Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

89 - A Paixão de Jesus nos ensina a percorrer o caminho da luz

 

 

“Judas, que o estava traindo, estava também com eles. Quando Jesus lhes disse ‘sou eu’, recuaram e caíram por terra” (Jo 18, 5-6).

 

A palavra de Jesus é como um raio que os fulmina. Não obstante, o milagre não fez impressão sobre aqueles corações endurecidos. Quanto é difícil a conversão para aquele que de tal modo se habituou ao pecado… que dele fez uma como segunda natureza (Dom Duarte Leopoldo).

Quem vive nas trevas despreza abertamente a luz… mesmo quando ela ilumina o seu caminho.

Os Apóstolos viram os inimigos do Senhor caírem por terra, e se alegraram com a força do Mestre; com sua força derrubou um exército. Está claro que os inimigos do Senhor serão vencidos: “Perante Ele não há nenhum poder. O que acontecerá com os ímpios, quando Ele vier julgar?” (Pe. Luís De La Palma).

O Salvador é o Deus Forte… nenhuma criatura o intimidará. Ele estava imponente e os soldados caídos.

Resplandece a majestade do Senhor que se entrega voluntária e livremente. Isto, porém, não quer dizer que aqueles judeus fiquem isentos da culpa: “Os perseguidores, que vinham com o traidor para prender Jesus, encontraram o que buscavam e ouviram-no dizer sou eu. Por que não o prenderam, mas retrocederam e caíram? Porque assim o quis quem podia fazer o que queria. Se não o tivesse permitido, nunca teriam realizado o intento de o prenderem, mas também Ele não teria cumprido a sua missão. Eles buscaram com ódio o que queriam matar; Jesus, pelo contrário, buscava-nos com amor querendo morrer. E assim, depois de manifestar o seu poder àqueles que sem poderem fazê-lo queriam prendê-lo, prendê-lo-ão e deste modo cumprirá o seu desejo por meio daqueles que o ignoravam” (Santo Agostinho).

Ruperto pergunta: “Por que Jesus Cristo quis manifestar o seu poder, ao invés de deixar-se prender imediatamente e ser levado como um cordeiro ao matadouro?” Ele mesmo responde: “Para que os inimigos, vendo o milagre, não tivessem desculpas de sua culpa”.

São Gregório Magno diz: “Os inimigos não caíram de bruços, mas de costas… porque o primeiro é cair como os justos, que ressurgem de sua fraqueza pela penitência; e o outro é cair como os condenados, que nunca se levantarão”.

A verdade é que se caíram de costas, é porque estavam diante de Jesus Cristo… não resistiram a presença e a palavra do Senhor.

É grande loucura querer enfrentar a Majestade do Salvador!

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

Anápolis, 23 de novembro de 2017