CAINDO DE CABEÇA PARA BAIXO (At 1, 15-26)
“15 Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – o número das pessoas reunidas era de mais ou menos cento e vinte – e disse: 16 ‘Irmãos, era preciso que se cumprisse a Escritura em que, por boca de Davi, o Espírito Santo havia de antemão falado a respeito de Judas, que se tornou o guia daqueles que prenderam a Jesus. 17 Ele era contado entre os nossos e recebera sua parte neste ministério. 18 Ora, este homem adquiriu um terreno com o salário da iniquidade e, caindo de cabeça para baixo, arrebentou pelo meio, derramando-se todas as suas entranhas. 19 O fato foi tão conhecido de todos os habitantes de Jerusalém que esse terreno foi denominado, na língua deles, Hacéldama, isto é, ‘Campo do Sangue’. 20 Pois está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada e não haja quem nela habite. E ainda: Um outro receba o seu encargo. 21É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, 22 a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição’. 23 Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. 24 E fizeram esta oração: ‘Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste 25 para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu’. 26 Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos”.
São Pedro foi o primeiro Papa: “Pedro é o Apóstolo vivo e impetuoso a quem Jesus Cristo confiou a custódia da sua grei; e como é o primeiro em dignidade, é o primeiro também a tomar a palavra” (São João Crisóstomo). “Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – o número das pessoas reunidas era de mais ou menos cento e vinte – e disse” (At 1, 15). Pedro é homem: morrerá – antes mesmo que desmorone o templo de pedra. Quando Pedro morrer, permanecerá o rochedo. Os nomes mudarão – mas permanecerá a rocha. Cristo transmitiu a Pedro um múnus para a fé. Onde estiver a rocha, ali estará a Igreja; onde estiver a Igreja, estará também a rocha. Quer ela se chame – Pedro = rochedo – Simão – ou Lino – ou Leão, ou João, ou Paulo – o encargo da rocha permanecerá.
São Pedro, o príncipe dos Apóstolos, levantou-se para falar... mas viveu primeiro o que pregou. Pedro foi um dos primeiros discípulos de Jesus. – Em seu primeiro encontro, Jesus lhe deu o nome de Cefas, que quer dizer rocha (Jo 1, 42). Em Cafarnaum, Cristo hospedou-se na casa de Pedro e lhe curou a sogra (Mc 1, 29 ss.). Subiu à barca de Pedro para anunciar a Palavra de Deus (Lc 5, 3). Pedro foi testemunha da ressurreição da filha de Jairo (Mc 5,35 ss.). Durante a noite que seguiu à multiplicação dos pães, Jesus salvou-o das águas, estando prestes a afogar-se (Mt 14, 22-33). Na sinagoga de Cafarnaum, reconheceu Pedro que Jesus era o Santo de Deus (Deus) (Jo 6, 68). Foi testemunha da transfiguração de Cristo (Mc 9, 2 ss.) e de sua humilhação no Monte das Oliveiras (Mc 14, 32 ss.). Os que cobravam os impostos aproximaram-se de Pedro para cobrarem o tributo do templo. Ele devia pagar por si e pelo Mestre (Mt 17, 27). Em sua qualidade de representante do chefe de família foi incumbido, juntamente com João, de sacrificar o cordeiro pascal e de prepará-lo para a ceia (Lc 22, 8). Durante a última ceia, por intermédio de João, Pedro perguntou quem era o traidor (Jo, 13, 25). Jesus orou por ele, a fim de que sua fé não vacilasse e pudesse, uma vez convertido, confirmar os irmãos (Lc 22, 32). Pedro foi o primeiro que defendeu Jesus no momento da captura decepando a orelha direita de Malco (Mt 26, 51). Após a Ressurreição, juntamente com João, foi testemunha oficial do sepulcro vazio (Jo 20, 1-10). No mesmo dia o Ressuscitado lhe apareceu (Lc 24, 34). “Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – o número das pessoas reunidas era de mais ou menos cento e vinte – e disse” (At 1, 15).
O trecho diz que São Pedro levantou-se no meio dos irmãos... é para indicar os cristãos. Indica melhor os simples fiéis, como distintos dos Apóstolos (At 11, 1; 12, 17; 21, 17-18). “Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – o número das pessoas reunidas era de mais ou menos cento e vinte – e disse” (At 1, 15).
