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		Muitas mães não suportam assistir a morte dos filhos e 
		fogem para longe desesperadas e em pranto… algumas evitam saber notícias 
		sobre o filho enfermo, não suportam a dor. 
		
		A Virgem Dolorosa, com o Coração Imaculado transpassado 
		de dor, não se afastou do Calvário… mas permaneceu no Monte dos amantes 
		contemplando o seu Filho moribundo.  Ela disse o sim no dia da 
		Anunciação; e agora no Calvário repete esse sim. 
		
		Algumas mães que permanecem ao lado dos filhos na hora da 
		morte, procura dar-lhes todo o alívio possível: 
		“Conserta-lhes a cama para que 
		esteja em posição mais cômoda; serve-lhes refrescos, e assim a pobre mãe 
		procura aliviar a própria dor” (Pe. 
		Thiago Maria Cristini). 
		
		Com a Santíssima Virgem não foi assim… ela assistiu o 
		sofrimento do Senhor, a sua morte na cruz… e não pôde consolá-lo nem 
		aliviar a sua dor. 
		
		O Coração da Mãe das Dores sofria, estava mergulhado num 
		oceano de dores… e ela permanecia ao pé da cruz, não se afastou. 
		
		Imitemos o exemplo de Nossa Senhora nas horas difíceis… 
		soframos com paciência sem nos afastarmos de Jesus Cristo. Contemplemos 
		a Cristo Crucificado, e teremos forças para suportarmos o peso da cruz. 
		Aquele que se afastar de Jesus Cristo nas provações, será “esmagado” 
		pela cruz. 
		
		Quem foge da cruz não imita Jesus nem a Virgem Maria… 
		volta as costas para o céu e se envereda pelo caminho do inferno. 
		
		A Mãe Lacrimosa ouviu o Filho Amado pedir água antes de 
		morrer: Tenho sede. Ela contempla o Senhor que sofria… 
		sofria junto com Ele, mas não pôde matar a sua sede, não lhe foi 
		permitido dar uma gota de água para o Cordeiro Inocente: 
		“Filho, tenho somente a água das minhas 
		lágrimas” (São Vicente Ferrer). 
		
		O Filho que estava com sede não se desesperou nesse 
		momento difícil… a Virgem Mãe também não se desesperou nem se revoltou 
		por não poder atender o pedido do Amado Filho… o importante é fazer a 
		vontade de Deus. 
		
		Nossa Senhora das Dores quer que permaneçamos fiéis e 
		confiantes quando não for possível realizarmos o bem que queríamos 
		fazer… e também quando o nosso pedido não for atendido. Devemos sim, 
		inclinar a nossa cabeça diante da vontade do Criador… o que nos 
		santifica e nos salva é fazer com alegria a vontade de Deus… sem 
		desespero nem revolta. 
		
		A Mãe Crucificada permanecia diante do Filho Crucificado… 
		mãos e pés transpassados por três grossos cravos… Ele não podia se mover 
		na cruz, e ela não podia dar-lhe nenhum conforto nesse momento tão 
		doloroso. O Senhor da vida estava morrendo… e a Mãe da Soledade não 
		podia consolá-lo. 
		
		Quando estivermos “crucificados” em uma cama, sem 
		poder nos mover… e a dor “invadir” o nosso corpo, não nos 
		desesperemos… mas contemplemos a Cristo Crucificado a Virgem Sofredora 
		imóvel ao pé da cruz, e suportaremos a dor com paciência e alegria. 
		
		  
		
		Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
		
		Anápolis, 25 de novembro de 2017 
		
		  
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