Disse Jesus Cristo:
“Se alguém quer vir após mim, renuncie a
si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me”
(Lc 9, 23).
São Basílio Magno escreve:
“A renúncia de si mesmo quer dizer… o
esquecimento do passado e a renúncia da própria vontade”.
Orígenes comenta:
“Negar-se a si mesmo é deixar a vida de pecado e iniciar uma
vida nova… bons costumes… ou iniciar uma vida de oração. Aquele
que viveu uma vida desonesta nega-se a si mesmo quando inicia
uma vida de castidade. Negar-se a si mesmo é abandonar todo tipo
de pecado”.
São Basílio Magno ensina:
“O desejo de sofrer a morte de Jesus
Cristo, a mortificação dos sentidos corporais - enquanto vivemos
nesse mundo – e estar disposto a enfrentar qualquer perigo por
amor ao Senhor e não se apegar às coisas da terra, é o que se
chama tomar a cruz”.
Teofilacto escreve:
“Chama cruz à morte ignominiosa,
advertindo que o que quiser seguir a Jesus Cristo não deve
fugir… mas deve sofrer por Ele uma morte mais ignominiosa”.
São Gregório Magno comenta:
“É possível levar a cruz de dois modos:
quando se mortifica o corpo por meio da abstinência, ou quando
aflige a alma por meio da compaixão”.
São Beda ensina:
“Manda que tomemos todos os dias a nossa cruz e, uma vez
tomada, seguir com ela a Jesus Cristo, que levou sua própria
cruz”.
Tomás de Kempis escreve:
“Sigamos, pois, o caminho real, que é o
do sofrimento, do sacrifício e da resignação. Só assim é que
entraremos no reino dos céus, porque, diz o Apóstolo, é por
muitas tribulações que lá chegaremos. Consolemo-nos, portanto,
com aquela palavra bem acertada de quem disse: o sacrifício é a
melhor moeda para comprar o céu… Formosa cruz, mais
resplandecente e rica com o sangue do divino Cordeiro que
formosos rubins, tu foste o fim de suas canseiras, tu o começo
de seu repouso, tu a vitória de sua batalha, tu a entrada de sua
glória e posse de seu reinado. Tu és a minha herança, que deste
Senhor me ficou; adoro-te, recebo-te por meu rico tesouro. Ó
mais formosa que todas as estrelas, mais forte que todos os
exércitos, triunfadora de todos os inimigos, tu és minha coroa,
minha glória, minha riqueza e minha esperança no tremendo dia do
juízo”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
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