“Judas, que o estava traindo, estava também com eles. Quando Jesus lhes
disse ‘sou eu’, recuaram e caíram por terra”
(Jo
18, 5-6).
A
palavra de Jesus é como um raio que os fulmina. Não obstante, o milagre
não fez impressão sobre aqueles corações endurecidos. Quanto é
difícil a conversão para aquele que de tal modo se habituou ao pecado…
que dele fez uma como segunda natureza (Dom Duarte Leopoldo).
Quem vive nas trevas despreza abertamente a luz… mesmo quando ela
ilumina o seu caminho.
Os
Apóstolos viram os inimigos do Senhor caírem por terra, e se alegraram
com a força do Mestre; com sua força derrubou um exército. Está claro
que os inimigos do Senhor serão vencidos:
“Perante Ele não há nenhum poder. O que acontecerá com os ímpios, quando
Ele vier julgar?”
(Pe. Luís De La Palma).
O
Salvador é o Deus Forte… nenhuma criatura o intimidará. Ele estava
imponente e os soldados caídos.
Resplandece a majestade do Senhor que se entrega voluntária e
livremente. Isto, porém, não quer dizer que aqueles judeus fiquem
isentos da culpa: “Os perseguidores, que
vinham com o traidor para prender Jesus, encontraram o que buscavam e
ouviram-no dizer sou eu. Por que não o prenderam, mas retrocederam e
caíram? Porque assim o quis quem podia fazer o que queria. Se não o
tivesse permitido, nunca teriam realizado o intento de o prenderem, mas
também Ele não teria cumprido a sua missão. Eles buscaram com ódio o que
queriam matar; Jesus, pelo contrário, buscava-nos com amor querendo
morrer. E assim, depois de manifestar o seu poder àqueles que sem
poderem fazê-lo queriam prendê-lo, prendê-lo-ão e deste modo cumprirá o
seu desejo por meio daqueles que o ignoravam” (Santo Agostinho).
Ruperto pergunta: “Por que Jesus Cristo quis
manifestar o seu poder, ao invés de deixar-se prender imediatamente e
ser levado como um cordeiro ao matadouro?” Ele mesmo
responde: “Para que os inimigos, vendo o
milagre, não tivessem desculpas de sua culpa”.
São Gregório Magno diz: “Os inimigos não
caíram de bruços, mas de costas… porque o primeiro é cair como os
justos, que ressurgem de sua fraqueza pela penitência; e o outro é cair
como os condenados, que nunca se levantarão”.
A
verdade é que se caíram de costas, é porque estavam diante de Jesus
Cristo… não resistiram a presença e a palavra do Senhor.
É
grande loucura querer enfrentar a Majestade do Salvador!
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
Anápolis, 23 de novembro de 2017
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