De quinta para sexta-feira, dia da morte do Amado Jesus, a Virgem das Dores passou a noite mergulhada num mar de sofrimentos; não buscou o consolo das criaturas, mas permaneceu unida ao Criador… rezando, sofrendo e conformada com a sua Santa Vontade.

Diante dos pequenos e grandes sofrimentos, aprendamos da Virgem Dolorosa a buscar apoio, consolo e força no Deus que tudo pode… e não nas criaturas vazias e curiosas.

A Bondosa Ovelhinha passou a noite inteira sofrendo, e de manhã… quando ainda estava escuro, recebeu a visita de alguns Apóstolos trazendo somente notícias tristes sobre o seu Querido Jesus.

Ela recebeu cada Apóstolo com serenidade, atenção e caridade… e ouviu as tristes notícias com paciência, paz e conformidade. Nada de desespero, revolta e impaciência.

Qual é a nossa atitude diante das notícias tristes? De paciência ou de desespero? Aprendamos da Santa Mãe de Deus a suportar tudo conformando com a vontade d’Ele.

Um apóstolo disse que Jesus Cristo fora traído por Judas Iscariotes… outro, que o Senhor fora amarrado e caminhava com dificuldade… outro, que o seu Amado Filho estava isolado numa prisão… e a Virgem Dolorosa escutava tudo com atenção e sem se desesperar.

O desespero nas horas difíceis não pode agradar a Deus. Que a paciência esteja no nosso coração nas horas de provações.

A Virgem Maria não duvidou do amor e da existência do Criador nesse momento difícil, como acontece com milhões de pessoas diante das provações… mas suportou tudo em silêncio… sem se queixar.

Quem duvida do amor de Deus e da sua existência diante das provações… não o ama verdadeiramente.

Nossa Senhora não recebeu nenhuma notícia agradável e consoladora naquela manhã, mas somente notícia triste… uma pior que a outra… mesmo assim, não deixou de confiar e amar o Criador.

É muito fácil amar a Deus quando tudo está bem na nossa vida. São nas provações que provamos se o nosso amor a Deus é verdadeiro e sincero. Milhões de pessoas abandonam o caminho de Deus nas horas difíceis… diante das dificuldades. Pobres infelizes!

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

Anápolis, 12 de agosto de 2017