A Santa Paixão de Nosso Senhor é sábia escola de santificação. Feliz do católico que encontrou essa escola: ela é doce, exigente e transmite a verdadeira sabedoria que nos conduz ao céu.

A Bendita Paixão não suporta uma alma medíocre e covarde. É desejo d’Ela que cada alma se santifique.

A santidade é dever de todos e não um privilégio para um determinado grupo de pessoas.
Na Palavra de Deus encontramos várias passagens nos convidando à santificação: “Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou Santo” (Lv 19,2); “Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48); “Porquanto, é esta a vontade de Deus: a vossa santificação” (1 Ts 4,3); “Pois Deus não nos chamou para a impureza, mas sim para a santidade" (1 Ts 4,7); “Procurai a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12,14), e “Antes, como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos também vós santos em todo o vosso comportamento, porque está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pd 1,15-16).

Está claro que somos chamados à santidade e a Amável e Bendita Paixão de Jesus Cristo é a escola que nos ajuda adquiri-la.

Na escola da Paixão de Jesus aprendemos muitas lições para nos santificar. As principais são: conformar nossa vida com a do Servo Sofredor, pertencer somente a Ele e suportar tudo com perseverança: “Quem ama de fato a Jesus Cristo é capaz de suportar todo e qualquer sofrimento por amor a Ele” (Santo Afonso Maria de Ligório).

A Santa Paixão nos ensina que a santidade é um tesouro escondido... o reinado íntimo de Deus em nós.

Na escola da Paixão de Jesus aprendemos também  que a santidade é uma assimilação de Jesus: “Já não sou eu que vivo, mas é  Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).

A Paixão nos ensina a buscar somente a Cristo Crucificado e não colocar nas criaturas a nossa confiança. Somente Cristo Nosso Senhor é amigo fiel e vivendo mergulhados n’Ele não sentimos falta das criaturas: “Quando trato com as pedras, tenho menos matéria de confissão do que quando trato com os homens... Entre as pedras, sinto-me melhor do que com os homens” (São João da Cruz).

Na escola da Paixão de Nosso Senhor aprendemos a amar os inimigos e a fazer o bem a quem nos odeia: “Abençoai os que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis... A ninguém pagueis o mal com o mal; seja vossa preocupação fazer o que é bom para todos os homens... Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12, 14.17.21).

O próprio Senhor na cruz deu-nos o exemplo do perdão, perdoando de coração os seus algozes: “Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem” (Lc 23,34).

Ó Santa Paixão de Nosso Senhor, nós te amamos! Queremos ser os santos da Vossa Paixão e viver mergulhados no sofrimento... não queremos outro lugar para viver senão no Calvário.
Ó Santa e Bendita Paixão de Jesus, somente a ti queremos servir de coração... tudo aquilo que está fora de ti nos aborrece.

Queremos ser os santos da escola da Paixão de Nosso Senhor. Não queremos outro amor fora de d’Ela. Ajude-nos ó Jesus Sofredor a sermos santos, estamos prontos para carregar todas as cruzes que o Senhor quiser colocar sobre os nossos ombros, contanto que nos faça santos o mais rápido possível, santos da Vossa Bendita e Amável Paixão.

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

Anápolis-Go, 13 de julho de 1999