JESUS CRISTO: DEUS DE BONDADE E TERNURA

(Jo 21, 9)

 

“... viram brasas acesas, tendo por cima peixe e pão”.

 

Nosso Senhor prepara a alimentação para os apóstolos: peixe e pão. Os dois elementos que multiplicou (Jo 6, 1-21) e simbolizam a comida perfeita do pão da vida. “Em toda a cena e seus pormenores brilha a delicadeza e ao amor de Jesus” (Pe. Juan Leal).

Jesus Cristo convida os apóstolos para comerem peixe e pão. Que significam este peixe e este pão sobre essas brasas que Cristo – milagrosamente – lhes prepara, e que logo lhes dá a comer? Tem um tríplice significado: 1) Afetivo: Cristo mostra sua caridade. 2) Apologético: Cristo quer demonstrar com ele a realidade de sua ressurreição, como o fez em outras ocasiões (Lc 24, 41-43; At 1, 4). 3) Simbólico: Em tudo isso destaca o autor que ninguém se atreveu a perguntar-lhe quem era, pois  sabiam que era o Senhor. Era um motivo de respeito para Ele, como já havia tido, em forma geral, quando falava com a Samaritana (Jo 4, 27) (Pe. Manuel de Tuya).

Cristo Jesus continuou mostrando sua bondade e ternura para com os apóstolos depois da ressurreição. Mesmo depois de ter ressurgido e estar transfigurado, não deixa de preparar alguma alimentação para seus apóstolos.

O exemplo do amor e delicadeza de Nosso Senhor deve nos animar a fazer o mesmo... deve nos tirar da “poltronice” e do comodismo... deve nos sacudir e arrancar o egoísmo do nosso coração: “Não terás nada que aprender de Jesus para tua vida quotidiana? Se Jesus já na terra se mostra tão amoroso, que recompensa terá reservado no céu aos que o amam! Faze-te digno do prêmio eterno e da companhia dos anjos e santos, pois o que são toda a glória humana, todo o prazer da terra em vista do céu” (Frei Pedro Sinzig).

Nosso Senhor não fez acepção de pessoas, mas convidou todos os apóstolos: “Disse-lhes Jesus: ‘Vinde comer!’” (Jo 21, 12).

O Coração do Deus Imenso está aberto para todos os homens de boa vontade.

Se a bondade e a delicadeza de Jesus Cristo fossem imitadas pelos homens, com certeza o mundo seria bem melhor.

Infeliz do egoísta! Da pessoa que não sabe sair de si e estender a mão para o próximo!

O egoísmo é uma árvore frutífera enraizada no orgulho. O egoísmo nasce do orgulho e vive-versa. O egoísta é presunçoso. Os frutos dessa árvore são mortíferos para a vida da alma. Alimentando-se com tais frutos em suas tendências individualistas, a pessoa voluntariamente cai no pecado mortal, vivendo sem o autoconhecimento, que é pai da humildade. E esta última, por sua vez, constitui a raiz da caridade que tudo orienta. Quem ama a si mesmo, não conhece a Deus, ardente chama de amor. Assim despojado da iluminação divina, tão necessária, e sem conhecer a Deus, o cristão não ama. Assemelha-se a um animal (cfr. Santa Catarina de Sena, Carta 2).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Anápolis, 31 de dezembro de 2012

 

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Jesus Cristo: Deus de bondade e ternura”

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