A
Virgem Dolorosa contempla a Santíssima Face do Filho banhada em sangue,
suja de terra por causa das quedas… e de escarros. Contemplou a Face do
Filho e não recuou… não retrocedeu… não o abandonou… mas o seguiu na
dolorosa viagem até o Calvário.
Quem ama verdadeiramente a Jesus Cristo, jamais o abandona… suporta
todas as dificuldades e provações para permanecer ao seu lado, na sua
amizade.
Não
basta contemplar o Senhor na Santíssima Eucaristia, rezar, realizar o
bem… mas é preciso imitá-lo carregando a cruz para o Calvário.
A
Virgem Maria o contemplou e o seguiu… façamos o mesmo.
São
Francisco de Sales diz que o “monte Calvário
é o monte dos amantes”, isto é, das almas apaixonadas por
Jesus Cristo… quem o ama não fica parado na metade do caminho, mas o
segue até o fim, até o Calvário.
A
Mãe das Dores seguiu o seu Filho… com o Imaculado Coração cheio de dor.
O Manso Cordeiro ia à frente com a cruz às costas, e a Doce Ovelhinha o
acompanhava com fé, paciência e com a cabeça inclinada diante da vontade
de Deus.
O
Senhor não veio para fazer a própria vontade; mas sim, a vontade do Pai…
ela, a Mãe sofredora, imita o exemplo do Filho: fazer a vontade de Deus,
principalmente no sofrimento… nas horas difíceis.
Ninguém obrigou a Virgem Maria a seguir o seu Amado Jesus para o
Calvário… ela foi “empurrada” pelo amor… amor verdadeiro que não
consegue ficar longe da pessoa amada.
Aquele que ama verdadeiramente a Cristo Jesus não o abandona nas horas
difíceis, mas caminha na sua presença com perseverança… porque sabe
muito bem que o Senhor não prometeu vida cômoda para os seus amigos aqui
nesse mundo: “Toda a vida de Cristo foi cruz
e martírio; e tu queres que a tua seja descanso e alegria?”
(Tomás de Kempis).
Nessa viagem para o Calvário ela contemplou dois “exércitos”: um
que amava o seu Filho e chorava de amor por Ele… outro que o odiava, o
insultava e zombava d’Ele.
Pe.
Divino Antônio Lopes FP (C)
Anápolis, 09 de setembro de 2017
|