HOMOSSEXUALISMO

(Rm 1, 27)

 

 

"Igualmente os homens, deixando a relação natural com a mulher, arderam em desejo uns para com os outros, praticando torpezas homens com homens e recebendo em si mesmos a paga da sua aberração".

 

Em Levítico 18, 22 diz: "Não te deitarás com um homem como se deita com uma mulher. É uma abominação", e: "O homem que se deita com outro homem como se fosse uma mulher, ambos cometeram uma abominação, deverão morrer, e o seu sangue cairá sobre eles" (Idem 20, 13), e também: "Enquanto assim se reanimavam, eis que surgem alguns vagabundos da cidade, fazendo tumulto ao redor da casa e, batendo na porta com golpes seguidos, diziam ao velho, dono da casa: 'Faze sair o homem que está contigo, para que o conheçamos'. Então o dono da casa saiu e lhes disse: 'Não, irmãos meus, rogo-vos, não pratiqueis um crime. Uma vez que este homem entrou em minha casa, não pratiqueis tal infâmia" (Jz 19, 22-23), e ainda: "Chamaram Ló e lhe disseram: 'Onde estão os homens que vieram para tua casa esta noite? Traze-os para que deles abusemos" (Gn 19, 5).

A Declaração da Santa Sé registra alguns dos argumentos mais ou menos difundidos, que, amparando-se em observações, sobretudo psicólogas, tentam escusar as relações entre pessoas do mesmo sexo.

Distingue o citado documento entre a homossexualidade proveniente de uma falsa educação, da falta de uma evolução sexual, de um hábito contraído, de maus exemplos, etc. - que é homossexualidade transitória e não incurável, - e a homossexualidade tida por uma espécie de instinto inato ou constituição patológica, geralmente considerada incurável.

A Declaração da Santa Sé refere-se quase exclusivamente a estes casos de homossexualidade inata, geralmente muito raros; e, negando a sua justificação moral, rejeita, com melhoria de razão, a homossexualidade adquirida.

"Está fora de dúvida que essas pessoas homossexuais devem ser acolhidas na ação pastoral com compreensão e devem ser apoiadas, na esperança de ultrapassarem as dificuldades pessoais e a inadaptação social. Também se deve julgar com prudência a sua culpabilidade. Não se pode, porém, usar qualquer método pastoral que reconheça justificação moral a esses atos, por os considerar conformes com a condição dessas pessoas. Segundo a ordem moral objetiva, as relações homossexuais são atos que carecem de regra essencial e indispensável" (n. 8).

Pelo que vimos, estes tipos de relações são sempre pecado grave.      

Apesar da clareza destes ensinamentos, têm, nos últimos anos, aumentado as tentativas de justificação da homossexualidade. Por esta razão, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé julgou conveniente enviar aos Bispos - data de l-X-1986 - uma Carta sobre os Cuidados Pastorais para com as pessoas Homossexuais, recordando a doutrina da Declaração de 1975.

Entre outros aspectos, manifesta-se, nessa Carta, a preocupação em ajudar espiritualmente essas pessoas, recordando, no entanto, que aqueles que têm um comportamento homossexual agem de modo imoral, pelo que os seus atos não podem ser legitimados: "O seu esforço, iluminado e apoiado pela graça de Deus, lhes permitirá evitar a atividade homossexual (...) As pessoas homossexuais são chamadas, como todos os cristãos, a viver a castidade" (n. 11).

Por outro lado, a idéia de inevitabilidade de condição homossexual surge nos nossos dias como carecida de fundamento. Vão aparecendo, pelo contrário, novas e interessantes perspectivas acerca da possibilidade de completa cura. Além do mais, no caso dos católicos, o recurso aos Sacramentos, especialmente a Confissão, oferece ajuda especial (cf., p. ex., o livro de Gerard J. M. van der Aarweg, que é um dos mais qualificados peritos na matéria, a nível científico: On the origins and treatment of homosexuality: a psichoanalytic reinterpretation; Nova York, 1986).

O Catecismo da Igreja Católica ensina: "A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que 'os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados'. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados.

Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.

As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadores da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã" (n°s 2357, 2358 e 2359).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Anápolis, 06 de maio de 2008

 

 

Vide também:

Masturbação

Bestialidade

Onanismo

 

 

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. "Homossexualismo"

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