Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

3ª Meditação

 

Cristo ressuscitado, oceano de paz

 

 

Ele lhes disse de novo: ‘A paz esteja convosco! (Jo 20, 21).

 

Cristo Jesus, Senhor da paz, apareceu aos apóstolos e lhes desejou a verdadeira paz. Cristo desejou-lhes a paz depois de sofrer muito... de passar pela Sangrenta Paixão.

Está claro que a verdadeira paz só é possível depois de percorrermos o caminho estreito e passarmos pela porta apertada. É pura ilusão tentar adquirir a paz sem renúncia e sacrifício.

Muitos buscam a paz no vazio do mundo, correm de um lado para outro e só encontram decepção e angústia, porque a “paz” que vem de baixo causa tristeza, enquanto que aquela que vem do alto enche a alma de tranquilidade.

É triste contemplar o povo procurar paz em lugares totalmente adversos à mesma: botecos, salão de bailes, carnaval, imoralidades, novelas, etc. Corre, corre e continua vazio.

A paz vem do alto, vem do Coração de Nosso Senhor. Aquele que se aproxima desse peito sagrado e dessa chaga generosa viverá sempre mergulhado na verdadeira paz... paz que não se acaba.

Um coração que está cheio de pecados não pode possuir a verdadeira paz; Cristo não reina em um coração mergulhado nas trevas: A paz pode coexistir com sacrifício e as tribulações, mas não com o pecado (Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual, Parte III, Capítulo 29), e Santo Agostinho diz: A paz consiste na tranquilidade da ordem (De Civilitate Dei, Lib. 19, c. 13).

Alguns se enganam pensando que as pessoas sonolentas e lerdas são cheias de paz; nada disso: A paz é algo muito importante; porém, não deve ser confundida com aquela passividade que poderia ser fruto de um caráter frio, apático e, portanto, indolente (Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual, Parte III, Capítulo 29).

A paz só é possível se Cristo estiver reinando no coração. Sem Cristo Jesus é impossível possuir a verdadeira paz: A paz santa consiste em conformar-nos em tudo com a vontade de Deus, de maneira que, entre Deus e a alma, não haja divisão e só reine entre eles uma única vontade, não em palavras e desejos, mas nas obras. Assim, quando sabe ser uma coisa de maior serviço do Esposo… nada mais escuta, nem as razões do entendimento, nem os temores… mas deixa agir a fé, sem cuidar do próprio descanso ou interesse (Santa Teresa de Jesus, CAD 3, 1), e Santa Catarina de Sena também escreve: E vós, Jesus Cristo, reconciliador, reformador e redentor nosso, vos fizestes mediador, verbo, amor: e da grande guerra que o homem havia feito com Deus, fizestes a grande paz… (Preghiere de elevazioni, pp. 17. 21).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C).

Anápolis, 04 de maio de 2003

 

 

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Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Cristo ressuscitado, oceano de paz”.

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