Quando a Santíssima Virgem descobriu que o
Menino Jesus não estava com ela não quis seguir viagem, mas foi procurá-Lo
com o coração cheio de angústia; ela estava sempre com Ele, agora o seu
adorável Filho está ausente: “Estava acostumada
à contínua alegria da dulcíssima presença de seu Jesus, e eis que agora o
perde em Jerusalém e dele se vê longe, durante três dias”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
O amor da Mãe das dores por Jesus Cristo
era imenso e verdadeiro; seu coração carinhoso palpitava de amor pelo
Salvador da humanidade... ela então O procurou com perseverança:
“Meu Filho, dize-me onde estás, a fim de que eu
cesse de errar à sua procura, em vão” (Idem.).
Já se fazia doze anos que a Santíssima
Virgem estava unida ao Menino Deus. O amor entre Mãe e Filho era imenso...
um oceano de alegria e paz. O carinho de Nossa Senhora por Jesus era
imenso; e Ele, Filho adorável e amado, pagava carinho com carinho... amor
com amor.
Ó Mãe das dores, queremos seguir o vosso
exemplo, não queremos viver sem Jesus. Aquele que viveu perto da Luz
Eterna não consegue mais viver nas trevas... quem encontrou a face
adorável de Jesus Cristo não consegue ficar longe dela.
Nada nos impedirá de vivermos unidos ao
nosso Amor Eterno; somente Ele satisfaz um coração tão amargurado e vazio.
Devemos fugir de tudo aquilo que não agrada
ao doce Senhor. O que o mundo poderá oferecer-nos? Nada! O que a amizade
com as criaturas nos oferece? Só angústia e traição! Somente em Jesus
Cristo encontramos tudo... somente o seu amor enche nossa alma de
felicidade. Então é preciso buscá-Lo continuamente sem desanimar.
É grande loucura continuar a viagem sem a
presença de Deus na alma; porque a vida é curta e a morte não avisa. É
preciso estar sempre com Jesus Cristo, Ele é a luz que ilumina os nossos
passos... quem caminha sem essa luz mergulha nas trevas.
Como é triste ver pessoas vivendo longe de
Jesus Cristo... continuando a viagem da vida sem a presença do Amor
Eterno. Estas pessoas são loucas e estúpidas... vivem errantes engordando
o demônio na alma sem nenhuma preocupação.
A Mãe dolorosa passou noites em claro
preocupada com o Menino Deus: “A aflita Mãe não
dormiu naquelas noites, passando-as em pranto e rogos para que Deus a
fizesse achar o Filho” (Pelbarto).
Enquanto que muitos infelizes, que se gabam de ser cristãos e filhos de
Nossa Senhora, vivem em pecado e sorridentes. Esses, ao invés sorrirem,
deveriam bater no peito e buscar com zelo a graça de Deus através de uma
confissão bem feita.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis-Go,
08 de março de 2003
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