COLOCA TUA ALEGRIA EM DEUS (Sl 37, 4)
“Coloca tua alegria em Deus e ele realizará os desejos do teu coração”.
Por que será que milhões de pessoas vivem angustiadas, revoltadas, tristes e desanimadas? Vivem assim porque colocam a ALEGRIA num copo de bebida alcoólica, no sexo antes do casamento, nas noitadas, nas drogas, no barulho e na imoralidade. Por que será que milhares de pessoas planejam diariamente tirar a própria vida? Com certeza colocaram a ALEGRIA na amizade, no dinheiro, na propriedade, nos diplomas... e não se sentiram realizadas. Católico, é preciso aprender de uma vez por todas que possuímos uma ALMA IMORTAL, e que as coisas passageiras não a satisfazem, mas somente Deus que é ETERNO a satisfaz: “Eu sou cada dia mais feliz, pois sou de nosso Senhor. Ele me dá a felicidade verdadeira... O amor a Jesus dá forças e alegria” (Santa Teresa dos Andes). O mundo é muito pequeno para satisfazer a nossa alma... as amizades são falsas para alegrar a nossa alma... os bens materiais são lixo comparados à verdadeira alegria. Milhões de pessoas orgulhosas e sedentas das coisas da terra dizem que sentem alegria e segurança no mundo inimigo de Deus e da santidade. Se o mundo e as coisas passageiras oferecessem alguma alegria verdadeira, porque então o filho pródigo voltou para a casa do pai? “Vou-me embora, procurar o meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti” (Lc 15, 18). Se a imoralidade satisfizesse uma alma imortal, porque então Santa Maria Madalena deixou tudo para seguir a Nosso Senhor? “Maria, chamada Madalena, da qual haviam saído sete demônios, Joana, mulher de Cuza, o procurador de Herodes, Susana e várias outras, que o serviam com seus bens” (Lc 8, 2-3). Se o vazio do mundo preenchesse o coração das pessoas, por que então Santo Agostinho abandonou tudo para viver somente para Deus? “Tarde te amei ó beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu te amei! Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora! Eu, disforme, lançava-me sobre as belas formas das tuas criaturas. Estavas comigo, mas eu não estava contigo. Retinham-me longe de ti as tuas criaturas, que não existiriam se em ti não existissem. Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez. Fulguraste e brilhaste, e tua luz afugentou a minha cegueira. Espargiste tua fragrância e, respirando-a, suspirei por ti. Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo de tua paz...” Está claro que Deus é a FONTE da VERDADEIRA ALEGRIA; é n’Ele que devemos colocar a nossa alegria e não nas coisas da terra... ninguém pode nos dar a verdadeira felicidade fora de Deus: “Quem pode fazer-me mais feliz do que Deus? N’Ele encontro tudo... Sou a pessoa mais feliz. Já não desejo nada porque meu ser está saciado com o Deus-Amor” (Santa Teresa dos Andes). O mundo e seu lixo fingem ser alegres, mas só Deus é a verdadeira alegria: “Visto que não posso encontrar nenhuma criatura que me contente, quero dar tudo a Jesus, não quero dar à criatura nenhum átomo do meu amor. Oxalá Jesus me faça sempre compreender que só ele é a felicidade perfeita, mesmo quando parece ausente...” (Santa Teresinha do Menino Jesus). Deixemos o que passa e coloquemos com sinceridade a nossa alegria em Deus; então viveremos realmente alegres e seguros: “Quando buscamos deveras a Deus, sem repartirmos o nosso amor pelas criaturas, sem nos buscarmos a nós mesmos pelo amor próprio, o coração sente-se pouco a pouco dilatado, Deus sacia-o, inunda-o de alegria...” (Bem-aventurado Dom Columba Marmion). Colocando a nossa alegria em Deus... vivendo mergulhados na Fonte da mais pura alegria... esse Senhor realizará os nossos desejos: “... realizará os desejos do teu coração”. Se vivermos unidos ao Senhor e se colocarmos n’Ele a nossa alegria... com certeza, apesar das terríveis tentações, o nosso coração se transbordará de bons desejos e Nosso Senhor os realizará. De todos os bons desejos, o da PERFEIÇÃO deve ser o primeiro: “O desejo da perfeição é um ato de vontade que, sob a influência da graça, aspira sem cessar ao progresso espiritual” (Adolfo Tanquerey).
Pe. Divino Antônio Lopes FP. Anápolis, 26 de setembro de 2010
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