Ó RAINHA
DOS MÁRTIRES
Ó
Rainha dos mártires!
Fortalecei-nos, para
que suportemos com paciência as cruzes de cada dia sem nos
desesperarmos: “Destinara-a para ser a Rainha
dos mártires e em tudo semelhante a seu Filho. Devia por isso sofrer
continuamente e ter sempre diante dos olhos as penas que a esperavam.
E elas eram a Paixão e morte de seu amado Filho”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Ó
Rainha dos mártires!
Que nenhuma notícia
negativa seja motivo para nos desanimar, mas que a abracemos
pacificamente: “Maria recebeu com suma paz a
profecia sobre a morte do Filho, e continuou a sofrer em paz. Mas,
vendo sempre diante dos olhos aquele amável Filho, que dor padeceria
então continuamente!”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Ó
Rainha dos mártires!
Que as cruzes de
cada dia, pequenas e grandes, nos levem a aproximarmos mais de Nosso
Senhor: “Ah! Filho meu, aperto-te em meus
braços, porque és muito querido. Porém, quanto mais me és querido,
mais te tornas para mim um ramalhete de mirra e de dores, ao
lembrar-me de tuas penas”
(Abade Roberto).
Ó
Rainha dos mártires!
Enchei o nosso pobre
coração do verdadeiro amor para com Nosso Senhor; e assim,
continuaremos a nossa caminhada rumo à eternidade feliz, mesmo quando
o caminho se tornar difícil: “Com o aumento do
amor, mais aumentava também a dor, à só lembrança de perder esse Filho
por uma tão cruel morte. E quanto mais se avizinhava o tempo da
Paixão, mais cruelmente a espada, predita por Simeão, atravessava o
coração materno de Maria”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Ó
Rainha dos mártires!
Dai-nos a paciência
para suportarmos as inúmeras dificuldades da vida sem jamais
esmorecermos. Que sejamos pacientes, mesmo se as lágrimas escorram em
nossas faces: “Ferida pelo caçador, aonde vai,
leva a corça consigo a sua dor, carregando no corpo a seta cruel.
Assim também Maria, depois do funesto vaticínio de São Simeão, levou
consigo a dor, que consistia na contínua memória da Paixão do Filho”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Ó
Rainha dos mártires!
Dai-nos coragem,
caso tenhamos que suportar desprezos para permanecermos fiéis a Nosso
Senhor: “Que pesar para o coração de Maria ao
ouvir a intimação do cruel exílio, ao qual ela e o Filho eram
condenados! Foge dos teus para os estranhos, do templo do verdadeiro
Deus para a terra dos ídolos!”
(Santo Alberto Magno).
Ó
Rainha dos mártires!
Que soframos com
alegria e amor as tribulações que surgirem em nosso caminho:
“Da Judéia ao Egito era muito longe a
jornada... era o caminho desconhecido e péssimo, cortado de carrascais
e pouco freqüentado. Estava-se no inverno e a Sagrada Família teve de
viajar debaixo de aguaceiros, neves e ventos, por estradas alagadas e
lamacentas. Quinze anos tinha então Maria; era uma donzela delicada,
nada afeita a semelhantes viagens”
(Boaventura Barrádio).
Ó
Rainha dos mártires!
Que a pobreza
material não nos desanime de buscar a Jesus; pelo contrário, que O
busquemos com mais afinco, porque Ele é a Riqueza Infinita:
“No Egito sofreram extrema pobreza, durante os
sete anos que permaneceram escondidos”
(Santo Antonino).
Pe. Divino Antônio
Lopes FP.
Anápolis, 28 de
junho de 2007
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