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SERMÃO
(Pregado no encerramento da Santa Missão na Fazenda Rancho Grande, Jaraguá-GO, às 16:30 h., Sábado, 28 de março de 1992, na celebração da Santa Missa)
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Prezados fiéis, no encerramento dessa Santa Missão, quero falar-lhes sobre a alegria; não da falsa alegria oferecida pelo mundo, mas daquela que nasce da união com Deus, Fonte da verdadeira alegria: “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos!” (Fl 4,4). O Apóstolo São Paulo nos convida a alegrarmos sempre no Senhor, e essa alegria deve ser contínua: “Ficai sempre alegres” (1 Ts 5,16). Sabemos que a verdadeira alegria consiste em viver em contínua união com Deus, com a graça santificante na alma, na obediência aos Mandamentos da Lei de Deus e da Igreja, e na guerra contínua contra o pecado, como escreve São Josemaría Escrivá: “A alegria é um bem cristão. Só desaparece com a ofensa a Deus, porque o pecado é fruto do egoísmo e o egoísmo é causa da tristeza. Mesmo então, essa alegria permanece no fundo da alma, pois sabemos que Deus e a sua Mãe nunca se esquecem dos homens. Se nos arrependermos no Santo Sacramento da penitência, Deus vem ao nosso encontro e perdoa-nos. E já não há tristeza” (Cristo que passa, nº 178). O católico autêntico deve fugir do mundo e buscar a verdadeira alegria em Deus: “Não vos entristeçais, porque a alegria de Deus é a nossa fortaleza” (Ne 8,10). Deus, escreve Santa Teresa dos Andes: “É fonte da verdadeira alegria”, e a mesma santa escreve: “Deus é alegria eterna”. Aquele que busca a alegria nas esquinas, nos botecos, nas novelas e no sexo fora do casamento, etc., viverá mergulhado na angústia e na tristeza; porque somente em Deus podemos encontrar a verdadeira alegria. Para uma alma viver sempre alegre, é preciso que esteja em contínua união com Deus, porque Ele é Alegria Infinita; ela precisa ser morada de Deus, somente assim, se alegrará continuamente: “Alegrai-vos, procurai a perfeição, encorajai-vos” (2 Cor 13,11). Deus é Alegria Infinita, e por isso, não podemos viver tristes, principalmente aquele que é missionário; porque o povo não segue uma pessoa que prega com carranca e com o semblante triste. É inútil procurar fazer o bem aos outros, se temos um ar triste e uma fisionomia aborrecida: “Deus censurará muitos cristãos pela sua tristeza, porque a tristeza dá uma falsa idéia de religião” (Mons. Gay), e Dom Guéranger diz: “O cristão deve ser Aleluia da cabeça aos pés”. A cruz não há de atrapalhar a nossa alegria; pelo contrário, precisamos beijá-la e carregá-la com o máximo de felicidade, porque ela é a escada que nos levará ao céu. O católico que busca a alegria em Deus, viverá bem espiritualmente e também fisicamente, porque a verdadeira alegria é útil para a saúde: “Não te deixes dominar pela tristeza e nem te aflijas com teus pensamentos. A alegria do coração é a vida do homem, a alegria do homem aumenta os seus dias. Ilude tuas inquietações, consola teu coração, afasta para longe a tristeza: porque a tristeza matou a muitos e nela não há utilidade alguma” (Eclo 30, 21-23). Caríssimos fiéis, permaneçamos sempre alegres; para a alma que busca a alegria em Deus é sempre primavera, e é mais bela que um jardim florido.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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