“Disse-lhe: ‘Sou eu’” (Jo 18, 5).

“Sou eu”… Nada de respeito humano! O Salvador disse abertamente: “Sou eu”…

“Sou eu”… o Filho de Deus que se fez homem, tomando um corpo e uma alma nas puríssimas entranhas da Virgem Maria, por obra do Espírito Santo.

“Sou eu”… Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

“Sou eu”… o Salvador que possui duas naturezas: a natureza divina e a natureza humana, unidas, mas inconfusas; distintas, mas inseparáveis.

“Sou eu”… composto de alma racional e carne humana.

“Sou eu”… a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Não duas pessoas; mas uma única Pessoa que é divina, mas com duas naturezas: a divina e a humana.

“Sou eu”… o Senhor que possui duas vontades: uma divina e outra humana.

“Sou eu”… Aquele que tem a vontade livre; mas não posso praticar o mal, porque poder praticar o mal é um defeito e não uma perfeição da vontade.

“Sou eu”… o Filho de Deus que se fez homem sem deixar de ser Deus; permaneci verdadeiro Deus e comecei a ser também verdadeiro homem.

“Sou eu”… o Salvador que possui dois entendimentos.

“Sou eu”… Aquele que as ações têm sempre valor infinito; por serem atos da Pessoa divina, do próprio Deus.

“Sou eu”… o Senhor que nunca cometeu o pecado.

“Sou eu”… o único que pode oferecer ao Pai homenagens infinitas.

“Sou eu”… o Puro… o Santo por excelência.

“Sou eu”… Deus onipotente: conheço todas as coisas, o meu conhecimento é infinito.

“Sou eu”… Aquele que perdoa de Coração a ingratidão dos homens frios, covardes e interesseiros.

“Sou eu”… o Salvador que não precisa do amor das criaturas, mas quero ser amado.

“Sou eu”… o Deus ciumento que não aceita um coração dividido com as criaturas.

“Sou eu”… o melhor Amigo! Não sou interesseiro, não desprezo um coração arrependido… perdoo aquele que confia no meu amor.

“Sou eu”… Não tenho medo dos meus perseguidores… não recuo diante de suas ameaças… não deixo de realizar o bem por causa dos seus insultos.

“Sou eu”… Jesus Cristo, Deus Forte e cheio de poder… sou Deus e não tremo diante das criaturas fracas, maldosas, ingratas e atrevidas.

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

Anápolis, 02 de novembro de 2017