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      O católico que foge da cruz vive na miséria, porque a cruz 
      é um tesouro precioso: “…a cruz é um tesouro” 
      (Santa Teresa dos Andes). 
      
      Aquele que foge do pecado é sábio e merece elogio; mas, o 
      que foge da cruz é covarde e ignorante, porque sem ela a vida espiritual 
      torna-se um fracasso. 
      
      A cruz é um tesouro precioso porque com ele compramos o 
      céu: “A cruz é tesouro inestimável e tão 
      precioso que nunca me julgo mais feliz do que quando (Jesus) me brinda com 
      algum de seus sofrimentos” (Santa Margarida Maria Alacoque). 
      
       Sem a cruz seríamos mendigos na vida espiritual, porque 
      ela alimenta nossa união com Deus tornando-a agradável aos seus olhos. O 
      Senhor mesmo nos ensinou esse caminho de felicidade e riqueza espiritual:
      “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si 
      mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24). 
      
      A cruz é um tesouro precioso que bem explorado nos conduz à 
      vida eterna. Infeliz do católico que despreza esse tesouro… esse vive se 
      arrastando porque a cruz é tesouro inestimável: “A 
      posse da cruz é tanta e de tão grande valor que quem a possui, possui um 
      tesouro… É, portanto, grande e preciosa a cruz” (Santo André de 
      Creta). 
      
      A cruz é um tesouro precioso que faz bem para nossa vida 
      espiritual… não devemos buscar outra coisa fora dela:
      “Não queira mais nada a não ser somente a cruz, 
      que é uma linda coisa” (São João da Cruz). 
      
      O católico que busca as glórias do mundo é pobre e vazio, o 
      trono que ele pretende adquirir é podre e passageiro; enquanto que quem 
      vive mergulhado no tesouro da cruz é rico e feliz… o seu trono é seguro e 
      rico espiritualmente: “As cruzes, os desprezos, 
      as dores e as aflições são os verdadeiros tesouros dos que amam a Jesus 
      Crucificado… A cruz é o trono dos que amam Jesus Cristo de verdade” 
      (Santa Margarida Maria Alacoque). 
      
      Santo André de Creta diz: “A 
      glória e exaltação de Cristo é a cruz”; por isso, o católico 
      não pode buscar outra glória e trilhar outro caminho:
      “Deus me livre de me gloriar a não ser na cruz 
      de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 6, 14). 
      
      O mundo é cheio de ilusão, vaidade e tristeza; porém, a 
      cruz de Nosso Senhor é doçura, alegria e troféu de vitória para aquele que 
      a suporta com amor e docilidade: “Salve, ó cruz 
      vivificadora, ó invencível troféu da piedade, ó porta do paraíso, 
      fortaleza dos crentes e baluarte da Igreja” (Liturgia Oriental 
      – Os dias do Senhor). 
      
      Católico sábio é aquele que sobe o monte Calvário para 
      encontrar o tesouro mais precioso: a cruz. Aquele que o encontrou possui 
      um bem mais valoroso do que toda a riqueza da terra:
      “Salve, cruz preciosa, guia dos cegos, médico 
      dos enfermos e ressurreição dos mortos!” (Idem.). 
      
      Aquele que carrega a cruz com paciência e amor, carrega um 
      grande e precioso tesouro sobre os ombros. Este deve carregá-la todos os 
      dias com perseverança beijando-a com carinho, porque, assim, se assemelha 
      mais a Nosso Senhor: “A cruz, cada dia, nenhum 
      dia sem cruz: nenhum dia em que não carreguemos a cruz do Senhor, em que 
      não aceitemos o seu jugo” (Bem-aventurado Josemaría Escrivá). 
      
      A cruz é um tesouro de grande valor e um presente 
      maravilhoso que Nosso Senhor concede a seus amigos:
      “A cruz é um presente que o bom Deus dá a seus 
      amigos” (São João Maria Vianney). 
      
       O católico deve abraçar esse presente e carregá-lo 
      diariamente, quer na alegria quer na tristeza… sem esse tesouro não há 
      verdadeiro progresso: “A cruz é um penhor do 
      amor a Deus” (Bem-aventurada Elisabete da Trindade). 
        
      
      Pe. Divino Antônio Lopes FP(C) 
      
      Anápolis, 14 de setembro de 1999 
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