Em Jo 19, 25 diz: “Perto
da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe...”
Dois corações que se amam verdadeiramente
não suportam a separação, mesmo que tenham de enfrentar as maiores
dificuldades. Foi o que aconteceu entre a Mãe das dores e o seu querido
Filho Jesus. A Mãe do puro Amor não se afastou da cruz, mas permaneceu
unida a Cristo crucificado... sentia uma dor terrível, mas o seu amor por
Nosso Senhor era bem mais forte que a dor... quem ama suporta tudo pela
pessoa amada.
Maria Santíssima estava ao pé da cruz assistindo a morte de Jesus
com o coração dilacerado de dor, mas suportou tudo para não ficar longe d’Ele:
“Aqui temos a contemplar uma nova espécie de
martírio. Trata-se de uma mãe condenada a ver morrer diante de seus olhos,
no meio de bárbaros tormentos, um Filho inocente e diletíssimo”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
A ovelhinha pura e paciente contempla o
Cordeiro Imaculado na cruz, e os Corações Sagrados da ovelhinha e do
Cordeiro se unem ainda mais.
A Mãe sofredora sabia muito bem que o seu
Filho fora condenado inocentemente; ali estava Ele na cruz sofrendo
terrível humilhação... Ele só fez o bem... nenhuma mentira saiu de seus
lábios durante sua missão.
Qual mãe suportaria tamanha dor? Qual mãe
teria coragem de assistir tamanho espetáculo? De mil, às vezes uma, mas
com muitas lágrimas e reclamação.
Ò Mãe das dores, ajude-nos a sofrer amando.
Somos fracos e covardes... precisamos aprender da Senhora a sofrer calados
e sem reclamar da cruz.
Querida Mãe, o teu amor por Jesus Cristo
enche o nosso coração de força; estamos prontos a sofrer qualquer tormento
para permanecermos unidos a Ele.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis-Go,
22 de fevereiro de 2003
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