ATENÇÕES RECÍPROCAS (Rm 12, 10)
“... prevenindo-vos com atenções recíprocas”.
O Pe. Juan Leal comenta: “Que o amor fraterno os façam ternos uns com os outros. Cada um estime aos demais como mais dignos. Parece que o Apóstolo fala aqui de sentimentos interiores, o qual é mais importante que as demonstrações externas”. São Pedro, na sua primeira carta, escreve: “Esforçai-vos, sobretudo, para manter a caridade mútua entre vós” (1 Pd 4, 8). Considerai palavra por palavra: caridade mútua, caridade constante, caridade acima de tudo. A caridade é, de fato, o verdadeiro distintivo dos discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo. A caridade deve ser completa... com todos e em todas as coisas. Quem ama não consegue ficar parado... mas vai ao encontro (antecipa, adianta) das pessoas que necessitam da colaboração: “Uma alma inflamada do amor de Deus não consegue ficar inativa” (Santa Teresinha do Menino Jesus), e: “A caridade de Cristo estimula, incita-nos a correr e voar com as asas do santo zelo. Quem ama a Deus de verdade, também ama o próximo; o verdadeiro zeloso é o mesmo que ama, mas em grau maior, conforme o grau de amor; quanto arde de amor, tanto mais é impelido pelo zelo” (Santo Antônio Maria Claret), e também: “Não há nada mais frio do que um cristão que não se preocupa pela salvação dos outros. Não digas: não posso ajudá-los, porque, se és cristão de verdade, é impossível que não o possas fazer. Não há maneira de negar as propriedades das coisas naturais; o mesmo acontece com isto que agora afirmamos, pois está na natureza do cristão agir dessa forma. É mais fácil o sol deixar de iluminar ou de aquecer do que um cristão deixar de dar luz; mais fácil do que isso seria que a luz fosse trevas. Não digas que é impossível; impossível é o contrário. Se orientarmos bem a nossa conduta, o resto sairá como consequência natural. Não se pode ocultar a luz dos cristãos, não se pode ocultar uma lâmpada que brilha tanto” (São João Crisóstomo). Quem ama verdadeiramente o próximo não fica acomodado esperando que ele implore a ajuda, mas vai ao seu encontro com o coração cheio de caridade... deixando de lado os seus planos pessoais, a fim de ajudá-lo com reta intenção e por amor a Deus: “Antes de tudo, porém, compreendi que a caridade não deve ficar estanque (parada) no fundo do coração. Não se acende, disse Jesus, uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, para que alumie a todos os que estão na casa. Parece-me que candeia representa a caridade, que deve iluminar, alegrar não só os que me são mais queridos, mas a todos os que assistem na casa, sem excluir ninguém” (Santa Teresinha do Menino Jesus).
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) Anápolis, 06 de fevereiro de 2015
Bibliografia
Sagrada Escritura Pe. Juan Leal, A Sagrada Escritura Pe. Lorenzo Turrado, Bíblia Comentada Edições Theologica Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual Santa Teresinha do Menino Jesus, História de uma alma Santo Antônio Maria Claret, Obras São João Crisóstomo, Escritos Pe. Francisco Fernández Carvajal, Falar com Deus
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