Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

MENSAGEM Nº 30

(02/03/2018)

 

 

 

Disse Jesus Cristo: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me” (Lc 9, 23).

Para quem aspira a honras, sucessos e glória mundana, é a cruz motivo de escândalo: é inimigo que destrói a própria felicidade, que restringe a liberdade. O homem orgulhoso, que quer ser senhor absoluto da própria vida, revolta-se contra qualquer forma de sofrimento físico ou moral que o impede de afirmar-se a seu talante (vontade, arbítrio). Pode então correr o risco de se tornar, de apóstolo, em inimigo da cruz de Cristo. Só os humildes são capazes, como Jesus, de inclinar os ombros sob o peso da cruz, de aceitar, como Ele, ultrajes, humilhações, tratos injustos. Só nestes realiza a cruz a obra de purificação e destruição do pecado que os dispõe a ressuscitar com Cristo (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena).

São Josemaría Escrivá escreve: “Pediste ao Senhor que te deixaste sofrer um pouco por Ele. Mas depois, quando chega o padecimento em forma tão humana, tão normal – dificuldades e problemas familiares..., ou essas mil e uma insignificâncias da vida diária –, custa-te trabalho ver Cristo por trás disso. – Abre com docilidade as tuas mãos a esses pregos..., e a tua dor se converterá em alegria... Não te queixes, se sofres. Lapida-se a pedra que se estima, que tem valor. Dói-te? – Deixa-te lapidar, com agradecimento, porque Deus te tomou nas suas mãos como um diamante... Não se trabalha assim um pedregulho vulgar... Os que fogem covardemente do sofrimento têm matéria de meditação ao verem o entusiasmo com que outras almas abraçam a dor. Não são poucos os homens e as mulheres que sabem padecer cristãmente. Sigamos o seu exemplo...”

Santo Afonso Maria de Ligório ensina: “O trono da graça é a cruz, onde Jesus se assenta para distribuir graças e misericórdia a quem recorre a Ele. Mas é preciso recorrer logo, para encontrarmos o auxílio oportuno para a nossa salvação. Virá depois talvez o tempo em que não poderemos mais encontrá-lo! Abracemos, pois, logo a cruz de Cristo, com grande confiança! Não nos desanimem nossas misérias: em Jesus Cristo Crucificado encontraremos para nós toda a riqueza, toda a graça”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

 

 

 

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