No Evangelho de São Lucas diz:
“Naquela mesma hora, levantaram-se e
voltaram para Jerusalém”
(Lc 24, 33).
Os discípulos de Emaús não ficaram de braços
cruzados, na “poltronice”, no comodismo, frios e indiferentes,
depois que “descobriram” que era o Senhor; mas levantaram-se e
foram apressadamente para Jerusalém... para falar que o Senhor
havia ressuscitado... que o Mestre esteve com eles... na casa
deles. Aquele que “descobre” Jesus, que abre o coração para
Ele... não pode ficar indiferente e sonolento... mas deve
torná-lo conhecido em todos os ambientes... deve dizer a todos
que a vida longe do Senhor é vazia... deve aquecer os corações
frios e indiferentes. Não podemos “deter” o Salvador somente
para nós!
O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve:
“Na realidade, podemos ter o Senhor
junto de nós, caminhar ao seu lado e não o reconhecer! Podemos
ter grande conhecimento da Escritura e não lhe apanhar o sentido
profundo que revela Deus” (Intimidade
Divina).
São Gregório Magno ensina:
“E eis que vos oferecem hospitalidade...
preparam a mesa, e vos servem pão e iguarias; e como não vos
tinham reconhecido quando lhes explicáveis as Escrituras, vos
reconhecem na fração do pão. Enquanto apenas ouviam vossos
preceitos, não foram iluminados, mas o foram ao observá-los. Ó
Senhor, se quero compreender as coisas que ouço de vós, devo
imediatamente pô-las em prática”
(Homiliae in Evangelia 23, 1-3).
O Pe. Luiz da Ponte escreve:
“Ó Senhor, não permitais que minhas
culpas ofusquem os olhos do meu espírito, de modo que, tendo-vos
presente, não vos veja, e, ouvindo no coração vossa voz, não vos
reconheça. Se por vossa misteriosa providência, vos quiserdes
ocultar, não me falte a presença de vossa graça, a fim de que
não deixe eu, por minha fraqueza, de fazer o que devo”
(Meditações).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
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