Jesus Cristo, no Getsêmani, ensina-nos a santificar as provações da
vida.
No
oceano de sofrimentos no Getsêmani, o Salvador recorre a três meios:
1.º ORAÇÃO:
Separa-se de seus Apóstolos e reza… Já estava no Getsêmani, lugar
silencioso… mas quis ficar só para rezar… então afastou-se dos
Apóstolos. Duas vezes interrompe a sua oração… e duas vezes a continua;
e quanto mais aumenta a sua angústia, tanto mais reza.
Infeliz da pessoa que busca apoio e consolo nas criaturas durante as
tribulações… com certeza ficará mais amargurada. Aquele que recorre a
Deus será consolado.
Na
oração encontramos força para vencermos todos os obstáculos… para
continuarmos de pé diante das “tempestades” que surgem pelo
caminho.
Nosso Senhor rezou durante a provação no Getsêmani. Ele não desanimou,
não se entregou… rezou… rezou e confiou.
Imitemos o exemplo de Jesus, rezando com fervor nas horas difíceis… sem
a força do alto jamais obteremos vitória.
Devemos rezar sempre! A nossa oração deve ser contínua, porque as
provações não cessam… as dificuldades e provações são diárias. É preciso
perseverar na oração, porque os obstáculos são muitos e “altos”.
Aquele que deixa a oração nos momentos difíceis será “varrido”
pela fúria do “vento” das provações… é preciso buscar apoio e
proteção no Deus que tudo pode.
Ao
invés de fixar os olhos nas dificuldades, devemos fixá-los no Deus Forte
e Poderoso… rezando e implorando a sua ajuda.
É
nas asas da oração que “voaremos” sobre o “terreno” árido
das dificuldades… sem a oração seremos vencidos. Aquele que reza com
confiança torna-se “onipotente”… pode tudo: vence o mundo, o
demônio e a carne… suporta os ataques dos perseguidores… permanece firme
diante dos ventos contrários… não abre o coração para o desânimo e não
inclina a cabeça diante dos obstáculos.
2.º JESUS CRISTO CONFORMA-SE COM A VONTADE DE DEUS:
No
Getsêmani, Nosso Senhor não revolta… não murmura… não reclama… mas
conforma-se com a vontade de Deus. Pede, mergulhado num mar de angústia,
que o Pai faça a sua Santa Vontade e não a d’Ele.
Se
todos os padecimentos não são acompanhados desta resignação à vontade
divina, não só perdem o seu mérito, mas transformam-se em ocasiões de
pecado com as nossas impaciências e lamentações.
Nosso Senhor nos ensina a aceitar a vontade de Deus com serenidade, paz
e alegria. Quem não faz a vontade de Deus vive na amargura.
Aquele que faz a vontade de Deus com amor e alegria está bem adiantado
no caminho da santidade. Quem volta as costas para a vontade do Senhor
não pode agradá-lo e entra pelo caminho da condenação.
3.º JESUS, NO MEIO DAS SUAS DORES, SOFRE COM PACIÊNCIA A INDIFERENÇA DOS
SEUS APÓSTOLOS:
Nosso Senhor Jesus Cristo encontrou os Apóstolos dormindo, não somente
uma vez, mesmo depois de ter pedido que vigiassem e rezassem; sem se
irritar chama-lhes a atenção com caridade e paciência… e exorta-os
novamente: “Como assim? Não fostes capazes de
vigiar comigo por uma hora! Vigiai e orai, para que não entreis em
tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca”
(Mt
26, 40-41).
Deste modo o Senhor ensina-nos a nunca afligirmos os outros com as
nossas dores pessoais, a não nos queixarmos da sua indiferença e a
desculparmos as suas injustiças. Não fazemos nós muitas vezes o
contrário?
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
Anápolis, 18 de janeiro de 2018
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