Santa Ângela de Foligno dizia: “Quero,
continuamente, voltar-me para vós e percorrer os caminhos da paixão e da
cruz”.
Aquele que caminha longe de Cristo Jesus busca uma vida
fácil, cômoda, possui a alma vazia e o coração angustiado.
Será que esse infeliz não pensa na hora da morte? Aquele
que fugiu o tempo todo da cruz de Nosso Senhor sabendo que é ela a escada
do céu… e preferiu voluntariamente a porta larga e o caminho espaçoso, com
certeza terá um julgamento terrível.
Quem não quis sofrer por amor a Cristo e que correu das
cruzes para viver no comodismo, terá uma triste surpresa na hora do juízo.
O céu é a Pátria dos valentes…
dos que carregam a cruz com alegria e
paciência.
Não segue verdadeiramente a Cristo quem leva uma vida
ociosa e preguiçosa; porque, para agradá-Lo é preciso mergulhar em sua
paixão e carregar a cruz por seu amor.
Muitos querem seguir a Cristo Jesus fugindo de sua sagrada
paixão e correndo assustados da cruz; esses, além de não conhecerem a
verdadeira face de Nosso Senhor, correm riscos de se condenarem ao
inferno.
Aquele que anda pelo caminho da cruz vive seguro e o
sofrimento lhe é suave e até gratificante… sabe muito bem que esse é o
caminho do céu e que se perseverar até o fim não terá um salário por
recompensa, mas sim, uma eternidade feliz.
Ó Querido Senhor, ajude-nos a carregar a cruz com
paciência, pois esta é a chave do céu.
Ó cruz, árvore frondosa, queremos viver unidos a ti… assim
estaremos seguros.
Ó cruz, nesse mundo, oceano de vaidade e comodismo, tu és
nossa tábua de salvação.
Ó cruz, unidos a ti jamais desanimaremos, porque tu és o
cajado que nos sustenta.
Ó cruz, mergulhados em ti venceremos todas as dificuldades,
porque tu és a escola onde o fraco aprende a lição da perseverança.
Na cruz morreu nosso Salvador. Ela foi banhada pelo sangue
precioso do divino Cordeiro e sustentou, em seus braços, o nosso melhor
Amigo.
Nosso coração geme diante do drama do Calvário… nossa alma
mergulha numa profunda angústia. Gostaríamos de sofrer tudo aquilo que
Nosso Senhor sofreu porque sentimos sede da sua bendita paixão.
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
Anápolis, 21 de fevereiro de 2003
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