Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

62 – Mãe das dores, conformada com a vontade de Deus

 

 

A Virgem Santíssima, com o Coração cheio de dor, com lágrimas nos olhos… mas conformada com a vontade de Deus, acompanhou Jesus Cristo, seu Amado Filho, no caminho do Calvário.

Ela, a Mãe da Soledade, viu Simão Cireneu ajudar o Senhor a carregar a cruz, não por amor, mas obrigado.

A Virgem Amarguradíssima seguia o Senhor por amor; enquanto que Simão Cireneu ajuda a Cristo a carregar a cruz… não por amor. Infeliz da pessoa que carrega a cruz sem amor… com o coração revoltado: “Fugir da cruz é a maior de todas as cruzes” (São João Maria Vianney). Quem foge da cruz não possui paz na alma e vive mergulhado na amargura.

Nossa Senhora, a Mãe das Angústias, contempla o seu Filho… Ele está muito fraco e abatido; mesmo assim, não deixa de ser o Senhor do céu… o que governa todas as criaturas. Os judeus obrigam Simão Cireneu a levar a cruz, temendo que o Senhor morresse no caminho… sem sentir a dor dos cravos.

Ela, a Doce Ovelhinha, com o Coração cheio de dores, olha para Jesus e para Simão; Nosso Senhor, cansado… não abandona a cruz, mas a carrega… e Simão, tranquilo… não está cansado, ajuda o Senhor… sem amor.

Por que carregar a cruz obrigado, sendo que ela é a chave do céu? “Quem carrega a cruz obrigado e com revolta, perde-se” (Santo Agostinho).

A Virgem Dolorosa viu Simão Cireneu tomar a cruz… mesmo sendo obrigado. Mesmo assim ele foi afortunado, porque não estava ajudando uma criatura; mas sim, estava ajudando o Criador a levar a pesada cruz para o Calvário.

Aquele que sofre com paciência, serenidade e voluntariamente, agrada muito a Deus… para suportar o peso das cruzes de cada dia é preciso da graça de Deus. Quem busca outro caminho para o céu não se salvará, porque a cruz é o único caminho para a Felicidade Eterna.

A Mãe Sofredora viu o seu Amado Filho caminhando na frente, e em seguida vinha Simão Cireneu com a cruz às costas. O Senhor não se afasta daquele que percorre o caminho da cruz.

O exemplo de Jesus deve encher o nosso coração de amor pela cruz. Ele sofreu primeiro… deu-nos o exemplo, sigamos os seus passos: “Nem ainda Jesus Cristo, Nosso Senhor esteve, enquanto viveu, uma hora sem padecer… Toda a vida de Cristo foi cruz e martírio; e tu queres que a tua seja descanso e alegria?” (Tomás de Kempis).

Se existisse outro caminho para o céu, com certeza o Senhor o teria indicado… porque Ele é Deus e sabe de tudo. Se não indicou, é porque a cruz é o único caminho para a Vida Eterna.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

Anápolis, 16 de setembro de 2017