“Jesus disse a Pedro: ‘Embainha a tua espada’” (Jo 18, 11).

É encantadora a mansidão de Jesus Cristo, Cordeiro Imaculado. O Senhor não paga maldade com maldade; mas sim, com o perdão… Ele não veio para ferir com a espada de aço; mas sim, com a “espada” do amor.

O Coração do Senhor é a Escola da mansidão! Feliz daquele que “estuda” nessa Santa Escola!

O Senhor, Servo Sofredor, estava sofrendo… mas não quis violência. Ele, Deus sábio, sabe muito bem que a melhor arma para abrandar um coração violento é a mansidão.

Jesus mandou que Pedro guardasse a espada de aço, porque Ele usaria a “espada” da mansidão para acalmar os violentos.

A espada de aço fere o corpo, mas não atinge a alma; enquanto que a “espada” da mansidão atinge o corpo e a alma… o bom exemplo conquista muitos corações.

Pedro quis resolver com a espada de aço; Jesus disse que não… que a “espada” da mansidão é a melhor arma para acalmar os inimigos violentos e rebeldes.

A violência não pode agradar a Deus; enquanto que a mansidão sim: “O espírito de mansidão é próprio de Deus” (Santo Afonso Maria de Ligório).

Jesus Cristo mandou que Pedro guardasse a espada na bainha… ela deveria ficar escondida, nem na mão poderia ficar. Está claro que aquilo que vai contra a mansidão deve ser colocado de lado. Aquele que ama a Deus usa a “espada” da mansidão para conquistar os corações: “A pessoa que ama a Deus, ama a todos os que são amados por Deus, isto é, todos os homens. Por isso procura sempre socorrer, consolar, contentar a todos na medida do possível” (Santo Afonso Maria de Ligório), e: “A humilde mansidão é a virtude das virtudes que Deus tanto nos recomenda. É necessário praticá-la sempre e em toda parte” (São Francisco de Sales). Esse mesmo santo diz: “Quando vedes alguma coisa que se pode fazer com amor, fazei-o; o que não se pode fazer sem discussões, deixai-o”.

O Senhor disse a Pedro: “Embainha a tua espada” (Jo 18, 11). O Salvador quer que “sepultemos” a espada da vingança, do ódio, da maldade… quer que ela fique escondida, “sepultada”, bem longe do nosso coração. Somente a mansidão deve “reinar” no nosso coração e nas nossas ações: “Assim como o óleo fica boiando quando despejado num copo de água, assim em todos nossos atos deve ficar por cima a bondade” (São Francisco de Sales).

Nosso Senhor, Manso Cordeiro, quer que “guardemos”, isto é, que eliminemos da nossa vida tudo aquilo que prejudique o próximo… a “espada” da maldade não pode ficar exposta; mas sim, deve ficar escondida… “sepultada”.

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

Anápolis, 25 de janeiro de 2018