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			TU QUE DEIXASTE A TERRA, LEVAI-NOS PARA 
			O CÉU! 
			  
			
			Tu que deixaste a terra, levai-nos 
			para o céu! 
			
			Nosso Senhor atendeu ao desejo dos anjos 
			chamando Maria Santíssima ao Céu: 
			“Ordenara outrora que a arca do Testamento fosse com grande pompa 
			introduzida na cidade de Davi: ‘Davi e toda a casa de Israel 
			conduziram a arca com júbilo e ao som das trombetas’ (2 Sm 6, 14). 
			Porém com pompa muito mais nobre e gloriosa ordenou que sua Mãe 
			entrasse no Céu” 
			(Santo Afonso Maria de Ligório). 
			
			Querida Senhora, queremos também entrar 
			no Céu... nessa Pátria feliz... mas estamos pesados e 
			sobrecarregados das coisas da terra. Quem vive agarrado às coisas 
			desse mundo jamais subirá ao Céu... o Céu é a morada dos 
			“leves”, isto é, dos que vivem desapegados das coisas 
			caducas desse mundo: “O Céu é a posse de 
			Deus. No Céu contempla-se a Deus, adora-se e ama-se a Ele. Mas para 
			chegar ao Céu é preciso desprender-se da terra” 
			(Santa Teresa dos Andes). 
			  
			
			Tu que deixaste a terra, levai-nos 
			para o céu! 
			
			O profeta Elias foi transportado 
			ao Céu num carro de fogo, que, como dizem os intérpretes, não foi 
			senão um grupo de anjos: 
			“Mas para vos conduzir ao Céu, ó Mãe de Deus, não 
			bastou um grupo de anjos. O mesmo Rei da glória veio acompanhar-vos 
			com toda a sua corte celeste” 
			(Abade Roberto). 
			
			Nossa Amável Mãe, aumente no nosso pobre 
			e limitado coração o desejo pelo Céu. O Céu é o lugar onde Deus 
			habita com os seus Anjos e Santos. Feliz de quem é chamado a fazer 
			parte desta grande e luzida corte: “Os 
			que têm a coragem de lutar sem desfalecer trazem no coração o desejo 
			do Céu: é um sinal certo, porque um combate que dura toda a vida só 
			pode estar inteiramente orientado para a bem-aventurança definitiva”
			(Monge Edouard Clerc). 
			  
			
			Tu que deixaste a terra, levai-nos 
			para o céu! 
			
			São Bernardino de Sena escreve: 
			“Para honrar o triunfo de Maria, veio do 
			paraíso o próprio Jesus Cristo; desceu para encontrá-la e 
			acompanhá-la”.  
			
			Mãe do Puro Amor, dai-nos força para 
			vencer todas as batalhas da vida! Para conquistar o Céu vale a pena 
			suportar com alegria todas as contrariedades que surgirem pelo 
			caminho. 
			
			Doce Mãe, quão belo é o Céu! Lá estão em 
			trono diamantino todos os que  a Igreja elevou as honras dos 
			altares. Lá vivem todos os que, a despeito das mil seduções do 
			mundo, conservaram intacta a flor da inocência. Lá estão gozando da 
			vista de Deus todos os que lavaram nas lágrimas de uma sincera 
			penitência as máculas de sua vida pecaminosa. Lá sustentam as suas 
			palmas de triunfo os numerosos mártires, que, pelo amor da fé, 
			sacrificaram a vida. 
			
			Não se chega ao Céu vivendo no 
			comodismo; mas sim, percorrendo o caminho da cruz: 
			“Estreita, porém, é a porta e 
			apertado o caminho que conduz à Vida” 
			(Mt 7, 14). 
			  
			
			Tu que deixaste a terra, levai-nos 
			para o céu! 
			
			Eádmero diz: 
			“O Salvador quis subir ao Céu antes de Maria, não só para 
			preparar-lhe o trono, mas também para tornar-lhe mais gloriosa a 
			entrada no Céu, pela sua presença e pelo luminoso séquito dos 
			espíritos bem-aventurados”. 
			
