Ó Santa Mãe Igreja, tu és a Única Esposa do Divino Cordeiro;
desde os tempos dos Apóstolos tu começaste a ser designada como Igreja
Católica, isto é, Universal.
Apareceram alguns tentando semear confusão entre os
verdadeiros seguidores de Nosso Senhor; para diferenciá-la dessas igrejinhas
deram-lhe o nome de Católica.
Tu és Católica porque Cristo Jesus a estabeleceu para todos
os povos e para todos os tempos.
A expressão “Igreja Católica” (universal) aparece a
primeira vez em Santo Inácio de Antioquia (Smyr. 7, 2):
“Onde comparecer o Bispo, aí esteja a multidão,
do mesmo modo que, onde estiver Cristo Jesus, aí está a Igreja Católica”.
São Policarpo nasceu no ano 69 e foi discípulo de São João
Evangelista; antes de receber a palma do martírio escreveu uma carta à
Igreja de Esmirna, assim endereçada: À Igreja de
Deus que peregrina em Esmirna, à Igreja de Deus que peregrina em Filomélio,
e a todas as paróquias da Igreja Santa e Católica em todo o mundo”.
Tu, ó Mãe, és a Única Esposa do Cordeiro Imaculado, tu és a
Católica, e estás espalhada pelo mundo inteiro: “…pequenos
e grandes, ilustres e humildes, e especialmente de toda Igreja Católica,
espalhada por toda a terra” (São Policarpo).
Em vão os inimigos tentaram semear confusão sobre ti, ó
Esposa Fiel do Senhor, dizendo que não és a Única Igreja de Nosso Senhor.
Falando sobre ti, Firmiliano, bispo de Capadócia diz:
“Há uma só esposa de Cristo que é a Igreja
Católica” (Ep. de Firmiliano, n.º 14), e
São Frutuoso, martirizado no ano de 259, diz: “É
necessário que eu tenha em mente a Igreja Católica, difundida desde o
Oriente até o Ocidente” (Ruinart. Acta martyrum, pág. 192,
nº 3). Está claro que tu és uma Mãe Amorosa que abraça todos
os filhos que desejam realmente viver na verdade.
Senhora Fiel, feliz daquele que pertence a ti e que segue com
docilidade a vossa Santa Doutrina; esse não se sentirá embaraçado, mas sim,
convicto e seguro: “Só a Igreja Católica é que
conserva o verdadeiro culto. Esta é a fonte da verdade; este o domicílio da
fé, o templo de Deus, no qual, se alguém não entrar, do qual se alguém sair,
está privado da esperança de vida e salvação eterna” (Lactâncio,
Livro 4º, Cap. 3º), e São Cirilo de Jerusalém também escreve:
“… a Igreja Católica; este é o nome próprio desta
Santa Mãe de todos nós, que é também a esposa de Nosso Senhor Jesus Cristo”
(Instrução Catequética, c. 18; nº 26).
Ó Senhora Bondosa, seguir-te é percorrer um caminho seguro.
Feliz daquele que percorre esse caminho e que foge de todos os desvios:
“Deve ser seguida por vós aquela religião cristã,
a comunhão daquela Igreja que é Católica, e Católica é chamada não só pelos
seus, mas também por todos os inimigos” (Santo Agostinho,
Verdadeira Religião, c. 7; nº 12).
Ó Santa Igreja, infeliz daquele que te abandona para seguir a
correnteza assassina das seitas.
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
Anápolis, 02 de abril de 2006
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