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SÊ FIEL EM TUDO (Ap 2, 10)
“Mostra-te fiel até à morte, e eu te darei a coroa da vida”.
Para conquistar o céu não basta ser fiel durante um dia, uma semana, um mês, um ano... mas é preciso ser fiel até a morte. A prova suprema do amor do cristão é o martírio: “Humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fl 2, 8), e: “Vós ainda não resististes até o sangue em vosso combate contra o pecado!” (Hb 12, 4). O católico não foi criado por Deus para ser dúbio, covarde e fraco; mas sim, para lutar até o fim... somente depois da luta vitoriosa, ele será coroado no céu. Para ganhar o céu por recompensa, é preciso se manter firme e fiel diante das provações que surgem pelo caminho. Nosso Senhor dará o prêmio eterno ao católico que perder a vida terrena por amor a Ele. A imagem da coroa da vida é tomada dos jogos gregos; nesses jogos o atleta vencedor era coroado. Já São Paulo havia comparado a vida cristã a uma corrida no estádio, na qual só os vencedores ganhavam a coroa da vida eterna: “Os atletas se abstêm de tudo; eles, para ganhar uma coroa perecível; nós, porém, para ganhar uma coroa imperecível” (1 Cor 9, 25). Não há coroação sem vitória... não há vitória sem luta... sem garra... sem perseverança: “Deus não só conserva-te a vida, Ele também trabalha por ti. Assim, no Santíssimo Sacramento, Jesus reza por ti, oferece-se ao Pai, satisfaz por ti e expõe-se por ti a mil injúrias. Que exemplo para o teu amor tão pequeno! Queres amar a Deus, mas sem que te custe alguma coisa. Teu amor não é grande, senão não fugirias do sacrifício. Faltará ocasião para provares teu amor? Não. O cumprimento dos deveres de teu estado pressupõe atenção, dedicação e atividade. És tão fiel no cumprimento de teus deveres quanto o exigem a grandeza, a amabilidade e a bondade de Deus? Feliz, se puderes afirmá-lo! Que triste cegueira apreciar o grande e negligenciar o pequeno! Para fazeres obras grandes, pouca ocasião terás; para fazeres obras pequenas, terás ocasiões todos os dias... Fidelidade no mínimo é um horror para a alma negligente, mas doce harmonia para a alma que ama a Deus” (Frei Pedro Sinzig). Não é fácil ser fiel! A fidelidade custa! Para ser fiel é preciso rezar muito, meditar, confessar e comungar com frequência... percorrer o caminho da renúncia, sacrifício e penitência... viver na presença de Deus e desejar ardentemente o céu.
Pe. Divino Antônio Lopes FP. Anápolis, 01 de janeiro de 2013
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