum tipo de segregação. Os que forem condenados, sê-lo-ão de acordo com toda a justiça: serão eles que o terão querido até o fim, porque não pode haver qualquer assomo de injustiça em Deus. É preciso ter isto sempre presente, sem tentar atenuar o rigor da justiça divina por uma espécie de falsa misericórdia: não haverá nenhuma 'anistia final', porque toda a 'anistia' já foi incansavelmente oferecida por Deus na vida terrena" (Idem).

A sentença será definitiva e irrevogável: "Para cada um de nós há de chegar esse momento terrível em que compareceremos perante o dono da vinha para responder pelas obras que tivermos realizado na terra, boas ou más. Queridos irmãos, tereis de passar por isso. Cada um há de sofrer o seu juízo particular, e será o momento mais silencioso e terrível que jamais tereis podido experimentar. Será o tremendo instante da expectativa, em que o vosso destino eterno estará na balança e estareis a ponto de ser enviados para a companhia dos santos ou para a dos demônios, sem que haja possibilidade de mudança. Não pode haver mudança; é impossível voltar atrás" (Card. John Henry Newman, Sermão para o Domingo da Septuagésima: o Juízo).

Enquanto vivemos na penitência, com boa confissão, podemos regularizar nossas contas mal feitas e apagar os pecados. Depois da morte, nada mais é possível, só nos restam as consequências da boa ou má conduta na vida: "Vede como pesa tudo o que fazeis a cada dia; quer queirais, quer não, cada vez mais vos aproximais do Juízo; o tempo não perdoa. Por que, pois, amar o que se há de abandonar? Por que não fazer caso do fim ao qual se há de chegar?" (São Gregório Magno, Hom. 15 sobre os Evangelhos).

Teremos a sentença escolhida por nós. A sorte está na nossa mão. Podemos ser justos ou condenados. Ainda temos tempo para escolher: "Em resumo: para que a alma consiga a salvação eterna, o juízo há de patentear que a vida dessa alma fora conforme a vida de Cristo. É o que fazia tremer Jó, quando exclamava: 'Que farei quando Deus se levantar a julgar? E quando me perguntar, que lhe responderei?' Repreendendo Filipe II um de seus criados, que o tinha enganado, disse-lhe apenas estas palavras: É assim que me enganas? Aquele infeliz, ao voltar à sua casa, morreu de pesar. Que fará pois, e que responderá o pecador a Jesus Cristo, seu juiz? Fará como aquele homem do Evangelho, que se apresentou ao banquete sem a veste nupcial. Não soube o que responder e calou-se (Mt 22,12). As próprias culpas lhe fecharam a boca (Sl 106, 42). A vergonha - diz São Basílio - será então para o pecador maior tormento que as próprias chamas infernais. Finalmente, o juiz pronunciará a sentença: 'Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno!' Quão terrivelmente ressoará aquele trovão - exclama Dionísio, o Cartuxo... 'Quem não treme à consideração dessa horrenda sentença - observa Santo Anselmo - não está dormindo, mas morto'. Santo Eusébio acrescenta que será tão grande o terror dos pecadores ao ouvir a sua condenação, que se não fossem já imortais morreriam de novo. Então, - como escreve São Tomás de Vilanova, - já não será tempo de suplicar, já não haverá intercessores a quem recorrer. A quem, efetivamente, hão de recorrer? Porventura, a seu Deus a quem desprezaram? Talvez aos Santos, à Virgem Maria? Ah não! Porque então as estrelas (que são os santos advogados) cairão do céu, e a lua (que é Maria Santíssima) não dará a sua luz (Mt 24,29). 'Maria - diz Santo Agostinho - retirar-se-á das portas da glória'. Ó Deus! - exclama o já citado São Tomás de Vilanova, - com que indiferença ouvimos falar do juízo, como se não pudéssemos merecer a sentença condenatória, ou como se não tivéssemos de ser julgados. 'Que loucura estar tranquilo no meio de tamanho perigo!' Não digas, pois, meu irmão - nos adverte Santo Agostinho: Será que Deus queira enviar-me ao inferno? Não o digas jamais. Também os hebreus não queriam convencer-se de que seriam exterminados. Quantos réprobos blasonavam de que não seriam condenados às penas eternas! E, no entanto, chegou a hora do castigo: 'O fim vem, vem o fim. Agora derramarei a minha ira sobre ti, e te julgarei' (Ez 7,6-8). É também o que te acontecerá. 'Chegará o dia do juízo e verás que Deus não faz vãs ameaças'. Presentemente ainda nos é dado escolher a sentença que preferimos. Devemos, pois, ajustar as contas da alma, antes que chegue o juízo (Ecl 18,20), porque, segundo diz São Boaventura, os negociantes prudentes, para se não exporem a uma falência, conferem e ajustam suas contas frequentemente. 'Antes do juízo, diz Santo Agostinho, podemos ainda aplacar o Juiz; mas durante o juízo, não'. Desejo, ó Juiz de minha alma, que me julgueis e castigueis nesta vida, porque ainda é tempo de misericórdia e de perdão. Depois da morte só será tempo de justiça" (Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a Morte, Consideração XXIV,  Ponto III).

Infeliz do católico que virar as costas para Cristo Jesus enquanto estiver nesse mundo.

 

                

Recaredo, Rei da Inglaterra, um dia que andava à caça perdeu-se na selva. Anoitecendo, foi constrangido a procurar pousada num casebre para aquela noite fria. Não teve, no entanto, bom acolhimento, foi até maltratado e obrigado a ficar à porta. Quando veio o dia, dirigiu-se para o palácio mandando chamar lá esse homem cruel. O rei olha-o atentamente e diz-lhe: Tu conheces-me agora?! A estas palavras o homem empalidece, começa a tremer e cai fulminado: "Conheces-me?! Perguntará Jesus Cristo cheio de poder e majestade. E tu, pecador, que responderás?" (Segnere).

 

 

Filipe II, rei da Espanha, ouvindo missa num dia de festa, observou que dois dos seus cortesãos riam e falavam na igreja. Terminando o Sagrado Ato, o rei chama-os à sua presença e lhes diz: Assim vos comportais e respeitais os mais sagrados e augustos mistérios?! Já que não sabeis venerar a presença do Rei dos céus, não sois também dignos da minha presença. Não me vereis mais o rosto! Tal impressão produziu estas palavras, que se retiraram mergulhados em pranto; e tamanha dor sentiram, que dois dias depois um morria e outro enlouquecia!

E que impressão e dor causará à alma do pecador ouvir a eterna sentença: Apartai-vos de mim! Nesta frase pequenina está uma eternidade de penas, está um inferno de dores?

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Anápolis, 16 de abril de 2008

 

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. "Tribunal de Deus"

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