“Naquela mesma hora,
levantaram-se e voltaram para Jerusalém”
(Lc 24, 33).
Os discípulos de Emaús voltaram apressadamente a Jerusalém
para anunciar Cristo ressuscitado.
Se cremos que Cristo vive não fiquemos parados, mas imitemos
o exemplo dos discípulos de Emaús e falemos d’Ele a todos aqueles que vivem
congelados espiritualmente.
Aquele que verdadeiramente encontrou a Cristo Jesus não
consegue ficar inativo... não suporta a “poltronice”.
Os discípulos haviam acabado de chegar de Jerusalém e na
mesma hora voltaram para a Cidade Santa; o cansaço não os impediu de
voltar... o amor a Cristo era bem maior e os fez superá-lo.
Se o amor a Jesus arde em nosso peito, nenhum obstáculo nos
impedirá de anunciá-Lo. Passaremos sobre todos os obstáculos sem olhar o
tamanho dos mesmos, porque, aquele que ama de verdade não conhece
obstáculos.
Antes uma “nuvem negra” os envolvia, agora a claridade
iluminou o caminho, então, não há motivo para ficarem “estacionados”
na “cama” da preguiça e na “cadeira” do comodismo.
Façamos o mesmo, corramos ao encontro daqueles que não
conhecem a Cristo, “na mesma hora”,
isto é, agora, não amanhã, porque poderá ser tarde.
Se o comodismo nos “pedir” para deixar para amanhã,
não lhe demos ouvido: “...na mesma hora”.
Se a preguiça “deitar” à nossa frente tentando nos
impedir de sair de casa, passemos sobre a mesma com coragem:
“…na mesma hora”.
Se a poltrona nos “acariciar” pedindo que não
levantemos porque já fizemos muito, a empurremos para trás e saiamos
rapidamente: “…na mesma hora”.
Se a boa vida tentar nos cativar com a sua “voz de sereia”,
tapemos os ouvidos e costuremos a sua boca com a “agulha” da
fortaleza: “…na mesma hora”.
Nada deve nos impedir de anunciar Cristo ressuscitado: nem os
gritos do mundo, nem o gemido da carne e muito menos as armadilhas de
Satanás. O amor a Nosso Senhor deve gritar mais forte no nosso coração.
Tragamos sempre diante de nós a brevidade da vida e lembremos
continuamente de que o tempo de entesourar no céu é agora. Para que o Senhor
da Vida não nos encontre com as mãos vazias, trabalhemos então com fé, amor,
fidelidade e perseverança.
Ó Cristo ressuscitado, Tu és o Amor Infinito que aquece o
nosso coração tão frio e indiferente, tornando-o fervoroso.
Tu és a Luz Eterna que ilumina o nosso caminho rumo à
Eternidade Feliz. Sem a vossa claridade cairíamos continuamente nos buracos
das paixões e nos feríamos diariamente nos espinhos do pecado.
Ó Jesus ressuscitado, Tu és a fonte da verdadeira alegria; em
Ti encontramos força e ânimo para suportarmos com alegria as provações de
cada dia. Se não fosses Tu, ó Alegria Infinita, a nossa vida seria um mar de
tristeza e angústia.
Querido Senhor, não olhe os nossos pecados e ingratidões, e
sim, o desejo firme que possuímos de servi-Lo.
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C).
Anápolis, 24 de abril de 2006
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