Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

61 – Mãe das angústias, seguidora do Servo sofredor

 

 

A Virgem Dolorosa contempla a Santíssima Face do Filho banhada em sangue, suja de terra por causa das quedas… e de escarros. Contemplou a Face do Filho e não recuou… não retrocedeu… não o abandonou… mas o seguiu na dolorosa viagem até o Calvário.

Quem ama verdadeiramente a Jesus Cristo, jamais o abandona… suporta todas as dificuldades e provações para permanecer ao seu lado, na sua amizade.

Não basta contemplar o Senhor na Santíssima Eucaristia, rezar, realizar o bem… mas é preciso imitá-lo carregando a cruz para o Calvário.

A Virgem Maria o contemplou e o seguiu… façamos o mesmo.

São Francisco de Sales diz que o “monte Calvário é o monte dos amantes”, isto é, das almas apaixonadas por Jesus Cristo… quem o ama não fica parado na metade do caminho, mas o segue até o fim, até o Calvário.

A Mãe das Dores seguiu o seu Filho… com o Imaculado Coração cheio de dor. O Manso Cordeiro ia à frente com a cruz às costas, e a Doce Ovelhinha o acompanhava com fé, paciência e com a cabeça inclinada diante da vontade de Deus.

O Senhor não veio para fazer a própria vontade; mas sim, a vontade do Pai… ela, a Mãe sofredora, imita o exemplo do Filho: fazer a vontade de Deus, principalmente no sofrimento… nas horas difíceis.

Ninguém obrigou a Virgem Maria a seguir o seu Amado Jesus para o Calvário… ela foi “empurrada” pelo amor… amor verdadeiro que não consegue ficar longe da pessoa amada.

Aquele que ama verdadeiramente a Cristo Jesus não o abandona nas horas difíceis, mas caminha na sua presença com perseverança… porque sabe muito bem que o Senhor não prometeu vida cômoda para os seus amigos aqui nesse mundo: “Toda a vida de Cristo foi cruz e martírio; e tu queres que a tua seja descanso e alegria?” (Tomás de Kempis).

Nessa viagem para o Calvário ela contemplou dois “exércitos”: um que amava o seu Filho e chorava de amor por Ele… outro que o odiava, o insultava e zombava d’Ele.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

Anápolis, 09 de setembro de 2017