ESCUDO QUE ME PROTEGE (Sl 3, 4)
“Mas tu, Deus, és o escudo que me protege, minha glória e o que me ergue a cabeça”.
Deus Eterno é o nosso escudo... escudo forte e poderoso. Quando surgirem tribulações, pequenas e grandes, não devemos buscar apoio e proteção nos homens, mas sim, em Deus... n’Aquele Deus que sabe do que necessitamos... no Deus que nos criou e que cuida de nós... no Deus que nos protegerá com firmeza e segurança. Escudo era a peça defensiva de armadura que protegia o corpo do guerreiro. Deus é o nosso escudo... escudo que protege não somente o nosso corpo, mas também e principalmente a nossa alma imortal. O escudo usado nas batalhas se desgastava e quebrava com o passar do tempo devido os golpes das espadas; mas com Deus não é assim. Nosso Senhor é um Escudo Invulnerável, isto é, não pode ser ferido... não desgasta... não se quebra... não se verga: “Ele é um escudo para todos aqueles que nele se abrigam” (Sl 18, 31). Católico, quer sair vencedor nas batalhas contra o mundo, a carne e o demônio? Busque proteção em Deus... no Deus vivo e verdadeiro. Não busque apoio nas criaturas... elas empurrarão você no poço e jogarão uma pedra como se fosse corda para te “ajudar” a sair. Esse trecho do Salmo 3 diz que Deus é o escudo que nos protege. Proteger significa dar proteção, socorrer, preservar de incômodos ou perigos, defender, ajudar, favorecer, apoiar, abrigar... Jamais duvidemos da proteção de Nosso Senhor, mas nos abandonemos em seus santos braços: “É principalmente nos dias de aborrecimentos, doenças, impaciência, tentação, aridez espiritual, provações... que o abandono é agradável a Deus” (Bem-aventurado Columba Marmion). Deus é o nosso escudo... escudo que nos protege; não um “escudo” que nos abandona na hora que precisamos de proteção como fazem as criaturas. Ele é também a glória do católico perseguido, maltratado, ridicularizado e desprezado... porque Ele, o Deus Eterno, levanta a cabeça desse católico nas piores situações... quando seus inimigos já lhe davam por vencido, Deus o faz sair vitorioso da difícil situação atual. Esse católico não só viverá animado, mas, unido a Deus, “saltará” vitorioso sobre todos os obstáculos que surgirem pelo caminho: “Junto convosco eu enfrento os inimigos, com vossa ajuda eu transponho altas muralhas” (Sl 17, 30). No Sl 3, 4 diz: “... e o que me ergue a cabeça”. Não diz que é o parente, amigo, vizinho... mas sim, Deus é o que “... me ergue a cabeça”. Infeliz daquele que abandona a ajuda de Deus para confiar nas criaturas... o coração do homem é um abismo profundo e a amizade verdadeira é muito difícil de ser encontrada: “Um amigo fiel é um poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um tesouro” (Eclo 6, 14). Católico, milhares caem no “poço” das dificuldades, e ao invés de olharem para o alto e pedirem a força de Deus... agacham-se na “lama” do “poço” e começam a cavar desesperadamente... não satisfeitos com o fracasso, planejam, agora, a destruição da própria vida. Católico, que Deus afaste do seu coração o desespero e a falta de confiança n’Ele. Jamais vire as costas para o Deus que tudo pode: “Ainda que eu caminhe por um vale tenebroso, nenhum mal temerei, pois estás junto a mim” (Sl 23, 4). Rezemos com fé, confiança e humildade: “A vós, Senhor, a grandeza, o poder, a honra, a majestade e a glória, porque tudo o que está no céu e na terra vos pertence. A vós, Senhor, a realeza, porque sois soberanamente elevado acima de todas as coisas. É de vós que vêm a riqueza e a glória; sois vós o Senhor de todas as coisas; é em vossa mão que residem a força e o poder. E é vossa mão que tem o poder de dar a todas as coisas grandeza e solidez. Agora, ó nosso Deus, nós vos louvamos e celebramos vosso nome glorioso” (1 Cr 29, 11-13).
Pe. Divino Antônio Lopes FP. Anápolis, 20 de setembro de 2010
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