No Evangelho de São Marcos diz:
“Ressuscitou, não está aqui”
(Mc 16, 6).
“Jesus ressuscitou e apareceu-me em um
traje de jardineiro”, – diz
Maria Madalena, contando aos apóstolos a entrevista que tivera
com o divino Mestre.
“Jesus ressuscitou e apareceu-nos em traje
de peregrino”, – disseram dois
discípulos que tinham saído do cenáculo e se dirigiam a Emaús.
“Jesus ressuscitou!”
– É esta a grande nova que a todos enche de alegria. Feliz nova
para o gênero humano, pois nela está consumada a grande obra da
redenção, nela se baseia toda a nossa fé, nela se alicerça a
nossa esperança, nela enfim assenta, como em pedra fundamental,
todo o edifício da nossa santa religião. Se Jesus não
ressuscitasse, cairia por terra toda a sua doutrina e a nossa
religião seria ainda o judaísmo (Pe. Alexandrino Monteiro).
E nós, acreditamos que Cristo ressuscitou? Se acreditamos, por
que não mudamos de vida? Se acreditamos, por que não abandonamos
o ‘sepulcro’ dos vícios e do pecado? Se acreditamos, por que não
o seguimos com fervor, fé, alegria e amor? Se acreditamos, por
que somos tão frios e indiferentes? Devemos ressuscitar
espiritualmente todos os dias!
O Pe. Roberto Saboia de Medeiros escreve:
“Jesus fez da ressurreição a prova
capital de tudo o que Ele disse e fez. Nos tremendos embates com
os judeus, o argumento contundente era anunciar a ressurreição”
(Meditações).
O Frei Pedro Sinzig ensina:
“Mas o anjo, falando
logo, disse às mulheres: vós outras não temais, porque sei que
procurais a Jesus, que foi crucificado. Aparecendo o anjo aos
guardas, o seu aspecto era como um relâmpago; às piedosas
mulheres, porém, apareceu como jovem, coberto de roupa branca. A
má consciência tem de temer a Deus e a seus anjos; a boa vê
neles seus consoladores e protetores. As mulheres tinham
acompanhado a Jesus em sua paixão e ele, por seu anjo, agora as
consolava” (Breves meditações).
O Catecismo da Igreja Católica explica:
“A Ressurreição de Cristo não constitui
uma volta à vida terrestre, como foi o caso das ressurreições
que Ele havia realizado antes da Páscoa: a filha de Jairo, o
jovem de Naim e Lázaro. Tais fatos eram acontecimentos
miraculosos, mas as pessoas contempladas pelos milagres voltavam
simplesmente à vida terrestre ‘ordinária’ pelo poder de Jesus!
Em determinado momento, voltariam a morrer”
(n.º 646).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
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