São Pedro levantou-se para falar. Está claro que ele dirige a assembleia e desempenha desde o primeiro momento um papel excepcional na Igreja. “Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – o número das pessoas reunidas era de mais ou menos cento e vinte – e disse” (At 1, 15).
O número de cento e vinte pessoas bastava para constituir uma comunidade com governo próprio. “Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – o número das pessoas reunidas era de mais ou menos cento e vinte – e disse” (At 1, 15). Não devemos nos preocupar com o número de pessoas; mas sim, com a qualidade... santidade, zelo, piedade, fortaleza e perseverança delas.
As pessoas fizeram silêncio para ouvir São Pedro, o primeiro Papa. “Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – o número das pessoas reunidas era de mais ou menos cento e vinte – e disse” (At 1, 15). Quando o Papa fala, devemos fazer silêncio externo, não criticá-lo... e silêncio interno, não julgá-lo.
As cento e vinte pessoas ouviram com atenção e respeito as palavras de São Pedro... nenhuma manifestação contrária. “Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – o número das pessoas reunidas era de mais ou menos cento e vinte – e disse” (At 1, 15). Devemos ler com atenção e respeito as homilias, encíclicas, cartas e outros escritos do Santo Padre, o Papa. Não é correto murmurar contra o sucessor de São Pedro.
Aqui e a seguir até ao fim do capítulo 15, sempre que se fala do colégio apostólico e da Igreja nascente, Pedro aparece constantemente como chefe de todos, para representar, dispor e decidir com autoridade (At 2, 14. 37; 3, 4-5. 12; 4, 8; 5, 3. 29; 8, 19; 9, 32; 10, 5-48; 11, 4; 12, 3; 15, 7). Exerce, portanto, em ato aquele primado sobre os demais apóstolos e sobre a Igreja, que lhe fora predito pelo Mestre (Mt 16, 13-19; Lc 22, 32) e lhe fora conferido após a ressurreição (Jo 21, 15-17). “Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – o número das pessoas reunidas era de mais ou menos cento e vinte – e disse” (At 1, 15).
São Pedro foi escolhido por Jesus Cristo para ser o primeiro Papa... não se acomodou nem ficou de braços cruzados na reunião, mas levantou-se e falou: “Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – o número das pessoas reunidas era de mais ou menos cento e vinte – e disse” (At 1, 15). O superior não pode viver em cantos escuros e tremendo de medo... não pode se acomodar nem fugir do seu dever de ensinar, corrigir e incentivar os súditos.
Sem perseverança, impossível é chegar à santidade ou à salvação. Judas Iscariotes foi chamado para seguir a Nosso Senhor Jesus Cristo… para ser Apóstolo… (Mt 10, 4), mas não perseverou e se perdeu. “‘Irmãos, era preciso que se cumprisse a Escritura em que, por boca de Davi, o Espírito Santo havia de antemão falado a respeito de Judas, que se tornou o guia daqueles que prenderam a Jesus. Ele era contado entre os nossos e recebera sua parte neste ministério. Ora, este homem adquiriu um terreno com o salário da iniquidade e, caindo de cabeça para baixo, arrebentou pelo meio, derramando-se todas as suas entranhas. O fato foi tão conhecido de todos os habitantes de Jerusalém que esse terreno foi denominado, na língua deles, Hacéldama, isto é, ‘Campo do Sangue’. Pois está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada e não haja quem nela habite. E ainda: Um outro receba o seu encargo” (At 1, 16-20). Quem se afasta do caminho do bem não se salvará: “Retirar-se do bem começado, do caminho da fé e do seguimento de Cristo, quer dizer pôr em perigo a própria salvação” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena).
A ingratidão de Judas fere mais que um punhal. Além de trair o Mestre, se oferece para ser o guia dos inimigos… guia cego que guia outros cegos, com ânimo redobrado, até à Luz Eterna: “À frente estava o chamado Judas, um dos Doze…” (Lc 22, 47). “‘Irmãos, era preciso que se cumprisse a Escritura em que, por boca de Davi, o Espírito Santo havia de antemão falado a respeito de Judas, que se tornou o guia daqueles que prenderam a Jesus. Ele era contado entre os nossos e recebera sua parte neste ministério. Ora, este homem adquiriu um terreno com o salário da iniquidade e, caindo de cabeça para baixo, arrebentou pelo meio, derramando-se todas as suas entranhas. O fato foi tão conhecido de todos os habitantes de Jerusalém que esse terreno foi denominado, na língua deles, Hacéldama, isto é, ‘Campo do Sangue’. Pois está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada e não haja quem nela habite. E ainda: Um outro receba o seu encargo” (At 1, 16-20). Milhões de batizados na Igreja abandonam o caminho da salvação e voltam as costas para a verdade, para o Criador... tornam-se guias dos inimigos de Deus. Quanta cegueira! Quanta ingratidão!
