Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

MENSAGEM Nº 26

(26/02/2018)

 

 

 

Disse Jesus Cristo: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me” (Lc 9, 23).

O Salvador disse a todos: “… tome a sua cruz cada dia…” (Lc 9, 23). Está claro que não basta carregar a cruz uma vez por semana… por mês… por ano… uma vez na vida… mas é preciso carregá-la todos os dias… carregá-la, não arrastá-la: “A Cruz de cada dia. Não só  em tempo de perseguição ou quando se apresenta a possibilidade do martírio, mas em todas as situações, em todas as atividades, em todos os pensamentos, em todas as palavras, neguemos aquilo que antes éramos e confessemos o que agora somos, visto que renascemos em Cristo” (São Jerônimo, Epístola 121, 3).

São Josemaría Escrivá ensina: “A cruz de cada dia… nenhum dia sem Cruz: nenhum dia que não carreguemos com a Cruz do Senhor, em que não aceitemos o seu jugo” (Cristo que passa, n.ºs 58 e 176).

São João Maria Vianney escreve: “É muito certo que aquele que ama os prazeres, que busca as suas comodidades, que foge das ocasiões de sofrer, que se inquieta, que murmura, que repreende e se impacienta porque a coisa mais insignificante não corre segundo a sua vontade e o seu desejo, tal pessoa, de cristão só tem o nome; somente serve para desonrar a sua religião, pois Jesus Cristo disse: aquele que queira vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias da vida, e siga-me” (Sermões escolhidos, Quarta-feira de Cinzas).

A cruz não só deve estar presente na vida de cada cristão, mas também em todas as encruzilhadas do mundo: “Que formosas essas cruzes no cimo dos montes, no alto dos grandes monumentos, no pináculo das catedrais!… Mas também é preciso inserir a Cruz nas entranhas do mundo. Jesus quer ser levantado ao alto, aí: no ruído das fábricas e das oficinas, no silêncio das bibliotecas, no fragor das ruas, na quietude dos campos, na intimidade das famílias, nas assembleias, nos estádios… Onde quer que um cristão gaste a sua vida honradamente, aí deve colocar, com o seu amor, a Cruz de Cristo, que atrai a si todas as coisas” (São  Josemaría Escrivá, Via-Sacra, XI, n.º 3).

O Pe. Francisco Fernández Carvajal ensina: “A união com Deus através das adversidades, sejam de que gênero forem, é uma graça que Deus está disposto a conceder-nos sempre; mas, como todas as graças, exige o exercício da nossa liberdade, a nossa correspondência, que não desprezemos os meios que o Senhor põe ao nosso alcance, particularmente que saibamos abrir a alma na direção espiritual se alguma vez a Cruz nos parece excessivamente pesada” (Falar com Deus, 2).

Santa Elisabete da Trindade assim “cantou” o Hino ao sofrimento: “Fere, fere, ó tão caro sofrimento, fere, fere, ó querida dor. Tu que não poupaste o Salvador, sê aqui na terra minha doce esperança. Fere, não posso viver sem ti, fere, a fim de que Jesus encontre em mim uma crucificada à sua imagem, que beba com Ele a amarga bebida. Fere, a fim de que tenha a grande felicidade de me assemelhar a Nosso Senhor, ao doce Jesus, meu divino modelo, Jesus! Felicidade da alma fiel. Fere, saboreio tuas delícias na prova e no sacrifício, visto que quero consolar o Coração de Jesus, meu Bem-Amado Salvador. Não foste divinizada ó dor, pelo Deus crucificado, Jesus chorando durante a agonia, Jesus, que por mim dá a vida? Quero tanto dar a minha, a este Deus pobre, a este Deus sofredor, a Jesus humilhado, Jesus moribundo, mas, que sua graça me sustente!… Porque nada posso sem seu socorro, mas com Ele que me fortifica serei forte, forte sempre, para amar, sofrer toda a minha vida” (Obras Completas).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

 

 

 

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