“… chegou Judas, um dos Doze”
(Mc
14, 43).
Judas Iscariotes caminha apressadamente, não unido a Jesus Cristo, mas
unido aos inimigos do Senhor, sendo ele o “capitão” do exército
inimigo do Salvador.
Ele não percorre mais o caminho da luz, do amor e da salvação; agora,
sendo traidor, trilha o caminho das trevas, do ódio e da condenação.
Judas não foi ao Getsêmani para rezar com o Senhor, como acontecera
antes; agora, foi para entregar o Mestre para os inimigos.
O
traidor jogou tudo fora! Milhões de católicos batizados e crismados
fazem a mesma coisa quando abandonar a Santa Igreja Católica para fazer
parte das seitas… abandonam o Salvador para seguir os rebeldes.
Judas chegou, não para adorar ao Deus Eterno, mas para traí-lo… chegou,
não com o coração de um servo obediente, mas rebelde… chegou, não com o
coração cheio de amor pelo Senhor, mas cheio de ódio… chegou, não para
defender o Salvador, mas para entregá-lo aos inimigos… chegou, não para
prometer-lhe fidelidade, mas para beijá-lo hipocritamente.
Chegou aquele que fora escolhido por Jesus, Deus Bendito, para ser o seu
amigo… chegou Judas, que foi chamado pelo nome… chegou um dos Doze… que
livremente voltou as costas para o Salvador. Triste decisão!
Nosso Senhor nos ama, mas não nos obriga a segui-lo… Ele respeita a
nossa liberdade… a nossa decisão. O mundo está se tornando uma
“nação” de Judas Iscariotes. Que o Senhor nos conceda a graça da
fidelidade!
Ele chegou! Chegou para entregar o Salvador e perder a Salvação. Chegou
para desprezar a Luz e mergulhar nas trevas. Chegou para dizer não a
Jesus Cristo, e sim aos inimigos. Chegou com o coração vazio de amor e
cheio de ódio, rebeldia e revolta. Chegou a criatura para trair o
Criador. Chegou aquele que pregou o Evangelho… que fez milagres… que
expulsou demônios, para entregar o Mestre. Chegou aquele que não
acreditava mais no Senhor, que não confiava mais na Verdade Eterna… e
que agora era “capitão” de uma multidão mentirosa, invejosa e
caluniadora. Chegou Judas, aquele que conheceu Jesus para a própria
perdição, porque não correspondeu com as graças recebidas. Judas
Iscariotes chegou perto do Senhor; mas, tudo indica, ele caminhava longe
de Jesus já havia muito tempo… uma grande traição é preparada com muitas
e pequenas traições. Estava na companhia do Senhor, mas a “cabeça”
estava em outro lugar… vivia às margens.
Devemos nos aproximar do Senhor para prometer-lhe obediência,
fidelidade, amor e respeito. Nada nesse mundo falso e violento deve nos
separar de Jesus Cristo. Aquele que possui Jesus no coração não
necessita das coisas caducas desse mundo.
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
Anápolis, 31 de agosto de 2017
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