Judas Iscariotes jogou tudo fora… perdeu-se por sua culpa e não porque Deus o determinasse a isso… perdeu-se por sua própria vontade. “‘Irmãos, era preciso que se cumprisse a Escritura em que, por boca de Davi, o Espírito Santo havia de antemão falado a respeito de Judas, que se tornou o guia daqueles que prenderam a Jesus. Ele era contado entre os nossos e recebera sua parte neste ministério. Ora, este homem adquiriu um terreno com o salário da iniquidade e, caindo de cabeça para baixo, arrebentou pelo meio, derramando-se todas as suas entranhas. O fato foi tão conhecido de todos os habitantes de Jerusalém que esse terreno foi denominado, na língua deles, Hacéldama, isto é, ‘Campo do Sangue’. Pois está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada e não haja quem nela habite. E ainda: Um outro receba o seu encargo” (At 1, 16-20). Deus criou o homem livre e não o obriga a se perder. Cada pessoa é livre para escolher o seu caminho: céu ou inferno: “Deus, que deu ao homem o livre arbítrio e pôs em marcha seu plano para a humanidade, não anda interferindo continuamente para arrebatar-lhe esse dom da liberdade. Com esse livre arbítrio que Deus nos deu, temos que lavrar o nosso destino até o seu final – até a felicidade eterna, se a escolhermos como meta e se quisermos aceitar e utilizar o auxílio da graça divina –, mas livres até o fim” (Pe. Leo J. Trese).
São Pedro pecou… Judas pecou… São Pedro confiou na misericórdia de Jesus e voltou… Judas suicidou-se. Nem suas entranhas “suportaram” a sua traição: “… caindo de cabeça para baixo, arrebentou pelo meio, derramando-se todas as suas entranhas” (At 1, 18). “‘Irmãos, era preciso que se cumprisse a Escritura em que, por boca de Davi, o Espírito Santo havia de antemão falado a respeito de Judas, que se tornou o guia daqueles que prenderam a Jesus. Ele era contado entre os nossos e recebera sua parte neste ministério. Ora, este homem adquiriu um terreno com o salário da iniquidade e, caindo de cabeça para baixo, arrebentou pelo meio, derramando-se todas as suas entranhas. O fato foi tão conhecido de todos os habitantes de Jerusalém que esse terreno foi denominado, na língua deles, Hacéldama, isto é, ‘Campo do Sangue’. Pois está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada e não haja quem nela habite. E ainda: Um outro receba o seu encargo” (At 1, 16-20).
Esse ministério que se refere São Pedro é o apostolado. Judas Iscariotes, o traidor, também pregou a Boa Nova... pregava com as palavras, mas não com a vida. Muitos enfermos foram curados por Judas Iscariotes… expulsou muitos demônios… muitos conheceram a Jesus através de suas pregações: “Chamou a si os Doze e começou a enviá-los dois a dois… Partindo, eles pregavam… expulsavam muitos demônios, e curavam muitos enfermos…” (Mc 6, 7. 12-13). Começou bem, mas não perseverou… perdeu tudo! “‘Irmãos, era preciso que se cumprisse a Escritura em que, por boca de Davi, o Espírito Santo havia de antemão falado a respeito de Judas, que se tornou o guia daqueles que prenderam a Jesus. Ele era contado entre os nossos e recebera sua parte neste ministério. Ora, este homem adquiriu um terreno com o salário da iniquidade e, caindo de cabeça para baixo, arrebentou pelo meio, derramando-se todas as suas entranhas. O fato foi tão conhecido de todos os habitantes de Jerusalém que esse terreno foi denominado, na língua deles, Hacéldama, isto é, ‘Campo do Sangue’. Pois está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada e não haja quem nela habite. E ainda: Um outro receba o seu encargo” (At 1, 16-20). Não basta pregar com as palavras... é preciso, antes, pregar com a vida: “Melhor é calar e ser, do que falar e não ser. Coisa boa é ensinar, se quem diz o faz” (Santo Inácio de Antioquia).