			Virgem, oceano de graças; o Céu é 
			o reino dos vivos. A graça é a vida da alma; logo, só aqueles que, 
			ao separar-se do mundo, estão em estado de graça e amizade com Deus, 
			lá têm entrada. Nem vale para entrar no Céu ter possuído a vida 
			sobrenatural, a quem na hora decisiva se achar dela despojado:
			“Os iníquos não 
			possuirão o reino de Deus” (1 Cor 
			6, 9). 
			  
			
			Tu que deixaste a terra, levai-nos 
			para o céu! 
			
			O monge Nicolau vê mais fulgores na 
			Assunção de Maria que na Ascensão de Jesus Cristo. Porque, ao 
			Redentor, somente vieram encontrá-Lo os anjos, enquanto que a 
			Santíssima Virgem subiu à glória saindo-lhe ao encontro e 
			acompanhando-a o mesmo Senhor da glória e toda a bem-aventurada 
			companhia do santos e anjos. 
			
			Maria Santíssima, nossa esperança; 
			ajude-nos a vencer todas as tentações para não cairmos no pecado. De 
			nada nos aproveitarão as virtudes que praticamos toda a vida, se a 
			morte do corpo coincidir com a da alma: 
			“De nada vale ter sido santo por longo tempo, se no fim da vida se 
			morre pecador” (Pe. 
			Alexandrino Monteiro). 
			  
			
			Tu que deixaste a terra, levai-nos 
			para o céu! 
			
			Santo Afonso Maria de Ligório escreve:
			“Consideremos como, descendo o Salvador 
			do Céu para encontrar a Mãe, lhe disse, consolando-a: Levanta-te, 
			apressa-te, amiga minha; pomba minha, formosa minha, e vem. Porque 
			já passou o inverno, já se foram e cessaram de todo as chuvas (Ct 2, 
			10). Vamos, minha cara Mãe, minha bela e pura pomba, deixa este vale 
			de lágrimas, onde tens sofrido tanto por meu amor”. 
			
			Formosa Senhora, para conquistar a 
			Pátria feliz é preciso trilhar o caminho do Calvário... não existe 
			outro caminho para o Céu senão o da cruz. Ajude-nos a suportar as 
			dores com alegria sem jamais reclamar dos “carinhos” 
			de Deus: “Não 
			podemos esquecer que o caminho que conduz ao Céu passa pelo 
			Calvário.  Devemos, portanto, aceitar os sofrimentos próprios desta 
			vida e levar a nossa cruz em seguimento de Cristo. Na verdade, a 
			aceitação da dor não é apenas um sinal de que desejamos o Céu, mas o 
			meio necessário para alcançá-lo”
			(Monge Edouard Clerc).
			 
			  
			
			Tu que deixaste a terra, levai-nos 
			para o céu! 
			
			Eis que Maria já deixa a terra:
			“Vêm-lhe à memória 
			as muitas graças que na terra recebera de seu Senhor. Olha a terra 
			por isso com afeto e juntamente com compaixão, recordando-se dos 
			pobres que deixa expostos a tantas misérias e a tantos perigos. 
			Jesus lhe estende a mão, e a santa Mãe já se eleva no ar, já passa 
			as nuvens e as esferas. E chega enfim às portas do Céu” 
			(Santo Afonso Maria de Ligório). 
			
			Bela Senhora, 
			quando chegará a hora de “voarmos” para o Céu? 
			
			Nesse 
			oceano de felicidade, paz e amor, os eleitos vêem a Deus e 
			conhecem-no de maneira clara... contemplam a Deus, uns mais 
			perfeitamente do que outros, de acordo com os seus méritos... não 
			podem mais pecar...  conhecem a Santíssima Trindade, vêem Jesus, 
			Deus-Homem... vêem a Santíssima Virgem, Anjos, Santos, familiares e 
			amigos: 
			“Coloca-te debaixo da proteção da Santíssima Virgem e dos santos; 
			promete-lhes de os servir fielmente, para que te ajudem a conseguir 
			esse céu, onde te esperam; estende as mãos a teu bom anjo, 
			suplicando-lhe que te conduza para lá; anima tua alma a perseverar 
			constantemente nesta escolha”
			(São Francisco de Sales). 
			  
			
			Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
			
			Anápolis, 11 de agosto de 2011 
            
			  
          
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