A Santíssima Virgem, Mãe zelosa e
apaixonada pelo seu divino Filho, diante da fúria do rei Herodes fugiu
para o Egito. Não mediu esforços, não deixou para o dia seguinte nem ficou
pensando se valeria ou não a pena defendê-Lo, mas reagiu rapidamente e com
convicção.
A Mãe dolorosa estreitou em seus braços o
seu riquíssimo Tesouro e fugiu para uma terra desconhecida e longínqua,
passando por inúmeras dificuldades e perigos. Com certeza a Santíssima Mãe
passou fome, sede, frio, calor e se cansou muito... fez tudo isso para
defender o seu querido Filho do terrível Herodes.
É preciso aprender agir como essa boa Mãe,
principalmente quando se trata de defender a Nosso Senhor presente em
nossa alma.
O maligno está sempre armando ciladas e
preparando armadilha para nos derrubar e matar em nossa alma a presença de
Deus. Precisamos ser sábios e fortes para fugirmos das ocasiões de pecado.
Quando percebermos que algo não é correto e
que ofende ao Senhor que está no nosso coração, devemos fugir rapidamente
a exemplo da Santíssima Mãe. Não adiar a fuga... o corte deve ser decidido
e radical; porque o Deus da nossa alma vale mais do que o mundo inteiro. O
demônio teme a pessoa que foge das ocasiões de pecado... e como um boi
furioso, multiplica as armadilhas.
Aquele que brinca com fogo certamente se
queimará; o mesmo acontece com aquele que não foge da ocasião de pecado:
cedo ou tarde cairá.
Muitos comungam com frequência, confessam
até semanalmente, jejuam e rezam muito... de nada vale essa piedade se não
fogem das ocasiões de pecado.
A fuga da ocasião de pecado é arma
poderosíssima para evitá-lo. De que adiantaria alguém enxugar o corpo com
uma toalha seca permanecendo debaixo do chuveiro? O mesmo acontece em
relação às ocasiões de pecar: de que adiantaria alguém confessar,
comungar, rezar... se vivesse o tempo todo em ocasiões de pecar? Nada,
simplesmente nada.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis-GO,
15 de fevereiro de 2003
|