Adquiriu um campo: Em sentido moral, e não material... Recompensa terrível do seu delito foi o campo onde se enforcou. Materialmente, o campo fora adquirido pelos sinedritas (Mt 27, 7). Como já foi falado, propriamente não foi Judas Iscariotes quem comprou o campo. “‘Irmãos, era preciso que se cumprisse a Escritura em que, por boca de Davi, o Espírito Santo havia de antemão falado a respeito de Judas, que se tornou o guia daqueles que prenderam a Jesus. Ele era contado entre os nossos e recebera sua parte neste ministério. Ora, este homem adquiriu um terreno com o salário da iniquidade e, caindo de cabeça para baixo, arrebentou pelo meio, derramando-se todas as suas entranhas. O fato foi tão conhecido de todos os habitantes de Jerusalém que esse terreno foi denominado, na língua deles, Hacéldama, isto é, ‘Campo do Sangue’. Pois está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada e não haja quem nela habite. E ainda: Um outro receba o seu encargo” (At 1, 16-20). Muitas pessoas já são “recompensadas” terrivelmente aqui nesse mundo, por tentarem subir na vida desonestamente: “Em minha casa não habitará quem pratica fraudes” (Sl 100, 7).
Salário da iniquidade: os trinta dinheiros com os quais vendeu o Mestre. “‘Irmãos, era preciso que se cumprisse a Escritura em que, por boca de Davi, o Espírito Santo havia de antemão falado a respeito de Judas, que se tornou o guia daqueles que prenderam a Jesus. Ele era contado entre os nossos e recebera sua parte neste ministério. Ora, este homem adquiriu um terreno com o salário da iniquidade e, caindo de cabeça para baixo, arrebentou pelo meio, derramando-se todas as suas entranhas. O fato foi tão conhecido de todos os habitantes de Jerusalém que esse terreno foi denominado, na língua deles, Hacéldama, isto é, ‘Campo do Sangue’. Pois está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada e não haja quem nela habite. E ainda: Um outro receba o seu encargo” (At 1, 16-20). Milhares de pessoas sobrevivem com dinheiro sujo: prostituição, pornografia, bebidas alcoólicas, cigarro, festas profanas, drogas e outros. Esse tipo de gente não pode agradar a Deus: “Fazer tesouros com a língua falsa, é vaidade fugitiva de quem procura a morte” (Pr 21, 6).
Os Apóstolos são as testemunhas por excelência da vida pública de Jesus Cristo. A Igreja é apostólica porque se apoia no testemunho firme daqueles que por escolha especial viveram com o Senhor, presenciaram as suas obras e escutaram as suas palavras. Os doze Apóstolos certificam com o seu testemunho que Jesus de Nazaré e o Senhor glorificado são a mesma pessoa, e que são autênticos os fatos e ditos de Jesus conservados e transmitidos pela Igreja. “É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição’. Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. E fizeram esta oração: ‘Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu’. Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos” (At 1, 21-26). Hoje, mais do que nunca, com tantas seitas, frieza e paganismo, é preciso que o católico seja testemunha fiel de Nosso Senhor, enfrentando todos os obstáculos com coragem e fé: “O cristão nasceu para a luta, e quanto mais encarniçada se apresenta, tanto mais segura há de ser a vitória com o auxílio de Deus” (Leão XIII).
Todo aquele que permanece unido ao Papa e aos Bispos em comunhão com ele permanece unido aos Apóstolos e, através deles, ao próprio Jesus Cristo: “A doutrina ortodoxa conservou-se por ter sido transmitida mediante sucessão desde o tempo dos Apóstolos e ter permanecido desse modo até ao presente em todas as igrejas. Por este motivo, apenas se deve considerar verdadeira a doutrina que não oferece discordância com a tradição eclesiástica e apostólica” (Orígenes). “É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição’. Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. E fizeram esta oração: ‘Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu’. Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos” (At 1, 21-26). O nosso amor pelo Papa não é apenas um afeto humano, baseado na sua santidade, simpatia... Quando vamos ver o Papa, escutar a sua palavra, fazemo-lo para ver e ouvir o Vigário de Cristo... o “Doce Cristo na terra” (Santa Catarina de Sena).
