A Mãe dolorosa, na fuga para o Egito,
enfrentou um grande perigo no deserto: ladrões. Mesmo assim, a Mãe
sofredora não voltou atrás nem se acomodou, mas com o coração forte e
firme continuou a viagem.
No “deserto” da vida passamos também
por esse perigo. Existem “ladrões” furiosos que sentem inveja e
ódio do nosso progresso espiritual; os mesmos usam de todas as armas para
impedir o nosso crescimento na santidade.
Esses “ladrões” trabalham
continuamente para roubar o tesouro mais precioso que levamos conosco
nessa viagem: a graça santificante.
O mundo é um desses “ladrões” que
olha com maus olhos o nosso progresso espiritual. Ele se assemelha a um
monstro furioso que vomita todo o ódio contra os seguidores de Jesus
Cristo. Quem permanecer unido à Mãe das dores sairá vencedor, porque ela
protege e ampara quem conta com o seu auxílio.
O mundo não olha com simpatia para o filho
fiel de Nossa Senhora das Dores que caminha pelo “deserto” desse
mundo rumo à santidade. Ele, “ladrão” furioso e assassino das
almas, arma suas ciladas para tentar impedir esse progresso espiritual,
porque “... suas obras são más”
(Jo 7,7).
Jesus Cristo disse:
“Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não
sois do mundo e minha escolha vos separou do mundo, o mundo, por isso, vos
odeia” (Jo 15,19).
O filho da Mãe das lágrimas é perseguido
pelo mundo, porque não pertence mais ao seu barulho nem ao crime; mas anda
sob a proteção materna da Virgem do Calvário e, por isso, é odiado pelo
mundo.
Na viagem pelo “deserto” da vida, o
filho fiel permanece de pé, porque se apóia na Mãe sofredora, amiga
cuidadosa e zelosa. Essa boa Mãe o protege da falsa amizade do mundo que
não agrada a Deus: “Adúlteros, não sabeis que a
amizade com o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele que quer ser
amigo do mundo torna-se inimigo de Deus” (Tg 4,4).
O mundo, “pescador” furioso e cheio
de ódio, lança suas redes para apanhar o filho fiel da Mãe dolorosa, mas a
sua pescaria fica em vão, porque a Mãe dolorosa ensina o caminho certo por
onde seu filho deve passar: “Quem te ama, ó
Maria, caminha seguro...” (Servo de Deus Eduardo Poppe).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis-GO, 11 de março de 2000
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