A Virgem dolorosa permaneceu silenciosa ao
pé da cruz: “Perto da cruz de Jesus,
permaneciam de pé sua mãe...” (Jo 19,25).
O coração bondoso e maternal de Nossa
Senhora tremia de dor... ela contemplava o seu Filho todo ensanguentado e
pregado no duro madeiro e não reclamava... suportava tudo em silêncio.
A Mãe aflita nos ensina a suportar as
cruzes em silêncio e por amor a Deus. Conformando com a santa vontade de
Nosso Senhor, sigamos o exemplo da Virgem Maria: “Sofrer
de nada vale se não for por amor a Deus” (Santo Tomás de
Aquino).
Elias andou durante um dia pelo deserto e
pediu a morte: “Agora basta, Deus! Retira-me a
vida...” (1 Rs 19,4).
Davi quando recebeu a notícia da morte de
seu filho Absalão caiu em pranto dizendo: “Meu
filho Absalão! Meu filho Absalão! Porque não morri eu em teu lugar!
Absalão, meu filho! Meu filho!” (2 Sm 19,1).
Agar não suportou ver seu filho Ismael
passar sede... colocou a criança debaixo de um arbusto e foi sentar-se
defronte à distância de um tiro de arco. Dizia consigo mesma:
“Não quero ver morrer a criança!” Sentou-se
defronte e se pôs a gritar e chorar” (Gn 21,16).
O comportamento da Virgem das dores foi
totalmente diferente do comportamento de Elias, Davi e Agar. Ela
permaneceu serena e silenciosa diante do sofrimento... sofria e amava
a santa vontade de Deus.
O católico deve aprender de nossa Mãe
dolorosíssima essa belíssima lição: não se desesperar nem desanimar diante
das provações da vida, mas aceitar tudo com fé e silêncio.
O silêncio da Mãe das dores ao pé da cruz
deve nos ajudar principalmente nas dificuldades. Bebendo do seu silêncio
suportamos tudo com amor e agradamos melhor a Deus.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis-Go, 09 de dezembro de 1998
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