A comunidade cristã deixa nas mãos de Deus a decisão de quem completará o grupo dos Doze. Recorre para isso ao modo tradicional hebraico das sortes, que vão expressar a Vontade divina. As sortes, como meio de consultar Deus, aparecem com certa frequência no Antigo Testamento (1 Sm 14, 41 ss.) e o seu manejo estava reservado aos levitas, para evitar que degenerasse em práticas supersticiosas. Podiam ser dados, pauzinhos, cartas... que continham individualmente os nomes dos candidatos a um ofício, os eventuais réus de uma falta... Havia tantas sortes como pessoas apresentadas ao ministério que devia ser coberto ou como presumidos culpáveis de uma má ação. Neste caso recorre-se à sorte porque se pensa que Deus já fez a sua escolha e, por conseguinte, a manifestará. A escolha divina dar-se-á a conhecer infalivelmente mediante um simples expediente humano. Este sistema de designação, recebido do judaísmo, não perdurou na nova Igreja muito tempo. Designado Matias, está completo o número dos Doze. O Colégio Apostólico já se encontra disposto para receber o Espírito prometido por Jesus Cristo e dar a seguir testemunho universal da Boa Nova. “É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição’. Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. E fizeram esta oração: ‘Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu’. Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos” (At 1, 21-26).
São Lucas costuma reservar o termo apóstolos para designar os Doze (At 6, 6), ou os Onze juntamente com Pedro, que aparece como cabeça do Colégio Apostólico (At 2, 14). Com exceção de At 14, 14. Lucas não chama apóstolo a São Paulo, não porque minimize o seu papel, num livro que lhe dedica precisamente metade dos seus capítulos, mas porque reserva aos Doze a função específica de serem as testemunhas da vida terrena do Senhor. “É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição’. Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. E fizeram esta oração: ‘Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu’. Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos” (At 1, 21-26).
O caráter apostólico ou a apostolicidade é uma nota da verdadeira Igreja de Jesus Cristo, edificada, por vontade expressa do seu fundador, sobre o fundamento sólido dos Doze: “Conhecemos a verdadeira Igreja pela sua origem, derivada dos Apóstolos, depois de publicada a lei da graça. Porque a sua doutrina é a verdade, não moderna nem anunciada agora pela primeira vez, mas ensinada já antigamente pelos Apóstolos e propagada por todo o mundo (...). Pelo que, a fim de que todos soubessem qual era a Igreja Católica, acrescentaram os Padres no Credo, por inspiração de Deus, a palavra apostólica. Pois o Espírito Santo, que governa a Igreja, não a rege por outro gênero de ministros diferentes do apostólico. Este Espírito foi comunicado primeiramente aos Apóstolos e a seguir permaneceu sempre na Igreja pela suma bondade de Deus” (Catecismo Romano). “É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição’. Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. E fizeram esta oração: ‘Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu’. Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos” (At 1, 21-26).
A função principal dos Apóstolos é serem testemunhas da Ressurreição de Jesus Cristo (At 1, 22). Levam a cabo este testemunho mediante o ministério da palavra (At 6, 4), que adota formas diversas, tais como a pregação ao povo (At 2, 14-40; 3, 12-26; 4, 2. 33; 5, 20-21), os ensinamentos aos discípulos no seio da comunidade (At 2, 42) e as declarações, feitas sem temor nem respeito humano, diante dos adversários e perseguidores do Evangelho de Jesus (At 4, 5-31; 5, 27-41). Tal como a palavra do Senhor, a dos Apóstolos é apoiada também com sinais e prodígios, que tornam visível a salvação que anunciam (At 2, 14-21; 3, 1-11. 16; 4, 8-12. 30; 5, 12. 15-16; 9, 31-43). “É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição’. Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. E fizeram esta oração: ‘Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu’. Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos” (At 1, 21-26).
Os Doze desempenham um papel de direção na Igreja. Quando os membros da comunidade de Jerusalém entregam os seus bens para os irmãos necessitados, depositam-nos aos pés dos Apóstolos (At 4, 35). Quando é necessário tranquilizar os cristãos helenistas, os Doze convocam a assembleia para pôr em prática o ministério dos diáconos (At 6, 2). Quando Saulo sobe a Jerusalém depois da sua conversão, é apresentado aos Apóstolos por Barnabé (At 9, 26-28). É evidente que os Apóstolos exercem uma autoridade recebida do Senhor, que os investiu de responsabilidade e de deveres inalienáveis para o serviço de toda a Igreja. “É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição’. Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. E fizeram esta oração: ‘Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu’. Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos” (At 1, 21-26).
