“Porque vossa cruz é fonte de
todas as bênçãos e origem de toldas as graças” (Dos
Sermões de São Leão Magno, papa, Sermão 8, De passione Domini, 6-8: PL
54, 340-342).
É grande loucura e tremenda ignorância amaldiçoar a cruz;
aquele que luta para ficar longe dela vive em terra árida e não receberá
jamais o verdadeiro consolo.
Aquele que ama verdadeiramente a Nosso Senhor, se esforça
em carregar com alegria a cruz de cada dia:
“Quão ditosa sereis, se souberdes
carregar, apreciar e acariciar a cruz de Nosso Senhor, por amor daquele
que a amou tanto por nosso amor, que quis morrer em seus braços!
Empenhemo-nos, pois, em amar e sofrer por esse amor e, quando tivermos
adquirido perfeitamente esta ciência, saberemos e faremos tudo que Deus
quiser de nós” (Santa Margarida Maria Alacoque, Carta
7).
Jesus Cristo, Doce e Inocente Cordeiro, carregou a cruz
com paciência e sem murmurar; é vontade do Senhor Deus que façamos o
mesmo, porque longe da cruz não há salvação.
Como é vergonhoso um católico se poupar, isto é, correr
da cruz e buscar somente aquilo que lhe dá alívio.
Será que esse tipo de gente pretende se salvar vivendo no
caminho largo? Grande ilusão!
É preciso falar a essas pessoas que a cruz do Senhor não
é maldição, e sim, fonte de todas as bênçãos; e aquele que não a abraça
é um grande traidor.
Pode ser chamado discípulo de Nosso Senhor aquele
católico que se poupa e que foge continuamente da cruz? Não! Essa
maneira de se comportar é de pessoas que não amam a Deus de verdade, é
atitude de quem não o possui no coração, nem possui fé na vida eterna.
O pior de tudo, é que milhares de católicos, além de não
aceitarem a cruz e de fugirem da mesma, não cumprem nem os deveres
exigidos para seguir a Nosso Senhor.
O que se pode esperar de um católico que foge do tesouro
preciso da cruz? Nada! Será sempre um tumor maligno dentro da Santa
Igreja.
Que nome dar ao católico que pisa na cruz e que a
despreza? Esse deve ser chamado de parasita, porque não se esforça para
nada, deseja receber tudo nas mãos sem se esforçar.
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
Anápolis, 19 de março de 2004
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