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SERMÃO
(Pregado no encerramento da Santa Missão em Arturlândia, Jaraguá-GO, às 18:30 h., sábado, 07 de março de 1992, na celebração da Santa Missa)
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
No encerramento desta Santa Missão, quero falar-lhes sobre um trecho do Evangelho de São Mateus que diz: “Vós sois a luz do mundo” (5,14). Está claro que o católico é chamado a ser luz no meio desse mundo mergulhado nas trevas. Cada um há de lutar pela sua santificação pessoal, mas também pela santificação dos outros; e a melhor maneira de conquistar almas para Deus e de se santificar, é dar bom exemplo em todos os lugares: “Antes, como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos também vós santos em todo o vosso comportamento” (1 Pd 1,15). Caríssimos fiéis, o católico não pode se contentar em ser apenas faísca, porque uma faísca não ilumina nada; mas sim, deve ser um refletor para iluminar com o seu exemplo a todos os que estiverem em sua volta; e a luz do seu exemplo deverá ser tão forte, que possa ajudar cada um a enxergar as manchas que torna feia a sua alma: “...filhos de Deus, sem defeito, no meio de uma geração má e pervertida, no seio da qual brilhais como astros no mundo, mensageiros da Palavra de vida” (Fl 2,15-16). Sabemos que a luz é feita para iluminar um ambiente; se ela está queimada, não serve para mais nada, e deverá ser jogada fora para não ocupar lugar. O mesmo acontece com o católico. Ele deve ser verdadeiro cristão, que conforma a sua vida à palavra divina. É preciso obedecer radicalmente o que ordena Nosso Senhor: “Vós sois a luz do mundo!” (Mt 5,14). É luz, aquele homem que embora vivendo no mundo, não mancha os lábios com blasfêmias e com torpezas. É luz, aquela mulher que é o anjo de casa, que difunde o perfume da modéstia, da humildade e de resignação, e que vive em fervorosa oração. São luzes, os pais que sentem a própria dignidade e responsabilidade, que temem o Senhor e que respeitam os seus mandamentos. São luzes, os filhos que crescem obedientes, amorosos e devotos. O católico deve ser luz, ele deve brilhar com a sua vida; a vida dele deve ser uma chama que aquece os que estão congelados. O católico que não é luz, isto é, que não ilumina com o seu exemplo, apenas ocupa um lugar na Igreja Católica, torna-se inimigo da própria Igreja, porque, com o seu mau exemplo, afasta a muitos do seio da mesma, e acaba afastando ainda mais, os que já estavam vivendo já às margens da religião. Prezados fiéis, o católico é chamado a ser luz: “Vós sois a luz do mundo” (Mt 5,14), ele é chamado para ajudar a mudar o mundo, e não para conformar com a sua podridão: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos...” (Rm 12,2). O católico é chamado a transformar esse mundo obscuro e louco, a derramar sobre ele a luz que vem do alto; mas para o mesmo ser luz, é preciso que primeiro viva unido a Nosso Senhor que é a verdadeira luz: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12), e: “...corramos pressurosos ao encontro daquele que é a verdadeira luz” (Dos Sermões de São Sofrônio, bispo). Caríssimos fiéis, para o católico ser verdadeiramente luz, é preciso que ele se aproxime com freqüência da Confissão e da Comunhão; que se vista com modéstia e pudor; que freqüente somente lugares dignos de um católico praticante; que faça leituras piedosas, que reze com fervor e devoção, e que ande continuamente na presença de Deus. Que Nosso Senhor nos ajude a sermos uma verdadeira luz no meio desse mundo tão paganizado.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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