Os Apóstolos intervêm, além disso, fora de Jerusalém, como garantes da unidade interna e externa, que é também um distintivo essencial da jovem Igreja cristã. Batizados alguns samaritanos por Filipe, os apóstolos Pedro e João vêm de Jerusalém para imporem as mãos aos novos cristãos, a fim de que recebam o Espírito Santo (At 8, 14-17). Depois do batismo do pagão Cornélio, os Apóstolos examinam com Pedro a situação criada, para compreenderem mais perfeitamente os desígnios de Deus e os pormenores da nova economia salvífica (At 11, 1-18). Por ocasião do debate de Antioquia sobre a circuncisão dos pagãos batizados, a comunidade decide recorrer aos Apóstolos (At 15, 2) para esclarecer definitivamente a delicada questão. “É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição’. Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. E fizeram esta oração: ‘Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu’. Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos” (At 1, 21-26).
São Lucas concentra o seu interesse na figura de Pedro, a quem menciona no seu livro 56 vezes. Pedro é sempre o centro das cenas e episódios em que aparece com outros Apóstolos ou discípulos. Nos acontecimentos relativos à comunidade de Jerusalém, Pedro atua como porta-voz dos Doze (At 2, 14. 37; 5, 29) e desempenha um papel decisivo na abertura do Evangelho aos pagãos. O Colégio dos doze Apóstolos, cuja cabeça é Pedro, continua a viver no Episcopado da Igreja, cuja cabeça é o Romano Pontífice, sucessor de Pedro e Vigário de Jesus Cristo. O Concílio Vaticano II propôs de novo esta doutrina, quando ensina que “... o Senhor Jesus, depois de ter orado ao Pai, chamando a si os que Ele quis, elegeu doze para estarem com Ele e para enviá-los a pregar o Reino de Deus (Mc 3, 13-19; Mt 10, 1-42); e a estes Apóstolos (Lc 6, 13) constituiu-os em colégio ou grupo estável, e deu-lhe como chefe a Pedro, escolhido de entre eles (Jo 21, 15-17)”. “É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição’. Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. E fizeram esta oração: ‘Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu’. Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos” (At 1, 21-26).
O lugar de perdição, que São Pedro designa com uma locução benigna, o inferno que cabia a Judas pela sua iniquidade (Mt 26, 24; Mc 14, 21;). Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu. “É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição’. Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. E fizeram esta oração: ‘Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu’. Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos” (At 1, 21-26).
Judas Iscariotes abandonou o caminho do bem, da luz, da santidade... da salvação, para seguir o caminho das trevas, do pecado, da escuridão. Hoje, infelizmente, milhões de cristãos fazem o mesmo. “É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição’. Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. E fizeram esta oração: ‘Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu’. Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos” (At 1, 21-26).
Judas Iscariotes que foi chamado por Cristo não quis segui-lo até o fim; então São Matias o substituiu. Judas voltou as costas para a santidade... está no inferno. São Matias abriu o coração para a santidade... está no céu. Não basta iniciar a caminhada, mas é preciso perseverar nela até o fim. Disse São Jerônimo “... que muitos começam bem, mas poucos são os que perseveram. Um Saul, um Judas, um Tertuliano... começaram bem, mas acabaram mal, porque não perseveraram como deviam”. Nos cristãos não se procura o princípio, mas o fim. O Senhor não exige somente o começo da boa vida, quer também seu bom termo; o fim é que alcançará a recompensa. É por isso que São Lourenço Justiniano chama a perseverança de porta do céu. Quem não der com essa porta, não poderá entrar na glória. “É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição’. Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. E fizeram esta oração: ‘Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu’. Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos” (At 1, 21-26).
OBS: Essa pregação não está concluída; assim que “surgirem” novas mensagens as acrescentaremos.
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) Anápolis, 13 de junho de 2017
Bibliografia
Sagrada Escritura São João Crisóstomo, Homilia sobre os Atos dos Apóstolos, 3 Pe. Juan Leal, A Sagrada Escritura (texto e comentário) Pe. Alfred Barth, Enciclopédia Catequética, Voluma II Edições Theologica Pe. Lorenzo Turrado, Bíblia comentada Pontifício Instituto Bíblico de Roma Pe. Leo J. Trese, A fé explicada Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena, Intimidade Divina Santo Inácio de Antioquia, Escritos Leão XIII, Sapientiae christianae, 19 Orígenes, De Principiis, Prefácio Pe. Francisco Fernández Carvajal, Falar com Deus Santa Catarina de Sena, Escritos Catecismo Romano, I, 10, 17 Concílio Vaticano II, Lumen gentium, 19 Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a morte São Jerônimo, Escritos
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